Capítulo 13

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~MAYA MANOELLA GARCIA~

— Dá para tirar as mãos da minha mulher?
- a voz disse, carregada de determinação.

Virei a cabeça e vi uma figura imponente de corset preto, blazer justo por cima e calça social, com um salto fino, tudo preto. Óculos escuros escondiam seus olhos, e os cabelos loiros com ondas emolduravam seu rosto.
A figura abaixou um pouco os óculos, revelando olhos tão azuis quanto o oceano.

— Giovanna Torres. - sussurrei, incrédula.
Cristopher se afastou de mim imediatamente, seus olhos arregalados em surpresa.

— E quem é você posso saber? - Cristopher perguntou, sua voz vacilando.

— Sou a mulher dela - Giovanna respondeu, sua voz firme e fria

Antes que Cristopher pudesse responder, Ana Clara apareceu, cambaleando, visivelmente bêbada.

— Gente, vocês não vão acreditar! Eu acabei de ver um cara vestido de unicórnio dançando com um pinguim! - ela disse, rindo e quase caindo.

— Ana Clara, calma. - disse, tentando ajudar minha amiga a se equilibrar.

Giovanna olhou para  Cristopher com um olhar fulminante.

— Vai sair daqui ou quer que eu te tire à força? - ela disse, a ameaça clara em sua voz.
Cristopher recuou, ainda incrédulo.

— Tá bom, tá bom. Eu já estava de saída. - disse, levantando as mãos em rendição. - Mas saiba, Manu, que isso não acabou.

Ele deu um último olhar para mim antes de se afastar, desaparecendo na multidão da balada.
Giovanna se aproximou de mim, seus olhos azuis ainda brilhando de raiva.

— Você está bem? — ela perguntou, a preocupação substituindo a raiva em sua voz.

— Estou. Obrigada. - respondi, ainda um pouco atordoada pela presença dela.
Ana, ainda rindo, olhou para Giovanna e depois para mim.

— Quem é essa? - ela perguntou, confusa.

— Esta é Giovanna Torres. - disse, olhando para Giovanna.

Giovanna sorriu, um sorriso que fez meu coração acelerar.

— Vamos sair daqui. — ela disse, estendendo a mão para mim. — Acho que você já teve o suficiente por hoje.

Aceitei sua mão, sentindo uma onda de alívio e segurança ao seu toque. Com Giovanna ao meu lado, sabia que tudo ficaria bem. Colocamos Ana Clara dentro do carro, mas antes ela vomitou até as tripas e agora estava dormindo no banco de trás. A situação não era das mais agradáveis, mas pelo menos ela estava segura.

Ana, ainda meio consciente, começou a resmungar antes de entrar no veículo.

— Não quero entrar no carro! — ela disse, tentando se levantar, mas caindo de volta no banco.

— Ana, calma. — disse, tentando acalmá-la.
— Você precisa descansar.

— Vamos lá, Ana Clara, sem drama. — Giovanna disse, ajudando-me a colocá-la no banco. — Precisamos levá-la para casa.

— Não quero ir para casa! - Ana protestou, tentando se levantar de novo.

— Ana, por favor. - disse, a paciência começando a se esgotar. Giovanna riu e, com um movimento rápido e eficiente, colocou Ana
de volta no banco e fechou a porta.

— Pronto. - disse, voltando para o banco do
motorista. — Vamos levar sua amiga para casa antes que ela decida que quer correr uma maratona ou algo assim. Eu ri, sentindo um pouco da tensão se dissipar.

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