⁰⁴⁶'

605 114 3
                                    

ᴇᴘíʟᴏɢᴏ

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

ᴇᴘíʟᴏɢᴏ

Quem diria que uma simples olhada em um jogo olímpico iria fazer o destino juntar eu e Gabriela? O destino tem dessas coisas de brincar com nossa cara. Hoje, depois de cinco anos, eu e Gabi nos encontramos aqui, no mesmo lugar onde tudo começou: no ginásio em Paris, para uma final entre Itália e Brasil no Mundial. O mesmo ginásio. As mesmas luzes. O mesmo hino ecoando pelas paredes. Mas hoje, tudo tem um significado diferente.

O barulho das arquibancadas já não parece tão ensurdecedor quanto antes. O tempo, de alguma forma, desacelerou, como se o universo quisesse nos dar um momento só nosso. Ela está ali, sorrindo. Não aquele sorriso que ela dá para as câmeras ou para os fãs. É o sorriso que eu aprendi a decifrar nos pequenos momentos, nos bastidores das quadras e, principalmente, nas madrugadas em que o silêncio falava mais do que qualquer palavra.

Cinco anos. Cinco anos de conquistas, quedas, reencontros e reconciliações. Nem sempre foi fácil, mas nenhuma história de amor que vale a pena é escrita sem conflitos. E nós, bem... Nós vivemos o nosso próprio roteiro, cheio de reviravoltas. O destino não foi sutil naquela tarde — ele nos colocou no caminho uma da outra como um passe certeiro. Hoje, porém, não sou apenas eu entrando nessa quadra. Somos nós.

Hoje estarei apenas assistindo essa final, torcendo pela minha esposa e, ao mesmo tempo, torcendo pelo meu país. Os rumores se espalhavam: uma lesão? Problemas pessoais? Ninguém sabia. Nem mesmo Gabi, que, apesar de manter a concentração no jogo, sentia minha ausência. E como eu sei disso? Durante esses anos convivendo com a minha esposa, consegui entender como cada uma de nós se comporta na ausência da outra. E é exatamente do modo em que aprendemos que Gabi está lidando. Ela até o momento não me encontra, nem no banco, e muito menos em outro lugar. Sua expressão de preocupação surge, mesmo ela totalmente concentrada em ganhar essa final. O legal é que nem mesmo Gabriela sabe exatamente o motivo de minha ausência, mas, ao me ver na primeira fileira, ela logo estranha, porém suaviza um pouco sua face. Eu vejo.

A partida segue, a cada ponto, um mix de tensões. Sei que ela está se esforçando, dando o máximo de si. Ela sempre faz isso, mas hoje, algo parece faltar. Eu mesma, do outro lado da quadra, sentindo cada vibração, cada movimento, sem saber o que é esse nó no peito que me prende. Sei que ela me olha sem me ver, e por algum motivo, isso me dói. Não pela falta dela, mas por estar em um lugar onde não posso estar com ela, não como ela esperava.

Gabi, a capitã do Brasil, está em ação, com sua energia vibrante, como sempre foi, e ao mesmo tempo em um silêncio que só quem conhece o lado mais íntimo dela pode entender. Eu a vi antes do jogo, as palavras ainda ecoando em minha cabeça: “Você vai estar lá, não vai?” E eu, com um sorriso meio triste, respondi: “Hoje, estarei do outro lado da quadra. Estarei te assistindo. Vai ser mais do que suficiente.”

Eu não queria que ela soubesse a verdade ainda. Não assim. O tempo estava me dando o que eu precisava: o momento para revelar o que estava prestes a mudar nossas vidas. Sabia que não poderia continuar em silêncio por mais tempo.

Na reta final da partida, a tensão aumentava. Eu via Gabi respirar fundo antes de cada saque, a postura de capitã se firmando a cada ponto. O Brasil estava indo para a vitória, mas eu podia sentir que ela estava dividida. Ela me procurava, seu olhar se afastando do jogo por breves segundos. Eu via a confusão em seus olhos, a busca por mim, e então ela viu. Naquele instante, ela me encontrou na primeira fileira.

Os olhos dela brilharam, mas não de surpresa. Era um brilho doce, quase como se soubesse o que eu estava prestes a dizer, mesmo sem palavras. Sua expressão suavizou, mas uma sombra de preocupação ainda pairava sobre ela. Não sei se era o medo de perder ou o desejo de me ter ao seu lado, mas sei que, naquele momento, eu estava presente. Não como jogadora. Não como adversária. Mas como sua esposa, que a amava mais do que qualquer vitória.

Quando o jogo terminou, e o Brasil venceu, a arena explodiu em celebrações, mas para nós, a verdadeira vitória acontecia naquele exato momento. O sorriso que eu vi em seu rosto enquanto ela olhava para mim dizia tudo. Mas ainda havia algo que precisava ser dito.

Após a cerimônia de premiação, quando a festa da vitória se acalmou, eu fiz o que tinha planejado há tanto tempo. Fui até ela, e nas mãos, uma pequena caixinha, cuidadosamente embrulhada. Gabi, que estava dando entrevistas, me viu e, sem pensar, correu até mim. Não precisávamos de palavras para sabermos o que o outro sentia.

Eu entreguei a caixinha a ela. Ela olhou para mim, surpresa, e, com um sorriso cheio de curiosidade, abriu o presente. Dentro, estavam dois pares de sapatinhos brancos. O silêncio que se seguiu foi profundo.

— Dois ? — Gabi murmurou, a emoção tomando conta de seu rosto. — A fertilização deu certo — Seus olhos estavam marejados, e eu vi a confusão, o espanto e, por fim, a felicidade se espalharem por cada traço de seu rosto.

— Sim, Gabi. Estamos esperando... nossas filhas. — Eu disse, a voz trêmula, mas cheia de amor.

Gabi não conseguiu conter as lágrimas. Ela me abraçou com tanta força que eu quase perdi o equilíbrio. O sentimento de amor e emoção nos envolvia como nunca antes. O público ao redor começou a perceber, e os aplausos começaram a soar, mas para nós, naquele momento, o mundo inteiro poderia ter parado.

— Eu não sei o que dizer... — Gabi sussurrou, mas eu não precisava de palavras.

— Não precisa dizer nada meu amor , você vai ser mamãe de duas mini gabizinhas  — Eu sorri, e ela me beijou, com uma suavidade que dizia mais do que qualquer palavra.

Eu e Gabi optamos por aquele método ROPA , onde nos duas poderíamos participar da fertilização,  enquanto Gabi doou o óvulo , eu vou ter a gestação.  Esse método também permite que nós duas sejamos envolvidas biologicamente , Gabi como doadora e eu como a gestante . Então  em breve Stella e Celine irão vir ao mundo!!!

E assim, em meio à multidão, com o som de vitórias e aplausos ao fundo, nossa verdadeira vitória foi celebrada. Não mais como adversárias, mas como parceiras na vida. Nossas filhas estavam chegando, e o que quer que o destino tivesse planejado para nós, sabíamos que juntos, seríamos capazes de enfrentar qualquer desafio.

FIM !!!!!!!

Gente eu não sei nem o que dizer

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Gente eu não sei nem o que dizer ....

Primeiramente eu queria agradecer a cada um de vocês.

Nunca que eu iria imaginar que uma simples história tirada da minha cabeça e de sonhos , iria bater mais de 100k de visualização. 

Quando eu postei Connexion eu não dava nada por essa história

A princípio era sobre uma outra garota que não me recordo o nome mais , neta do que se machucou dias antes da olimpíadas e na arquibancada ela iria ver Gabi

Então eu agradeço muito a cada um de vocês e eu amo vocês !!!!!

Vão ler destiny set

🎉 Você terminou a leitura de 𝗖𝗢𝗡𝗡𝗘𝗫𝗜𝗢𝗡 - 𝗀𝖺𝖻𝗋𝗂𝖾𝗅𝖺 𝗀𝗎𝗂𝗆𝖺𝗋𝖺𝖾𝗌 🎉
𝗖𝗢𝗡𝗡𝗘𝗫𝗜𝗢𝗡  - 𝗀𝖺𝖻𝗋𝗂𝖾𝗅𝖺 𝗀𝗎𝗂𝗆𝖺𝗋𝖺𝖾𝗌Onde histórias criam vida. Descubra agora