Uma semana depois. - Sexta - feira
Sabe quando uma coisa dói em você como se estivessem te enfiando uma faca nas costas? Foi exatamente a dor que eu senti quando Louis falou aquilo para mim... Talvez ele nem queria me machucar, talvez ele só estava expressando seus sentimentos... Talvez.
Ver Louis todos os dias não torna a tarefa mais fácil, não sei porquê eu estou tão interessado... Acho que me iludi com o fato de que algum dia seriamos amigos. Agora, a coisa ta um pouquinho pior, já que quase não nos olhamos, eu quase não ouço sua voz. Eu estava levantando as cadeiras e passando pano no chão para ir embora, quando de repente eu escuto um grito:
-HARRY! - Grita Louis com voz de desespero. Eu largo a vassoura no chão e saio correndo, para encontrar um Louis pálido e caído no chão da cozinha.
***
10:30 PM, 10:40, 10:50... Nada de notícias do Louis. Se tem um lugar em que as horas passam rápido, e você fica frustado, é o hospital, principalmente quando você se importa demais com a pessoa. Tic tac, tic tac, tic tac, tic tac 11:00PM , tic tac, tic tac, tic tac, bem-vindo sábado... E nada de notícias do Louis. Quando eu estava começando a me preocupar, uma enfermeira saí do quarto que ele estava
-Com licença. - Digo parando ela no meio do corredor.
-Pois não? - Ela me pergunta educadamente.
-Eu quero saber a situação do rapaz que está naquele quarto que você acabou de sair. - Digo, implorando mentalmente que ela me fale algo.
-É parente? Só damos informação para os familiares. - Ela pergunta.
-Sou primo - Minto. -Er... adotado. - Falo por causa do meu sobrenome, que é diferente.
-Ok, você quer informações de Louis William Tomlinson, certo? - Ela nem espera minha resposta. - O estado dele é estável, passa bem. Segundo o médico, o que deu nele foi uma queda de pressão junto com alguns efeitos colaterais do tratamento que ele está fazendo para o câncer.
-Ele tem câncer do que? - Eu pergunto sem nem mesmo pensar... Ora, se eu fosse realmente primo dele, saberia qual era a doença que ele tem.
-Ele tem leucemia. - Ela estranha a pergunta, mas responde. - E eu lamento informar, mas mais cedo ou mais tarde ele irá precisar de doação de medula óssea.
Isso quase me tira o chão. Há uma fila imensa de pessoas que precisam de doação de medula, e nem sempre se tem a sorte de achar alguém compatível. Louis é um garoto de apenas 22 anos que talvez nem tenha a sorte de completar seu próximo aniversário.
-Posso vê-lo? - Pergunto para a enfermeira que estava quase saindo.
-Só amanhã, nos horários de visita. A mãe dele está na sala de espera, por que você não vai lá?
Porque ela nem me conhece. Guardo o pensamento que me chateia só para mim e me dirijo a sala que provavelmente, vai ser meu quarto por uma noite.
-Bom dia. - Uma voz feminina me acorda, deve ser a mãe do Louis.
-Bom dia... Já tem notícias dele? - Pergunto. A mulher está sentada em uma das poltronas verde - claro espalhadas pela sala. A sala é pequena, e pintada com tons de azul e branco. É relaxante, mas tem cheiro de medicamentos e álcool
-Bom, tudo indica que ele ganhará alta no meio do dia, mas mesmo assim podemos ir visitá-lo. Mas me diga, quem é você? - Ela me olha com uma sobrancelha erguida e com um olhar curioso.
-Eu sou Harry, amigo do Louis. - Falo com a maior naturalidade possível.
-Prazer Harry, meu nome é Johannah, mãe do Louis. Foi você quem trouxe ele pra cá?
-Foi sim senhora. - digo, o sorriso de gratidão que ela tinha no rosto era maravilhoso. De repente, um enfermeiro entra na sala avisando que poderíamos visitar Louis e meu coração pula de alegria por saber que verá aqueles olhinhos azuis novamente.
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Love me Harder ||L.S
FanfictionHarry é um jovem de apenas 20 anos que sofreu um trauma muito grande no seu passado: ele perdeu o grande amor da sua vida. Mas, um ano depois, ele consegue aos poucos retornar sua rotina. Ele possui sonhos, e fazer uma faculdade é um deles, mas tem...