Love me Harder ||L.S

Capítulo 30

5 meses depois

   Era um milagre.
   Ou pelo menos era o que diziam.
   Louis se recuperou depois daquele dia e conseguiu fazer o transplante de medula que foi doada pelo De. Bruno. Mas ainda tinham recomendações: Louis não podia beber nada alcoólico, evitar comidas com muita gordura e os fast foods. Mas para quem venceu o câncer aquilo não era nada. Ele também continuaria tomando um remédio por alguns anos que evitariam que o câncer voltasse, mas aquilo também não era nada.
   Harry voltou com a faculdade que tinha parado por Louis e tinha começado a trabalhar lá também. As coisas estavam indo bem. Bem até demais.
   —Como estou? -Louis perguntou, dando uma voltinha para que Harry visse como ele ficava na calça jeans escura e regata preta. Simplesmente perfeito.
   —Não há palavras boas o suficiente para descrevê-lo. -Harry elogia e lhe dá um beijo casto. Eles iriam em uma lanchonete nova que tinha aberto na cidade para comer salada, mas pelo menos não ficariam mofando em casa em plena sexta-feira à noite.
   —Bobo... -Louis dá um sorriso e se vira ao espelho que fica atrás da porta do seu quarto para pôr a touca verde-claro e esconder os poucos cabelos que começavam a crescer novamente.  - Vamos, se não a gente não pega mais lugar nas mesas.
   Eles foram de carro até lá, mas o deixaram uma rua antes por causa do estacionamento lotado. Enquanto estavam no caminho até a lanchonete uma música tocava. Hotel Califórnia enchia o carro, falando de drogas, fama e status; e principalmente a perdição que essas coisas eram. Poderiam entrar, mas nunca sair.
   Quando chegaram, pegaram o lugar mais reservado que tinha no local e conversaram bastante. Estavam felizes.
   —Acho que nós já podemos casar. - Harry diz rindo ao espetar o tomate com o garfo.
   —Você não sabe nem fritar ovo e já quer casar? Francamente. -Louis brinca e toma um gole do suco de laranja sem açúcar que tinha pedido.
   —Então, estamos empatados. -Louis o olha com uma cara feia e taça uma azeitona na cara de Harry.
   —Eu sei fritar ovo, ok? Só não sei fazer isso sem queimá-lo. - Harry cai na gargalhada ao escutar tal frase, fazendo Louis parar para admirar suas covinhas e seus olhos brilhantes.
   —Não acredito que deu certo. Tenho medo de acordar e estar em uma cama de hospital, medo de tudo isso ser um sonho - seu sorriso murcha - Medo de ainda estar morrendo.
   —Nós já passamos por isso - Harry tenta confortá-lo - você já passou. Agora é vida nova. - Ele sorri e beija a mão do menor e depois olha as horas. - Vamos?
   —Vamos. - Louis levanta e Harry também, pagam a conta e vão até o carro.
   O caminho é claro, iluminado pelos postes de luz. Harry anda ao lado do menor, com uma mão em sua cintura que é  correspondida pelo outro.
   —Sabe, acho que daqui a uns anos deveríamos adotar algumas crianças. - Harry diz e ri da expressão de Louis.
   —Algumas? - O outro pergunta assustado.
   —Hum... Umas cinco.
   —CINCO? - Louis grita - Você tá louco? Uma já dá trabalho, imagina tudo isso!
   —Quem sabe eu deixo você... - Harry para a frase na metade. Havia algo errado. Talvez o barulho de pneus cantando foi a primeira coisa que lhe chamou a atenção, ou talvez, a luz do farol bem na direção do menor. Ele iria pegá-lo em cheio. Aquele carro iria matar seu Louis.
   Então, tudo ficou em câmera lenta. Harry se viu se jogar em cima de Louis, se viu empurrá-lo para o acostamento, viu os faróis vindo em sua direção. Ele também sentiu, sentiu o carro quebrar suas costelas, a dor alucinante o atingiu em cheio. Sentiu seu coração bater desesperado tentando mantê - lo vivo e depois recuar.
   A última coisa que ouviu foi um berro. Era Louis. Depois o nada lhe trouxe o descanso, a fim da agonia.
   Os para-medicos foram até o local e tentaram. Louis também tentou, implorou. Mas ao contrário do câncer de Louis, aquela já era uma batalha perdida.

Por favor, não me matem. Esse é o final, ainda to pensando se faço epílogo.
Agradeço a todos que me ajudaram e me apoiaram, mas ainda vou postar os agradecimentos.
Amo vcs xxxx
Obrigada!!! E não me matem ( de novo kkkkkkkk