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Felix estava com Jisung, os dois refletindo sobre as circunstâncias de suas vidas.

Estavam em uma cafeteria ao ar livre, em um parque mais especificamente. Eva estava com dois meses e mais esperta do que nunca, usando um vestidinho verde adorável e uma tiara com lacinhos. Jisung passava metade do tempo babando por ela, a fazendo rir e se derretendo por inteiro, imaginando quando fosse os seus bebês enchendo os seus ouvidos com aqueles sons fofos. Queria enchê-los de adereços e roupinhas bonitinhas, assim como mimá-los até onde fosse saudável.

— O pai do Minho veio falar comigo — proferiu após dar um gole em seu frappuccino de caramelo, sorrindo ao observar Felix tentando impedir Eva de afundar as mãozinhas em sua fatia de bolo na mesa pequena redonda. — Ela está animada hoje, isso é tão bom.

Arregalando os olhos, Felix se voltou para Jisung, se esquecendo de Eva por um instante, segurando-a em seus braços enquanto ela ficava se agitando como se fosse pular de seu colo a qualquer momento. A garotinha cada dia mais linda, as bochechas gordinhas e rosadas e os olhos grandes como os de Felix, assim como seu nariz de botão, enquanto os demais traços de seus pais se misturavam.

Era bom poder sair de casa finalmente, ainda mais na companhia dela que não estranhava ninguém e dava risada pra tudo. Felix ficava preocupado com isso, porque ela simplesmente poderia ser roubada por outra pessoa e ela não iria chorar ou gritar e fazer um escândalo como a maioria das crianças. Era extrovertida como Christopher.

— O que diabos ele queria?

Felix soube de toda a história e estava simplesmente embasbacado com a falta de escrúpulos do senhor Lee, que era tão ruim ou pior que a família Lee de Chaeryeong.

— Ele tentou me comprar. Está tentando tirar tudo de Minho à força. Disse que poderia me dar uma vida melhor e que gostava de mim, mas tinha pena porque Minho não era a pessoa certa.

— Ele estava flertando com você? — Felix exclamou, arregalando os olhos.

— Não sei... eu não sei mesmo — demonstrou imerso em nervosismo, lembrando-se de quando estava trabalhando no bar e era assediado pelos clientes e até pelos proprietários. Era desconfortável, se sentia como um objeto. — Eu não contei nada para o Minho ainda, porque ele está bem ocupado tentando enfrentar o pai dele. Minho está... se metendo onde não deveria, mas eu não consigo não sentir orgulho dele. Queria apoiá-lo mais. Mas, sim, o senhor Lee foi lá pra casa em uma dia que o Minho não estava e eu juro por Deus que se eu não estivesse grávido, ia destruir a cara dele.

O senhor Lee, furioso com os primeiros movimentos de Minho na montagem do dossiê e a repercussão que suas ações estavam ganhando, decidiu usar táticas ainda mais agressivas. Movido pela raiva e pela frustração, ele resolveu confrontar Jisung diretamente, numa tentativa de desestabilizar o relacionamento do casal.

Ele foi até Jisung com um semblante austero e tentou convencê-lo a largar Minho. O senhor Lee utilizou de sua influência e poder para tentar persuadir Jisung de que Minho não era uma escolha adequada para ele, insinuando que o autismo de Minho poderia ser um empecilho para o relacionamento.

Além disso, o senhor Lee ousou dar em cima de Jisung, numa tentativa de minar a confiança que o casal tinha um no outro. Ele usou de sua posição de poder e autoridade para tentar seduzir Jisung, desrespeitando completamente os sentimentos dele e cruzando todos os limites éticos e morais.

No entanto, Jisung não se deixou abalar pelas tentativas manipuladoras do senhor Lee. Ele estava ciente do amor que sentia por Minho e da força do relacionamento que construíram juntos. As ações desesperadas e abusivas do pai de Minho só reforçaram sua convicção de que eles deveriam ficar juntos, enfrentando todas as adversidades que surgissem.

VERÃO AUSTRALIANO | CHANLIXOnde histórias criam vida. Descubra agora