Capítulo 20

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"Fomos para a praia. Não se preocupe. Se quiserem vir, venham. Estamos em frente ao prédio do Zara, os dois estão conosco. Estamos esperando vocês, só não os acordamos pois queríamos deixar o casalzinho bem à vontade haha. Beijinhos!
- Anabel"

Decidi que iríamos para a praia. Arrumei uma bolsa especial, colocando nela, protetor solar, minha carteira, e tudo aquilo que se é necessário para uma tarde na praia. Coloquei um biquíni azul-marinho, que ficou favorável ao meu tom de pele. Amarrei meu cabelo em um rabo-de-cavalo alto, e por fim, peguei um vestido floral curto, mais ou menos uma saída de praia, mas não vesti ele, apenas deixei-o em meu ombro, meio que segurando ele. Coloquei meu óculos de sol no alto da cabeça, e fui para o quarto do Bruno. Peguei para ele uma bermuda, e seu óculos de sol, que ficava no seu guarda-roupa super bagunçado (lembre-me de arrumar o guarda-roupa dele, por que meu Deus, tá uma bagunça) Fui para a sala, e como eu suspeitava, ele estava lá, assistindo tevê. Ele me olhou pelo canto do olho, e sorriu abertamente (provavelmente, por que viu que eu estava apenas de biquíni. Safado!)
- Ih, assim você me mata, amor - disse ele, levantando-se.
- Shhh - coloquei meu dedo indicador na boca dele - Vista isso - entreguei a ele sua bermuda.
- Vamos para a praia? - indagou ele.
Eu ri.
- Não, amor. Nós vamos ficar com roupa de banho para assistir tevê - falei irônica, rindo dele.
- Boba - disse ele batendo em minha bunda - Minha boba - disse ele novamente, em uma tentativa de me beijar.
- Vamos rápido, Cinna - banquei a sargenta - Arrume-se logo.
- Sim, senhora - disse ele, fazendo aquele gesto dos militares, sabe? Que eles colocam a mão na cabeça, em sinal de educação. Bom, é mais ou menos isso, não sei explicar - Vai querer me ver trocando de roupa? Hm... safada!
Ri dele.
- Está com vergonha de mim?
- Estou sem-vergonha, isso sim.
Rimos. Depois de muitas, e muitas, e muitas risadas, ele colocou a bermuda, e ficou sem camisa mesmo. Ajudei-o a passar o protetor solar em seu corpo, e ele fez o mesmo. Achei super fofo da parte dele (mas infelizmente, ele foi muito safado quando passou na região das minhas pernas, seios e bumbum).
- Vamos? - falei à ele.
- Não vai colocar esse vestido, não? - perguntou ele.
- Vou sim - respondi - Por que perguntou?
- Não gosto de caras olhando pra você - awn, ciumento!
- Está com ciumes de mim? - falei feliz.
Não sei por que, mas me senti feliz, pois as pessoas só sentem ciumes, se há sentimentos.
- Não, claro que não. Não sou ciumento! - disse ele.
- Quem tem ciumes nega - ri dele.
- Tá, vamos logo - falou ele, me dando um selinho.

Na praia me diverti muito! Me incomodei um pouco com as garotas que ficavam dando em cima do Bruno, e tudo mais. Mas eu nunca demonstrava meus ciumes... nunca! Apenas o agarrava na frente delas, e elas saíam com o rabinho entre as pernas.
Eu estava tomando sol, esticada na minha toalha super fofa do Bob Esponja, e as garotas estavam ao meu lado. Os meninos estavam no mar.
- Hoje o dia está lindo! Sol, garotos... ah! - disse Anabel.
- Que horas são? - pedi para elas.
- Passadas das três - disse Rayane.
Peguei meu celular na minha bolsa, e vi que eram 15:18h. Vi também, que haviam duas mensagens não lidas. Uma do Guilherme, e outra do Pedro. Li primeiro a do Gui.
"Oi, princesa. Tudo bom? Queria muito conversar com você, preciso da sua ajuda. Mas não se preocupe. Beijos, Guilherme."
Respondi à ele:
"Tudo bem, Gui. Te ligo depois, agora estou na praia ( : Um beijo, Bia :* "
E a outra era do Pedro. Estranhei, pois é difícil ele mandar mensagens para mim.
"Bia, desculpa, mas será que você pode pedir pra Ana atender o celular? É importante. Beijos, Pedro."
Fiquei até preocupada, mostrei meu celular para Ana, e ela fez um O perfeito com a boca. Pegou seu celular e viu.
- Sete ligações não atendidas do Pedro. - leu ela, em voz alta. - Tenho que ligar pra ele!

Anabel Narrando:
Não achei necessário contar para Bia, mas minha mãe normalmente estava passando mal, pois de vez em quando, ela ficava com muita falta de ar.
Quando Bianca me mostrou a mensagem do Pedro, fiquei mais preocupada ainda. Eu estava rezando para que não fosse nada grave.
Liguei rápido para o Pedro, e em questão de segundos ele atendeu.
- Pedro... o que aconteceu? - perguntei, preocupada.
- Venha logo, sua mãe está no hospital, Ana, pode ser fatal.
Gelei na hora. Percebi que eu tinha ficado branca na hora. Acabei desligando na cara dele mesmo. Lágrimas estavam escorrendo pelo meu rosto, eu conseguia sentir isso. Olhei para as meninas, e elas olhavam para mim, querendo uma resposta, eu acho.
- Meninas, é a minha mãe, ela... - não me contive, e comecei a chorar.

O amigo do meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora