Bônus: Confissões (Renan)

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Desde quando entrei para a polícia e vi Verônica Lazzari pela primeira vez, me vi perdido em um caminho sem volta. E o que mais desejei no momento em que pus os olhos naquela mulher batalhadora e perseverante, foi que me encontrasse nesse caminho que ela mesma me fez trilhar.

Não podia negar que estava totalmente apaixonado por ela. Foi amor á primeira vista. Mas o triste desta história é que só foi por minha parte.

Tinha que aguentar os comentários maliciosos dos outros policiais, referindo-se ao corpo e beleza de Verônica. E o mais engraçado é que eu nunca havia trocado uma palavra com ela, até que o melhor dia de minha vida chegou...

- Renan! Fique preparado, eles vão começar a atirar. - Meu companheiro grita, enquanto se escondia atrás de uma viatura.

Uns malditos ladrões resolvera roubar um banco do centro da cidade de Milão. Pelo que eu podia ver, haviam mais de dez homens e estavam todos armados.

- Último aviso! Se rendam ou começamos a atirar. - Aviso-os, falando por um megafone, torcendo para que eles tenham um pingo de consciência.

Tivemos que chamar reforço, mais cinco viaturas vieram para nos ajudar. E eles não teriam nenhuma chance. Estávamos em maior número.

- Então teremos que entrar na briga! - Um dos ladrões grita e começam a atirar.

Rapidamente me abaixo, soltando o megafone o e pego minha arma de minha cintura e começo a atirar, acertando o pé de um deles.

Me afasto do carro e me junto ao meu colega, atirando junto com ele. De repente, vejo algo voar ao meu lado e antes de ter alguma reação, sou empurrado para longe. Em seguida, ouço um barulho de uma explosão e ao abrir os olhos, me deparo com um corpo me protegendo.

- Você está bem? - Me perguntam e ao olhar para o rosto da pessoa que me ajudou, perco a fala.

Ela sai de cima de mim e me arrasta para trás de uma viatura, se agachando em minha frente.

- Eu perguntei se você está bem! - Ela repete, enquanto levanta as pálpebras dos meus olhos. - Você quase virou um churrasco.

- Estou, estou... - Consigo sair do transe de ter aquela mulher perto de mim. - Obrigado, Verônica.

- Ora, ora... Ele sabe meu nome! Não precisa agradecer, apenas fiz meu trabalho. - Ela era a mais comentada em toda a delegacia, como não saber quem é Verônica Lazzari? - Como se chama?

- Renan.

- Ótimo, Renan. Acha que consegue voltar?

- Consigo. - Realmente, não me feri e estava ileso, graças aquela mulher que não saia de meus pensamentos.

- Que bom. - Ela se levanta e estende a mão para mim.

Pego em sua mão e dou um impulso, me levantando do chão.

- Vamos lá, Renan.

E desde aquele dia, só consegui amá-la mais do que minha própria vida. Nos tornamos amigos, mas como um apaixonado, tinha esperanças que ainda a teria só para mim e um dia a chamaria de "minha esposa".

Não consegui esconder minha preocupação com o caso do mafioso Michel Navarra. Alguma coisa me dizia que eu a perderia e isso, eu não podia suportar. Precisava ficar perto de Verônica, para ajudá-la e ampará-la caso precisasse. Afinal, não é só pelo amor que sentia por aquela mulher e sim por causa da divida que tinha desde aquele dia em que me salvou da bomba.

Passei noites em claro para encontrar um jeito de me aproximar dela novamente. Aquele mafioso era muito perigoso, poderia fazer alguma coisa com ela, antes que a ajuda chegasse. Até que me veio uma ideia na cabeça e logo fui a sala do delegado, sem nem bater na porta.

- Renan? - Ele se assusta. - Houve alguma coisa?

- Nada de grave, delegado.

- Então o que o faz pensar que pode invadir minha sala desse jeito? - Pergunta, levantando uma sobrancelha.

- Senhor, tive uma ideia para o caso de Michel Navarra. - Digo, enquanto me direciono até a cadeira de frente para sua mesa e sento. - E acho que você irá gostar.

- E que ideia seria esta?

- Eu poderia me tornar o capanga de Michel Navarra e saber mais a fundo seus planos, ajudando Verônica. - Revelo.

Ele se recosta na cadeira, apoiando os cotovelos no braço da mesma e colocando a mão na boca, como que pensando no que acabei de lhe propor.

- Até que não é uma má ideia, Renan. - Diz, fazendo com que eu solte um suspiro aliviado. - Mas tem certeza que dá conta do recado? É muito perigoso, você sabe. Enviei Verônica por ser a melhor.

- Eu sei, senhor. Mas consigo dar conta do recado. - Digo, confiante.

- Tem certeza?

- Absoluta! Se algo der errado, pode me mandar embora. Mas sei que não irei decepcionar.

O delegado ainda me olha por alguns segundos, antes de sorrir para mim.

- Irei dar um voto de confiança em você, Renan. Fico contente em saber que será capaz.

Serei capaz de qualquer coisa pela Verônica. - Respondo-o em pensamento.

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E é isso aí, minhas lindas! Acertaram na mosca quando disseram que era Renan o novo capanga! haha Essa foi suas confissões... O quanto ama a nossa Verônica/Sofía. Próximo capítulo será postado em breve! Espero que tenham gostado do capítulo anterior e deste bônus. Um grande beijo e até a próxima.

Carol! <3

Misterioso MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora