Capítulo 1

167 14 4
                                    

 Um ano depois.

- Ai, droga. - Digo pegando uma toalha para cuidar do pequeno corte que fiz em meu dedo. Francamente, eu sou um quadrúpede na cozinha, só eu consigo fazer com que a tarefa mais simples como cortar um pedaço de pão se torne super perigosa.

- O que houve Harry? - Pergunta Anne, minha quase talvez namorada.

- Nada, só um corte insignificante no meu dedo.

- Deixa eu ver - Ela pega minha mão, examina meu dedo e muito levemente planta ali um beijo. - Pronto, vai melhorar. Sonhou muito essa noite? - Pergunta, sentando em uma das quatro cadeiras colocadas ao redor da mesa.

Os sonhos. Eles não me abandonam, ao contrário, me fazem questão de lembrar o por quê eu estou vivo.

- A mesma coisa de sempre, você sabe. Vai querer torrada? - Pergunto, tentando mudar de assunto. Eu já revivo meu passado todas as noites, não preciso revive-lo de dia também.

- Sim. - Ela diz - Se a torrada vir acompanhada de um beijo, melhor ainda.

***

Saio do meu apartamento e dou de cara com um típico dia londrino: nublado e frio. Amo esse clima, o verde, o frio, a chuva. Anne me acha louco, diz que ninguém gosta disso, mas e daí? Nunca quis ser como os outros, nunca quis ser como ela.

Tenho um emprego em um café próximo, que é suficiente para me sustentar sozinho, mas nao dá para viver pra sempre assim. Então, eu estou pensando em fazer uma faculdade, mas vai demorar um pouco até eu conseguir o dinheiro necessário.

Eu chego no café e encontro tudo fechado, o que está certo, já que a minha função é chegar cedo e abrir o estabelecimento. Às sete horas tudo está pronto, as portas estão abertas, os cadárpios em cima das mesas, e os bolinhos de queijo estão no forno. Só falta meu colega de trabalho chegar para me ajudar. Seu nome é Louis.

Louis é o tipo meio retirado. Chega, faz seu trabalho e vai embora. Não conversa, não ri, não se enturma. Alguma coisa muito grave aconteceu ou acontece com ele, mais grave do que aconteceu comigo. Ás vezes eu sinto uma curiosidade e vontade de conversar com ele, de ver como seu olhos azuis reagem quando ele ri, ou de simplemeste ouvir sua voz, que só escuto quando ele me dá bom dia.

Escuto a porta dos fundos se abrir e sei que Louis chegou. Vou até a cozinha e deparo com o homem baixinho que mesmo presente todos os dias, é ausente e como se não existisse. Ele pendura seu casaco no cabideiro perto da porta e pega seu avental para colocá-lo, é ai que percebe minha presença junto a porta.

-Bom dia.- Diz, sem olhar nos meus olhos

-Bom dia- Respondo educadamente e com a voz leviana, como sempre faço.

Os clientes começam a chegar e rapidamente aparece trabalho para nós dois. É incrível como o tempo passa rápido quando a gente tem um monte de coisa para fazer, no que parece ser algumas horas, o dia passa e está na hora de ir para a casa novamente.

Eu tiro meu avental e me dirijo para a cozinha para me arrumar para sair. É minha responsábilidade abrir o café, mas é responsábilidade do Louis fechá-lo. Quando chego na porta da cozinha escuto Louis conversando no telefone.

-Sim mãe, eu sei. Tá mãe, amanhã eu vou ao hospital. Eu sei. Mãe, eu vou ficar bem, e o remédio não faz tudo isso. Ok Te amo. Tchau.

Vejo que ele desliga o telefone e vai embora. Talvez, talvez eu saiba um pouquinho mais do enigma chamado Louis Tomlinson.



Oii, essa é a primeira vez que escrevo uma fic, então votem, comentem e me sigam. O cronograma é todos os dias ou um dia sim e outro não, vai depender da minha criatividade. Os capítulo serão maiores, prometo. 

Love me Harder ||L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora