Capítulo 17

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3 Meses depois.

-Bom, a única coisa que você tem que fazer é receber os alunos aqui e atendê-los. - Diz a senhora de meia idade muito querida chamada Natalie.

Há mais ou menos umas duas semanas atrás, eu estava em casa curtindo minha linda vida de desempregado quando me ligam e me dão uma linda notícia: Eu poderia trabalhar oito horas diárias em uma faculdade perto de onde moro e em troca receberia uma bolsa de estudos para a faculdade que eu quisesse. Simplesmente demais.

Lógico que essa era uma oportunidade imperdível. Então, agora eu começo a trabalhar na biblioteca ás sete horas, largo ás cinco, e logo depois vou pra aula. Chego em casa às dez. Eu tenho meu fim de semana inteiro livre para passar com Niall.

Louis? Não vou mentir, eu tenho pensado nele. Mas eu fiz uma promessa e pela primeira vez estou tentando cumprí-la. Certo que eu me mato de trabalhar, passo o dia todo lendo ou achando algo para fazer e não pensar nele e tento não ter mais notícias. Eu tentei levar uma vida normal simplesmente o iginorando na cafeteria, mas meu coração não é de aço. Pedi demissão.

Agora, aqui estou, em uma pacada biblioteca tentando ao menos prestar atenção no que essa senhora fala para não perder nenhum detalhe e nem minha bolsa. Até os títulos dos livros me fazem pensar nele. Mas tenho que esquecer. Eu virei a página, mas é esse o problema de virar-mos a página: sempre podêmos voltar para trás e relê-la. Sempre podemos voltar para trás e nos machucar novamente.

-...É so fazer essas pequenas coisas que você se dará muito bem conosco. - Completa a mulher, falando sobre algo que eu não faço a mínima ideia.

-Claro...- Digo, e então ela pega um espanador e me entrega.

-Hoje você vai começar por aqui. Corredor dois prateleita oito. - Ela fala toda sorridente e volta para sua mesa na entrada da biblioteca.

A biblioteca é enorme, tem dois andares e todos os dois são repletos de prateleiras de livros novos e velhos, legais e chatos. Vai ser bom passar meu tempo aqui.

***

10:30 PM

Nunca me senti tão cansado e tão mal. Em um único dia aprendi duas coisas que acho que levarei pelo o resto da minha vida: 1-Tirar pó é algo que pode ocupar as mãos, mas não ocupa a mente. 2 - Eu tenho alergia a pó. Essa última eu aprendi da pior forma possível, e agora estou em minha casa, fungando que nem um porco e tendo que assoar o nariz de cinco em cinco minutos.

O fato de não ocupar a mente, é que em todo o momento em que eu tirava o pó e espirrava feito um louco eu pensava nele, em Louis. Eu deito minha cabeça no meu travesseiro e fico pensando que talvez, eu não vá conseguir cumprir minha promessa. Talvez, eu vá atrás do que é meu.

POV. NARRADORA.

Deste que Harry havia pedido demissão Louis pegava uma hora mais cedo. O movimento havia aumentado consideravelmente e nem mesmo com outros três funcionários a vida na cafeteria era calma. Mas havia algo mais agitado do que o movimento do estabelecimento: os pensamentos de Louis. Os pensamentos de Louis em Harry.

Era algo inevitável. Quando Liam fazia os bolinhos, Louis não podia deixar em pensar o quão bom ficavam aqueles que eram feitos por Harry, e o fato de ele só saber fazer bolinhos e mais nada era ainda melhor. Louis lembrava que era ele quem tinha que lavar a louça, atender os clientes e passar pano nas mesas pelo simples fato de Harry ser muito lerdo para múltiplas tarefas.

Mas quando lembrava de Harry ele também lembrava do motivo de ter largado ele: Louis estava morrendo, isso não era justo, ele não poderia deixar a pessoa que mais ama sofrer por sua causa. A única coisa que Louis não sabia era que ele estava fazendo o Harry sofrer por apenas ignorar ele, por querer poupá-lo.

Agora ele estava ali, com uma câncer terminal comendo cada vez mais seu corpo a cada segundo, com um coração quebrado e a alma vazia. E o pior de tudo era que quando ele parava, ele se dava conta de que era só assim por sua própria culpa.

Ele estava fazendo pequenas anotações em seu bloco de notas em plenas seis horas da manhã quando o sininho da porta toca. Louis nem ergueu a cabeça, que agora estava coberta por uma touca verde, pois aquilo era a coisa mais normal naquele lugar.

-Por favor, eu vou querer dois bolinhos de queijo e um copo de café bem forte com açúcar. - Um calafrio corre pela espinha de Louis. Ele conhecia aquela voz. Ao erguer a cabeça novamente ele se depara com uma nuvem de cachos e um imenso par de olhos verdes. Harry estava ali, ele havia voltado a página não para lê-la novamente, mas sim para apaga-la e reescrever a história.

Olá pessoas, como vão? Pseee voltei. Adivinha quem ta se matando de estudar pq tirou um quatro na prova de matematica e zerou a de quimica? pse.

era isso fuiii. xxx


Love me Harder ||L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora