ESTRANHOS COMPANHEIROSAmon Byrne não era o tipo de pessoa que pensava demais nas coisas. Normalmente, tomava
uma decisão e seguia em frente. Mas daquela vez era diferente. Ele havia repensado todas as suas
decisões, durante os dois últimos dias, mais do que fizera antes em toda a vida.
Eles só foram libertados do gabinete de Jemson na manhã seguinte ao rapto de Raisa.
Àquela altura, o rastro já tinha esfriado. Amon enviara os Lobos Gris correndo até Feira dos
Trapilhos para procurar algum vestígio de Alister Algema ou Raisa, enquanto ele ia direto até o
pai para confessar o que havia feito.
Ele encontrou o pai tomando o café da manhã, sozinho, como era seu hábito. Assim que as
primeiras palavras saíram da boca de Amon, o capitão Byrne parou de comer, recostou-se e
ouviu, com expressão severa, fazendo uma pergunta aqui e ali.
Quando Amon terminou, o pai jogou o guardanapo na mesa e enviou o ordenança para levar
os soldados de serviço para a sala da guarnição.
Amon ofereceu a espada ao pai, com o punho virado para ele.
- Lamento, senhor - falou ele rigidamente. - Nesse momento, entrego meu coman...
- Pode manter - rosnou o pai. - Provavelmente, você vai precisar.
- Senhor? - gaguejou Amon, confuso. - Mas... quando a rainha ouvir...
- As rainhas Lobo Gris são obstinadas - disse o pai. - Ninguém sabe disso melhor do que
eu. A tarefa mais difícil que um guarda enfrenta é dizer não à soberana quando sabe que isso
pode resultar em sua dispensa, prisão ou morte. - Ele fitou Amon com seu olhar aquilino. -
Mas, algumas vezes, é necessário dizer não. Você deveria ter dito para a princesa-herdeira.
- Mas como fazer isso, senhor? - Amon devolveu a espada à bainha. - Quer dizer, nós
servimos à rainha, e então...
- Servimos à linhagem das rainhas - disse o pai. - Servimos ao trono. Algumas vezes, o
indivíduo faz uma escolha ruim.
Amon fitou o pai.
- Mas isso não é... não é...
- Traição? - O capitão Byrne esboçou um sorriso. - Alguns diriam que sim. Quem somos
nós, afinal? - Ele se levantou, caminhou até a lareira e cutucou o fogo com um atiçador. O
arranjo cuidadoso das lenhas desfez-se numa fonte de centelhas.
- Nós, os Byrne, estamos aqui por causa de um pacto feito com Hanalea, a primeira desta
linhagem teimosa - disse o pai, fitando o fogo. - É um negócio arriscado, com certeza, mas todos ficaremos bem desde que nossos olhos estejam voltados para o bem da linhagem e o bem
do reino.
- Mas... nem todos na Guarda estão preocupados com o bem do reino - disse Amon e
pensou em Mac Gillen.
O pai assentiu.
- Foi-se o tempo em que o capitão escolhia cada um dos homens e mulheres que enviava
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O Rei Demônio
RastgeleAgora ela ta certa. sério mano essa coisa ta difícil kkkkk certo gente deixem q eu explique o q aconteceu. primeiro, o outro livro começou a dar problemas nos capítulos, Oq? bem eles começaram a se apagar sozinhos do nada, a ordem dos capítulos muda...