LIÇÕES A SEREM APRENDIDAS- Mari, anda rápido ou a gente vai se atrasar! - chamou Han. Ele podia ouvir o ressoar dos
sinos do templo pela cidade, marcando a meia hora. - E passe um pente pelo cabelo, está bem?
Parece um ninho de ratos.
- Mas eu não quero ir à escola - resmungou Mari, amarrando os sapatos. - Não podemos
ir ver o Lucius? Ele está me ensinando a pescar.
- Está chovendo. Além disso, mamãe não gosta que você visite o Lucius - falou Han. -
Ela acha que ele é má influência.
- Mamãe não gosta que você visite o Lucius - retrucou Mari e fez um esforço para
desembaraçar os nós de seu cabelo. - E você vai mesmo assim.
- Quando você tiver a minha idade, pode aborrecer a mamãe por conta própria - falou ele
e pensou que Mari era inteligente demais para o próprio bem. Além disso, tinha uma boca que
ainda lhe traria problemas. Ele sabia bem como era.
Han pegou o pente da mão de Mari e usou-o junto com os dedos para ajeitar o cabelo dela.
- Mamãe não vai saber, mesmo - insistiu Mari, se encolhendo quando ele puxou os cabelos
dela. - Ela só volta do Castelo bem tarde.
- Apenas cale a boca, Mari - falou, sem delicadeza. - Se você não pode ler, escrever, nem
fazer conta, você vai ser enganada durante toda a vida. E como vai aprender alguma coisa?
- Mamãe não consegue ler nem escrever e trabalha para a rainha - argumentou Mari.
- Por isso mesmo, ela quer que você vá para a escola - disse Han.
Fazia duas semanas desde que Han trouxera o amuleto para casa, e as vidas deles adquiriram
uma cadência diferente. A mãe tinha um novo trabalho na lavanderia no Castelo de Fellsmarch.
Era dinheiro certo, mas ela precisava sair muito antes da aurora e caminhar por toda a cidade,
cruzando várias pontes até chegar. E nunca voltava para casa antes de escurecer também;
portanto, eles estavam sozinhos na hora do jantar. Mas, pelo menos, havia jantar.
Tornara-se tarefa de Han levar e trazer Mari da escola, o que dificultava trabalhar para Lucius.
Uma ou duas vezes, ele a levara nas rondas. Hoje ele pretendia deixar Mari na escola, parar em O
Barril e a Coroa, além de algumas outras tabernas em Ponte Austral, e ir e voltar da casa de
Lucius antes que Mari terminasse suas aulas. Era um risco - os Austrinos podiam estar
esperando por ele -, mas tinha que ser feito.
Han umedeceu um trapo na bacia para esfregar o rosto da irmã, para que os oradores do
templo não pensassem que ela era negligenciada. Ele não podia fazer nada em relação às roupas
dela, mas ela não era a única que vestia trapos de segunda mão.
- Vamos.
Ainda estava escuro nas ruas estreitas e nos becos de Feira dos Trapilhos. Chovera forte
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O Rei Demônio
LosoweAgora ela ta certa. sério mano essa coisa ta difícil kkkkk certo gente deixem q eu explique o q aconteceu. primeiro, o outro livro começou a dar problemas nos capítulos, Oq? bem eles começaram a se apagar sozinhos do nada, a ordem dos capítulos muda...