EMBOSCADAPor todo o caminho de volta até o Campo Pinhos Marisa, a atitude e a postura de Dançarino
desencorajaram qualquer bate-papo. Ele caminhava com os esguios ombros encolhidos, e seu
rosto, geralmente luminoso, estava obscuro. Depois de duas tentativas, Han desistiu e ficou
sozinho com as próprias perguntas.
Ele não sabia nada sobre feitiçaria além dos avisos assustadores da mãe. Os poderes
apareceriam na infância, ou só bem mais tarde? Seria necessário ter amuletos, como aquele que
pesava em sua bolsa, para fazer feitiços? Os magos precisavam ir à escola, ou já tinham um
conhecimento nato da coisa toda?
Acima de tudo, como poderia ser justo que algumas pessoas tivessem poderes capazes de
obrigar os outros a cumprir sua vontade; criar incêndios que não podiam ser apagados; ou
transformar gatos em falcões, caso as histórias fossem verdadeiras?
Capazes de destruir o mundo até quase um ponto sem volta.
Os clãs tinham mágica também, mas de um tipo diferente. A mãe de Dançarino, Willo, era a
matriarca do Campo Pinhos Marisa e uma curandeira talentosa. Ela era capaz de pegar um
graveto seco e fazê-lo brotar, de cultivar qualquer coisa nas suas plantações das colinas, de curar
pelo toque e pela voz. Os remédios dela eram desejados em terras tão distantes quanto Arden. Os
clãs eram conhecidos pelos trabalhos com couro e metal e pela tradição na criação de amuletos e
outros objetos mágicos.
Bayar tinha feito grande estardalhaço com o fato de Dançarino não ter pai conhecido. Como
ele sabia disso, e por que se importaria? Na opinião de Han, Dançarino não precisava de um pai.
Ele estava completamente imerso no clã, cercado por tios e tias que o amavam, primos com
quem caçar, um povo em que todos eram conectados por sangue e tradição. Mesmo quando
Willo viajava, sempre havia uma lareira para aquecê-lo, comida para alimentá-lo e uma cama
para acolhê-lo.
Comparado a Dançarino, Han era muito mais órfão, pois tinha apenas a mãe, a irmã e o pai
morto nas guerras Ardeninas. Os três dividiam um único aposento acima de um estábulo na
vizinhança da Feira dos Trapilhos, em Fellsmarch. Quanto mais Han pensava no assunto, mais
pena sentia de si mesmo: sem pai e sem magia. Sem perspectivas. A mãe já lhe dissera inúmeras
vezes que ele nunca seria nada na vida.
Os dois estavam a pouco menos de uma milha do campo quando Han percebeu que estavam
sendo seguidos. Não foi nada de específico que o alertou: ao se virar para inspecionar algumas
plantas queimadas pelo frio, junto à trilha, ele ouviu passos vindos de trás que pararam subitamente. Um esquilo continuou protestando de seu galho na árvore muito tempo depois de
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O Rei Demônio
De TodoAgora ela ta certa. sério mano essa coisa ta difícil kkkkk certo gente deixem q eu explique o q aconteceu. primeiro, o outro livro começou a dar problemas nos capítulos, Oq? bem eles começaram a se apagar sozinhos do nada, a ordem dos capítulos muda...