Capitulo 6

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- Ah, para. Eu to com fome, devolve logo.
- Só se eu ganhar um beijinho seu.

- Sabe... acho que a fome passou - Eu disse ironicamente, fingindo sair do quarto, mas ele me segurou pelo braço, estendendo o prato para mim - Obrigada, Cinna.
- Como sabe meu sobrenome?
- Lembra que me pediu amizade pelo facebook? - Relembrei ele.
- Ah, claro. Mas se quiser pode me chamar de amor, sabe, eu não ligo. Até acho meu nome bonito, mas ficaria tão contente em você me chamando de amor, ou até de gostoso - Falou ironicamente e riu.
- É melhor ficar quieto. - Digo a ele, o ameaçando.
- E o que você vai fazer se eu não ficar quieto? - Me joguei em cima dele, fazendo cócegas. Ele ria sem parar. Então inverteu a situação. Ele ficou em cima de mim, fazendo-me cócegas. Sou ruim nisso, então ri muito. Ele aproximou nossos rostos lentamente, talvez tentando me beijar. Estávamos com os lábios quase colados, mas, meu querido irmão estragou tudo, entrando no quarto.
- Pedro? Bianca? O que é isso?

Bruno Narrando:
Olhei assustado pro Felipe. Poxa, velho. Por que ele tinha que aparecer na melhor hora? E o pior... por que tentei beijar ela? Na boa, tenho total certeza que ela iria corresponder ao beijo e tal, mas... meu Deus, eu mato o Felipe. Saí de sima da Bia muito rápido, ela fez o mesmo, mas ficou sentada na cama.
- Cócegas. - Respondo, com um sorriso de canto sem graça.
- Cócegas? Você tava quase beijando ela. - Ele passou a mão na testa - Poxa, Bruno. Não posso te deixar sozinho nem com a minha irmã que você já tem segundas intenções.
- Ei, quem disse de segundas intenções? Eu hein - Eu disse e saí do quarto. Discutir com ele era o que eu menos queria. Saí de casa e fiquei andando pela beira mar. Como ela estava fazendo aquilo comigo? Mas é nunca que eu iria beijar a irmã do Felipe. Mas com ela era diferente. E infelizmente, eu teria que arcar com as consequências. Nas quais consequências eu não queria nem pensar. Me sentei na areia.
- Oi, tudo bem? - Uma loira se sentou ao meu lado. Ela estava de biquíni, então imagine o quão bonita ela estava.
- Oi - Digo sorridente - Sou Bruno, prazer.
- Hum, acho que você não precisa saber meu nome. - Falou e sorriu maliciosamente. Entendi suas intenções. Ela se sentou no meu colo e comecei a beijar ela. Não me importei por estar em uma praia lotadíssima. Ela parou de me beijar e saiu. Voltei pra casa e quando abri a porta vi uma cena tão bonita. A Bia, deitada no sofá. Dormindo, suponho. E o Felipe, sentado no chão, assistindo TV, baixinho para ela não acordar. Ele sentiu a minha presença.
- Batom na boca? - Perguntou.
- É, peguei uma ali na praia agora pouco - Respondi.
- Mas tu não perde oportunidade né - Ele riu
- É a lei da vida - Sorri - Está bravo comigo?
- Não, passou - Respondeu - Mas me prometa que nunca vai fazer nada com ela.
- Que tipo de promessa é essa? Como assim não fazer nada?
- Você me entendeu - Ele se levantou, dirigindo-se a cozinha. Ele abriu a geladeira e pegou uma garrafa de água, e bebeu a mesma. Fui até a cozinha e me encostei no balcão.

Eu me encostei no balcão e fiquei observando ele beber a água. Em seguida ele fechou a geladeira e ficou olhando pra mim.
- O que você quer? - Ele perguntou.
- Não sei. Tem alguma festa hoje? - Pedi.
- Vou ver, mas acho que não. - Respondeu - Como você e a Luana estão?
- Ah, não sei. Não to mais na dela.
- Como assim? - Me olhou indignado. - Você não gosta mais dela?
- É, o negócio tava ficando meio sério entre a gente, então vou pular fora - Ri, como se fosse normal - E você e a Jéssica?
- A mesma coisa. Vou dar um fora nela também. - Rimos.
- Bom dia - Bia disse, meio sonolenta. Ela pegou água na geladeira, bebeu e quase caiu, mas eu a segurei.
- Cuidado, mocinha - Falei - E não é bom dia, é boa tarde. - Ri.
- Tanto faz - Deu de ombros. - Fê, eu quero ir pra praia, que horas são?
- Duas e meia, vamos então. Se arruma rápido. - Felipe disse.
- Vou junto - Digo. Fui para o meu quarto e coloquei uma roupa para ir para a praia. Fui pra sala, mas nenhum dos dois estavam lá. Fui para o corredor, e vi a porta da Bia entreaberta. Melhor não fazer nada. Voltei pra sala e fiquei esperando eles se arrumarem.
Bianca Narrando:
Achei ótima a minha ideia de ir pra praia. Eu sou uma genia, só que não. Fui para o meu quarto e peguei um biquíni. Azul, liso. Sem nenhuma estampa. Vesti e passei o protetor solar pelo meu corpo. Em seguida, arrumei uma bolsa, colocando tudo de necessário. Coloquei um vestidinho curto por cima do biquíni e fui pra sala. Os meninos estavam lá. Peguei meu óculos de sol e coloquei.
- Vamos? - Falei. Eles concordaram com a cabeça e fomos para a praia. Realmente, o sol estava de queimar até o cérebro, exagero meu, eu sei, mas o sol estava pelando, quente demais.


O amigo do meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora