• Kel•
Naquele mesmo dia, quando cheguei do mercado, o papel ainda estava grudado na TV. Fiz a comida e esperei ela chegar. Os minutos se transformaram em horas e nada dela. Decidi então procurar na agenda para ver se encontrava o número, mas não achei.
Dois dias depois, eu estava quase surtando por ela não ter voltado, até ouvir alguém bater no portão.
Quando fui ver, era uma policial, o que me deixou ainda mais preocupada.
— Ela tá bem?
— Vou ser sincera com você. Ela mandou a localização, estamos investigando.
— ...Isso quer dizer que... — Não terminei a frase.
— Provavelmente, eles já descobriram. — Ela falou, frustrada.
— Mas ela já tinha combinado com a gente de te levar pra casa. Não é seguro ficar aqui sozinha.
— Não! Eu não vou sem ver ela.
— Kel, sei que está preocupada, mas temos que ir antes que eles a encontrem.
— ...Hoje? — Falei com a voz embargada, e ela suspirou, sentando no sofá.
— Não. Se você realmente quiser ficar aqui até ela aparecer, pode ficar na minha casa.
Fiquei estranhando a mudança de ideia repentina, mas era o que eu queria, e aqui estou eu. Presa na casa dela, cheia de seguranças e câmeras. Passo os dias mexendo no celular, conversando com minha mãe. Ainda não mandei mensagem para Keneka e Rio; quero ligar em vídeo. Será que elas estão bem? Ainda lembram de mim?
Penso enquanto encaro o nosso grupo, que tem várias mensagens delas depois do dia que sumi. Clico no grupo e leio cada mensagem, me emocionando com cada palavra. O áudio de Rio, pedindo para eu voltar, cortou meu coração. Por impulso, clico para ligar em vídeo chamada. Vejo o ícone de chamada, mas demora. Estava tão concentrada esperando que atendessem que levei um susto quando comecei a ouvir tiros.
Desliguei a chamada e corri para o quarto, trancando a porta assustada.
O que está acontecendo?
Trinta minutos depois, um grande silêncio tomou conta, e eu ouvi a porta da entrada se abrir. Fiquei quieta enquanto ouvia passos rápidos subindo e entrando no corredor.
— Você precisa ir ao hospital. — Ouvi uma voz masculina.
— Eu preciso cumprir o que prometi à Rorry. — A voz feminina respondeu. Reconheci e, então, abri a porta e saí.
— O que aconteceu? — Perguntei, com a voz trêmula.
— Tentaram invadir aqui. — O homem falou, enquanto pressionava um pano na barriga da policial.
— Nem pense em ir agora! — Ela respondeu, ofegante.
— Você tomou um tiro. — O homem a lembrou.
— Eu sei, mas... Eu preciso... — Ela disse com dificuldade e tombou para o lado. O homem a segurou e a pegou no colo.
— Você precisa achar a passagem para as escadas de emergência. — Ele falou, e eu comecei a correr pela casa, preocupada.
Entrei no escritório dela e encontrei o mapa do apartamento. Ótimo! As escadas de emergência ficavam no corredor. Saí e encontrei a porta. Como estava trancada, dei um chute e consegui abrir.
— VAMOS! — Gritei para o homem, que não demorou a subir com a policial em seu colo, já desmaiada.
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Pequeno mais vou posta mais um hoje, Tá? Obrigada por ler
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MINHA AFILHADA IRRESISTÍVEL /LÉSBICA FAYE PERAYA
RomanceRio cresceu no orfanato lúpus,após viajar para Tailândia ela consegue alugar um quarto em uma casa de uma mulher muito atraente. Só não esperava que essa pessoa a conhecesse.