Capítulo 2

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Os faróis iluminam a escuridão, e de repente eu sinto medo.

Ela está gritando. Está frio e eu quero protegê-la, mas ela foge de mim. Eu sei o que vai acontecer

-NÃO!!!!

-NÃO!!!!- Meu grito ecooa pelo quarto vaziu e vejo qua a janela estava aberta. Era só um sonho. Só um sonho. Levanto e vou até a janela para fechá-la, pois era de lá que vinha o ar frio que estava me assombrando. Volto e pego meu Iphone para olhar as horas. 5:30. Ainda bem que só tinha mais meia hora de sono, pois normalmente não consigo mais dormir depois de acordar dos meus pesadelos.

Tomo um banho rápido vou até a cozinha para preparam o meu café. É inverno, então ao abrir a porta da cozinha vejo que ainda está escuro. Nada de diferente, faço isso todos os dias, ás vezes mais cedo, ás vezes mais tarde. Está virando uma rotina, uma rotina muito chata.

***

Mais um dia começa. Faço tudo de novo, abro o estabelecimento, coloco o cadárpio em cimas das mesas, os bolinhos no forno e espero. Enfim eu escuto a porta dos fundos se abrir: Louis chegou.

Espio a cozinha e vejo o pequeno Louis se arrumando. Vejo que ele está abatido, seus olhos estão cansados e as pálpebras caídas. O que aconteceu com ele?

-Bom dia Louis. - Digo, entrando na cozinha.

-Ah, oi Harry... Er...Bom dia. - Diz ele, com um pouco de dificuldade. Sua voz está fraca e sua pele pálida. Nunca o vi assim.

-Aconteceu alguma coisa? - Pergunto preucupado.

-Não... Os clientes estão chegando, acho melhor fazermos o nosso trabalho. - E a conversa acabou ali.

***

-Ah, vamos Harry! Vai ser divertido, eu prometo! - Diz Anne, tentando me convencer à ir em uma balada tosca no centro da cidade.

-Não sei Anne, tenho muita coisa para fazer. - Digo, tentando encontrar uma desculpa para não ir.

-Por exemplo?- Diz ela, até mesmo através do telefone dá para ouvir seu tom de deboche.

-Hum... Tenho que ir ao supermecado porque já está faltando comida, lavar a louça porque elas já estão criando larvas, arrumar meu quarto, e quem sabe eu passe no hospital para doar sangue, já que hoje eles vão acolher doações até tarde. A não ser que você queira vir aqui em casa me ajudar. - Digo, sabendo que ela vai recusar.

-Ir ai? Pra que, juntar larvinhas das louças que você ficou um mês sem lavar? Não, muito obrigada, não nasci para isso. Eu nasci para me diverdir, o que eu vou fazer enquanto você fica ai. Boa sorte, catador de larvas. - Diz ela se despedindo.

-Tchau, e obrigado - Falo e desligo o telefone.

Deixo o sofá onde estava sentado com preguiça, realmente minha "casa" está uma bagunça. Abandono meu celular em algum lugar desconhecido e vou lavar a louça acumulada.

***

Algumas horas de muito esforço, louças quebradas, cobertas dobradas e mãos doendo depois, eu finalmente terminei o que tinha que fazer. Eu sabia que era bagunceiro, mas dessa vez eu me superei, prometo à mim mesmo nunca mais deixar as louças se acumularem a ponto de criarem larvas.

Depois de meu apartamento estar mais socialmente aceitável, checo as horas e vejo que se tomar banho rápido, não ficar enrolando e nem pegar trânsito, eu consigo chegar a tempo de doar sangue. É um bom momento para uma boa ação.

Felizmente as ruas estão vazias quando saio de de casa, então chego rápido ao meu destino. Falo com as garotas da recepção, elas fazem meu cadastro e me encaminham para uma sala onde há várias poltronas disponíveis com os equipamentos necessários para a doação. Eu sento em uma das poltronas e um enfermeiro coloca a agulha no meu braço. É incômodo, mas é suportável.

Algum tempo depois tudo termina, o enfermeiro tira a agulha do meu braço que estava ligada a uma bolsa, agora cheia de sangue, e me diz que tem café disponível, caso eu quiser. Eu agradeço e decido aceitar o café.

Antes da sair do hospital, eu passo por uma ala que nem sempre todos tem coragem de visitar: a ala de pessoas com câncer. Eu admiro a coragem e determinação dessas pessoas. Passo por uma porta e sem querer escuto alguém conversando com uma mulher. Paro e olho para dentro da sala, pois eu sei que conheço aquela voz. E então o eu vejo, deitado em uma maca e com o um soro de quimioterapia ligado á veia.

-Louis? - Digo com surpressa.

-Harry? - Responde o pequeno garoto, que está sendo tratado na ala de pessoas com câncer terminal.


É, não é tãoooooo grande, mas fazer o que né? Tá no começo ainda Bjuss

Love me Harder ||L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora