33.10 de março

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• Kel•

Naquele mesmo dia, quando cheguei do mercado, o papel ainda estava grudado na TV. Fiz a comida e esperei ela chegar. Os minutos se transformaram em horas e nada dela. Decidi então procurar na agenda para ver se encontrava o número, mas não achei.

Dois dias depois, eu estava quase surtando por ela não ter voltado, até ouvir alguém bater no portão.

Quando fui ver, era uma policial, o que me deixou ainda mais preocupada.

— Ela tá bem?

— Vou ser sincera com você. Ela mandou a localização, estamos investigando.

— ...Isso quer dizer que... — Não terminei a frase.

— Provavelmente, eles já descobriram. — Ela falou, frustrada.

— Mas ela já tinha combinado com a gente de te levar pra casa. Não é seguro ficar aqui sozinha.

— Não! Eu não vou sem ver ela.

— Kel, sei que está preocupada, mas temos que ir antes que eles a encontrem.

— ...Hoje? — Falei com a voz embargada, e ela suspirou, sentando no sofá.

— Não. Se você realmente quiser ficar aqui até ela aparecer, pode ficar na minha casa.

Fiquei estranhando a mudança de ideia repentina, mas era o que eu queria, e aqui estou eu. Presa na casa dela, cheia de seguranças e câmeras. Passo os dias mexendo no celular, conversando com minha mãe. Ainda não mandei mensagem para Keneka e Rio; quero ligar em vídeo. Será que elas estão bem? Ainda lembram de mim?

Penso enquanto encaro o nosso grupo, que tem várias mensagens delas depois do dia que sumi. Clico no grupo e leio cada mensagem, me emocionando com cada palavra. O áudio de Rio, pedindo para eu voltar, cortou meu coração. Por impulso, clico para ligar em vídeo chamada. Vejo o ícone de chamada, mas demora. Estava tão concentrada esperando que atendessem que levei um susto quando comecei a ouvir tiros.

Desliguei a chamada e corri para o quarto, trancando a porta assustada.

O que está acontecendo?

Trinta minutos depois, um grande silêncio tomou conta, e eu ouvi a porta da entrada se abrir. Fiquei quieta enquanto ouvia passos rápidos subindo e entrando no corredor.

— Você precisa ir ao hospital. — Ouvi uma voz masculina.

— Eu preciso cumprir o que prometi à Rorry. — A voz feminina respondeu. Reconheci e, então, abri a porta e saí.

— O que aconteceu? — Perguntei, com a voz trêmula.

— Tentaram invadir aqui. — O homem falou, enquanto pressionava um pano na barriga da policial.

— Nem pense em ir agora! — Ela respondeu, ofegante.

— Você tomou um tiro. — O homem a lembrou.

— Eu sei, mas... Eu preciso... — Ela disse com dificuldade e tombou para o lado. O homem a segurou e a pegou no colo.

— Você precisa achar a passagem para as escadas de emergência. — Ele falou, e eu comecei a correr pela casa, preocupada.

Entrei no escritório dela e encontrei o mapa do apartamento. Ótimo! As escadas de emergência ficavam no corredor. Saí e encontrei a porta. Como estava trancada, dei um chute e consegui abrir.

— VAMOS! — Gritei para o homem, que não demorou a subir com a policial em seu colo, já desmaiada.

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Pequeno mais vou posta mais um hoje, Tá? Obrigada por ler

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⏰ Última atualização: 3 days ago ⏰

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MINHA AFILHADA IRRESISTÍVEL /LÉSBICA FAYE PERAYAOnde histórias criam vida. Descubra agora