Capítulo 7

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Duas semanas depois

   -Por que a loira fala ao telefone deitada?  - Pergunto ao Louis. Nós deveríamos estar trabalhando nesse exato momento, o que iria acontecer, se tivesse alguém no café. Então, tudo o que estamos fazendo é ficar sentados em uma das várias mesas daqui e ficar contando piadas idiotas de um para o outro.

   -Hum... Não sei...Por que? - Ele diz, com uma certa curiosidade, mesmo sabendo que a resposta é bem nada a ver.

   -Para não cair a ligação!!!  - Digo e Louis dá uma risada verdadeira, talvez pelo fato de ser tão idiota que chega a dar vontade de rir. Louis está completamente sem cabelo, então ele vive com uma touca verde-claro. Eu sei que ás vezes ele pode se achar horrível e se sentir desleixado, e por esse motivo eu gosto de sempre lembrá-lo o quanto ele é lindo. Tudo o que eu falo para ele é verdades... e as verdades precisam ser ditas.

   Eu e Anne estamos bem... ou não. Na verdade, quase não nos falamos, por que o modo de viver dela é muito diferente do meu. Acho que quando éramos apenas amigos nós nos dávamos melhor, e acho também que esse namoro não vai muito longe.

   -Ah, ok. Mas meus estoques de piadas acabaram!! - Digo pra Louis em meio á risos.

   -Piadas? Não acredito que você chama aquilo de piada. - Ele diz, também rindo.

   -Agora você feriu meus sentimentos...  - Digo, colocando a mão direita sobre o peito e fazendo biquinho.

   -Oh, me desculpe... Não foi por quererrr, minha querrrida donzela. - Ele fala isso imitando um duque com sotaque francês, e eu caio na gargalhada.

   -Donzela? Como o nobre cavalheiro acha que tem tal autoridade para me chamar assim? - Digo, fazendo um voz ensaiada e entrando na brincadeira.

  -Oras, eu posso! E eu não sou um cavalheiro, sou um duque. Me respeite!  - Ele diz com uma autoridade teatral.

  -Ok senhor duque... Você já viu O fantasma da ópera? -  Falo, saindo totalmente da brincadeira.

  -O que é isso? - É, pelo jeito ele não viu.

  -É um livro, que acabou virando uma peça de teatro... Fala sobre o amor de Catharine e Raoul... e o Anjo da música, que é o Erik. Vai ser apresentado hoje á noite no teatro central... eu tenho dois ingressos, que ir? - Eu falo para Louis e ele me olha pensativo, e depois pergunta:

  -E Anne? Por que você não leva ela?

 -Porque ela não que ir. - Eu tinha ligado de manhã para ela, dizendo que tinha ingressos para o teatro. Ela disse não, e ainda falou que se fosse para a balada, tudo bem, mas ela não era suficientemente velha para ir em um teatro em uma quarta-feira à noite.

  -Bom, se a minha mãe não ficar colocando encrencas e nem ficar dizendo que o meu tratamento é muito forte para mim ficar saindo de noite, eu vou sim. - Ele diz com um sorriso no rosto, e nós ficamos conversando por mais um tempo, até que chega alguns clientes, e nós vamos fazer nosso papel de empregado.

  As horas passaram rápido depois disso, então quando estávamos fechando o café eu combinei com o Louis de passar na casa dele às sete e meia, já que a peça era as oito. Eu peguei o endereço dele, e ele me deu o seu número de telefone, caso eu precisasse ligar pedindo socorro por ter entrado em uma rua sem saída ou por estar numa pior com um cachorro grande me cercando, pronto para me devorar. Acho que na verdade, ele estava com medo de que eu não aparecesse.

Love me Harder ||L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora