Capítulo Seis

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- Chegamos ao nosso destino, Srta. Perón. - Ouço a voz do Mafioso bem perto de meu ouvido. Imediatamente abro os meus olhos e vejo que o Jato está parado, com sua porta aberta. Olho para o lado e observo Michel Navarra em pessoa, sorrindo para mim.

Não sei como, mas havia conseguido cochilar um pouco, mesmo sabendo que estava a caminho de algum lugar da minha maravilhosa Itália junto com o Navarra.

Por incrível que pareça, não estava nem um pouco nervosa, mesmo não sabendo praticamente nada do que eu deveria fazer. Sabia apenas que o Mafioso a minha frente não me faria mal algum. Ele realmente achava que eu era Sofia Perón, uma mera dançarina de Tango. E depois da noite passada, descobri que sentia uma atração por mim e pelas minhas provocações.

Pobre Michel Navarra... Sorrio internamente.

- Devo ficar feliz com a chegada ao tal destino?

- Seu humor ácido faz meu dia ganho, Sofía. Obrigado por me proporcionar tal felicidade.

- Uma pena, meu objetivo não era esse, Sr. Navarra - Digo irônica, levantando da poltrona. - onde estamos?

- Assim que sairmos deste Jato irá descobrir. - Ele estende sua mão para mim. - Meus homens já pegaram suas bagagens. Vamos?

- Claro. - E sem aceitar sua mão, passo reto por ele e indo diretamente para a porta aberta do Jato e saindo do mesmo, não antes de ouvir sua risada e me impressionar com o lugar onde pousamos.

Estávamos no interior da Itália. O Jato havia pousado em meio há plantações e bem ao longe, podia-se ver uma casa enorme de estilo bem rústico. Será que aqui era o ninho desta serpente?

- Pela sua cara está bastante impressionada, Srta. Perón.

- Você não faz o estilo de um homem que vive no meio do campo. - Respondo com sinceridade.

- E quem disse que a trouxe para minha casa? - Ele ri mais uma vez de mim e reviro os olhos, repetindo para mim mesma que, quem ri por último, ri melhor. - Viemos visitar a pessoa que irá precisar de nossa ajuda.

- E quem é? - Pergunto. Eu sentia que já vi este lugar em algum momento de minha vida e dependendo, poderia conhecer esta pessoa que recorreu aos serviços do Mafioso.

- Isso você irá descobrir também. - Diz apenas, mantendo mais uma vez o mistério. - Vamos. - E assim, começa a andar.

Estava começando a me enervar com ele e rapidamente corro até "o tal", sem frear meus impulsos e agarro em seu braço o puxando.

- Escuta aqui, você acha realmente que está sendo justo mantendo este mistério estúpido e desnecessário? - Falo em tom baixo, porém ameaçador. O mesmo tom que costumo usar com aqueles que abordo para levar até a prisão.

Percebo que seus capangas se aproximaram e colocaram as mãos nos bolsos, provavelmente alcançando suas armas lá escondidas. Rapidamente o solto e me afasto um pouco, olhando cautelosamente para seus capangas.

Merda! Se controle, Verônica, se controle.

Eu, Verônica Lazzari, não sou de cometer tal atitude, sendo levada pela emoção do momento, mas realmente estava começando a perder a cabeça com este Mafioso. E vontade não me faltava de fazer com que ele perdesse a cabeça com um tiro que eu desse bem no meio de sua testa.

Michel olha de mim para seus capangas. - O que ainda estão fazendo aqui? Podem seguir para lá e avisem que já estou a caminho. Me deixem a sós com a Srta. Perón.

- Senhor, mas nós... - Um dos capangas começa a dizer, porém o Mafioso o interrompe.

- Está querendo questionar uma de minhas ordens? - Ele o olha ameaçadoramente.

Misterioso MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora