(N/A): Esse capítulo é a continuação do capítulo anterior, e é MUITO IMPORTANTE PARA A FIC. Boa leitura.
-Como assim? John não me falou nada sobre o Louis ser substituído. - Digo para Liam, que está com cara de quem não tem nada a ver com isso, então ele abaixa a mão estendida.
-Bom, pelo que o seu... o nosso chefe me falou, Louis está internado. Não acredito que você não sabia, me disseram que você era o melhor amigo dele. - Ele fala com as sobrancelhas erguidas.
-Como ela tá, onde ele tá? - Pergunto em desespero. Louis, MEU LOUIS, meu pequenino par de olhos azuis, a pessoinha que alegrava meus dias de tédio e sempre me fazia rir no trabalho, o anjinho que deu a alegria que eu tanto procurava e não achava... Meu Louis estava doente, e eu nem sabia. Eu não estava lá para ajudá-lo.
-Pelo jeito você não sabe de nada mesmo né? Louis está em coma.
***
O hospital ficava á uns quarenta quilômetros de distância da cafeteria. Era um lugar preparado para receber as pessoas com algum tipo de doença muito séria; um lugar para as pessoas que estavam morrendo.
Entrei na recepção e pedi informações sobre o paciente, e me mandaram esperar. Sentei em uma das cadeiras azuis amolfadadas que estavam disponíveis, e na minha frente, atrás de um balcão, uma garota de aparência de uns vinte e quatro anos digitava rapidamente no computador. Ela não me disse nada sobre Louis.
Em cima de sua cabeça havia uma televisão que compartilhava as notícias regionais e nacionais, lembro de ter olhado, mas nem lembro do que vi. Na porta à minha esquerda estava a entrada para esse pequeno espaço, e depois da entrada, havia outra porta que levava á uma sala onde eles serviam café.
As horas não passavam, elas se arrastavam. Gente entrava e saia e nada de informações sobre o Louis. Até que a garota do computador - seu nome era Marie - chamou minha atenção. Finalmente eu iria saber.
-Você quer saber sobre Louis Tomlinson, certo? - Ela me pergunta sem ao menos tirar os olhos do computador. Eu me levanto com uma certa pressa e me coloco a sua frente.
-Sim, é ele mesmo. - Eu digo rápido ela para e me olha por um momento.
-Tem algum tipo de parentesco com o paciente? Irmão? Primo?
-Não, eu sou só um amigo. - E preciso saber como ele está.
-Bom, como você não é da família eu só posso compartilhar o que é permitido pelos parentes. O que diz aqui é que ele está em coma induzido, a quimioterapia que ele estava fazendo não surgiu efeito algum contra a doença e aí o sistema imunológico dele baixou demais. O que tá causando tudo isso nem é o câncer em si, e sim uma pneumonia que deu nele à algum tempo atrás que não curou totalmente e agora voltou como uma bomba. Não posso dizer mais nada.
-E eu posso ao menos ver ele?
-Sinto muito querido, mas somente a família pode vê-lo agora. Além do mais, a mãe dele já está lá e só pode entrar um por vez. - Ela diz meio que se desculpando, e me aconselha que eu vá embora e volte amanhã para ter mais informações. Eu decido mandar uma mensagem para Niall avisando que eu não vou dormir em casa. Não saio daqui sem ver Louis.
***
-Harry! - Exclama a mãe de Louis assim que ela me vê.
-JOHANNAH! - Eu lhe dou um abraço meio inesperado e desajeitado. Ela me olha nos olhos e percebe que estou cansado.
-Desde que horas você está aqui? - Ela pergunta com um tom preocupado, quase maternal.
-Desde às sete da manhã... - Ela me olha assustada, já são cinco horas da tarde.
-Você quer ver ele né? Eu sei que quer, talvez ele precise de você agora. - Ela me olha como se soubesse de algo, é aí que sei: Louis contou o nosso pequeno segredo. Ele não conseguia esquecer assim com eu também não. -Às seis horas muda a recepcionista daqui, daí você diz que é da família para poder ir vê-lo.
-Claro.. Meu Deus, muito obrigado!!!
Quando mudou o turno do pessoal e nova recepcionista chegou, eu disse para ela que parente de Louis e que tinha a permissão da mãe dele para entrar. A garota nova, uma ruiva de pele bem branca que se chamava Sam, foi confirmar a história com Johannah, que concordou com tudo e ficou lá embaixo enquanto eu fui ver Louis.
A UTI tinha um cheiro enjoativo de remédios e um barulho chatinho dos receptores. Tive que pôr uma roupa especial para poder entrar lá dentro que cobria meu corpo todo e mais uma touca para meus cabelos.
No quarto em que Louis estava havia somente a cama, uma poltrona e a aparelhagem que o mantinham praticamente vivo. Os aparelhos faziam tudo por ele, até respiravam por ele. Ele estava pálido, sua cabeça raspada era a resposta de sua doença.
Sempre me falaram que pessoas em coma ouviam tudo o que lhes diziam. Será que Louis me escutaria? Será que ele tinha como saber que eu estava aqui? Quem olhasse sua aparência diria que não, que eu seria apenas mais um tolo tentando conversar com alguém dormindo. Mas eu tentei. Me sente na poltrona que ficava ao lado da cama e falei tudo que estava presso na minha garganta, tudo o que eu deveria ter dito. É impressionante como a gente se arrepende de não ter feito algo quando ainda tinha tempo. O meu tempo para falar com Louis estava acabando, e eu nem tinha começado.
-Oi Louis - Olho para ele como se esperasse uma resposta ou apenas o brilho de seus olhos que aparecia quando eu chamava seu nome. Mas isso não aconteceu, nem uma célula de seu corpo respondeu quando eu disse seu nome. - Sinto muito por não ter aparecido antes... Eu não sabia. - De repente eu começo a chorar e a falar tão rápido que duvido que nem mesmo uma pessoa acordada poderia entender o que eu dizia. - Há mais de um ano atrás eu estava andando com uma garota. O nome dela era Avery, e eu jurava ser ela o amor da minha vida. Em um sábado, eu levei ela para jantar e nesse jantar eu pedi ela em casamento... A gente não tinha nada pronto para uma vida de casal, não tínhamos uma faculdade e nem um planejamento. Estávamos sozinhos e mesmo assim ela aceitou. Depois a gente foi dar uma volta, mas tinha começado a chover e tava tudo meio escuro naquela rua. Foi um momento de felicidade, sabe? Nós dois, molhados por uma chuva fria, sorrindo e brincando com a imaginação de um futuro tão bom quanto o nosso presente. Mas ai veio um carro. Um carro que era conduzido por um idiota bêbado que com certeza tinha bem menos coisas na vida, que não tinha uma casa para chamar de sua. Aquele carro ia me pegar em cheio Louis, eu ia morrer. Era para ter morrido. Mas ela se jogou na minha frente. Eu nunca mais consegui amar alguém como amava ela. Aí me aparece uma pessoa na minha vida que na verdade sempre esteve presente. Um garoto que me ensinou que os momentos tem que ser vividos, um garoto que não se aproximava por medo de eu ter pena dele. A gente ficou super amigos e um dia aconteceu: nos beijamos. Eu fui o maior babaca e disse para ele manter em segredo, que aquilo havia acontecido por impulso e nunca mais aconteceria novamente. Doeu quando ele aceitou. Mas sabe, pensando bem, eu tinha descoberto que estava apaixonado pelo garoto de olhos azuis, apaixonado pela forma que ele ria, apaixonado pelas ruguinhas no cantinho dos olhos. Mas eu vi um motorista bêbado pronto para levar meu amor embora, e o nome desse motorista é câncer. Por favor Louis, não se jogue na frente do carro, lute e viva. Não sei se aguentaria mais uma perda, não sei se poderia continuar em frente. Eu te amo Louis, e embora pareça um pouco cedo e você talvez nem esteja escutando essa bobeira toda, saiba que você me ensinou novamente o que é o amor. Eu faço qualquer coisa, mas fique comigo.
Depois disso tudo, não aguentei mais ficar ali dentro. Saí com uma vontade enorme de chorar.
POV. NARRADORA
Harry saiu rapidamente do quarto de Louis. Aquele nó em sua garganta tinha praticamente sumido, mas ele tinha medo, medo de não ter um final feliz. Mas se Harry tivesse esperado um pouco mais, ele teria a confirmação de que Louis estava ouvindo tudo o que ele dizia: uma única lágrima, grande e espessa, marcava o lado direito do rosto do garoto.
Oii, bom, eu tentei fazer um cap. melhor e saiu isso... bem como eu disse no começo, ele é importante e mais à frente vcs vão saber pq. Me avisem se ficarem meio confusos... E é hj que ninguém dorme esperando Perfect!!!! Eu tô a millll
Obrigada por ler :)
p.s: capa by DellaStylinson
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Love me Harder ||L.S
FanfictionHarry é um jovem de apenas 20 anos que sofreu um trauma muito grande no seu passado: ele perdeu o grande amor da sua vida. Mas, um ano depois, ele consegue aos poucos retornar sua rotina. Ele possui sonhos, e fazer uma faculdade é um deles, mas tem...