Capítulo 16

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- Gui - sorri e ele também - Que bom te ver!
- Hum... eu sei - ele riu - Boa tarde.
Ele cumprimentou a todos, o único que não respondeu foi o Bruno, até a Luana falou um boa tarde, silencioso, mas falou.

Nos sentamos todos no sofá e coloquei o filme Sombras da Noite para assistirmos.
Era legal, a não ser a parte em que Felipe ficava me encarando.
A sequência que estávamos sentados era a seguinte: Guilherme, eu, Anabel, Felipe, Luana, Bruno.
Ẽntão já viu, não é? Eu e Ana ficávamos conversando quase o filme todo.
- Olha o Bruno - ela cochichou baixinho apenas para que eu ouvisse.
Reparei e ele estava me encarando de novo.
- É - revirei os olhos - Ele ta acompanhado e ainda fica fazendo isso. - cochichei também.
Deitei minha cabeça sobre o ombro do Gui e peguei meu celular e mandei uma mensagem pequena para o Bruno.
Bianca: Presta atenção no filme!
Bruno: Não dá
Bianca: Como assim?
Bruno: Não consigo prestar atenção com você estando com esse babaca
Bianca: Ele tem nome!
Bruno: Prefiro assim, babaca combina mais com ele
Bianca: Não entendo vocês, vou assistir o filme
Bruno: Eu quero você
Bianca: Bruno, chega!
Bruno: Sério, vamos lá no quarto, vai
Bianca: BRUNO, EU QUERO ASSISTIR!
Bruno: E eu quero te beijar
Decidi parar com isso. Mandar mensagens para ele iria acabar em má coisa. Quando eu digo "má coisa", me refiro a eu e ele nos pegando (o que seria bom, se não estivéssemos acompanhados, e se eu não estivesse tentando esquecer ele).

- Você ta bem, amor? - Guilherme perguntou à mim.
- Estou sim - sorri - É... - gaguejei - Assista! - ri.
Guilherme Narrando:
Durante o filme, recebi uma mensagem do Pedro.
Pedro: Onde você está?
Guilherme: Na casa da bia, por que?
Pedro: Quer vir aqui na pista andar de skate?
Fiquei pensando por alguns minutos, e sei lá, acho que seria uma boa ideia, o clima tava meio tenso, o Bruno ficava me encarando, e isso era horrível.
Guilherme: Ta bom, apareço aí daqui a pouco.
Agora é hora de dar uma desculpa e ir lá. Sim, o filme estava bom, mas eu já disse, o clima estava horrível.
- Bia - cutuquei ela - Eu tenho que ir, desculpa
- Ah - ela pareceu desanimada - Por quê?
- Bia, não estou me sentindo bem com ele aqui
- Então marcamos outro dia?
- Claro, claro. Será ótimo, eu te ligo, ta bom? - ela apenas assentiu.
Bia me acompanhou até a porta e me despedi dela com um longo beijo, que pelo visto, incomodou certas pessoas.

Bianca Narrando:
Depois que Guilherme saiu lá de casa, eu voltei ao sofá, e fiquei alone, por que eu era a única sem par, até agora...
- Amor, eu tenho que ir - Luana falou para Bruno - Beijo, beijo, pessoas.
Bruno à levou até a porta e depois voltou ao sofá, agora sentando ao meu lado e me abraçando.

Bruno narrando :

- Bruno - ela me repreendeu - Sai
- Shhh, relaxa
Por fim, ela cedeu, deixando com que eu a abraçasse. Assistimos o resto do filme e depois combinamos de irmos ao shopping, para comprar roupas, por que eu estava precisando de uma camisa nova.
Chegando ao shopping, deixei que Bia escolhesse para mim a camiseta.
- Gosta de azul? - Bia perguntou.
- Gosto de você - falei tentando beijar ela, que desviou indelicadamente de mim.
Levei a blusa até o caixa, aonde se pagava.

Bianca Narrando:
Quando fomos pagar a blusa, uma morena peituda ficou toda dengosa pro lado do Bruno.
- Olá - ela fez questão de aumentar o decote e arrumar seu cabelo - Mais alguma coisa?
- Seu telefone - Bruno falou para me provocar. A garota estava com o papel e a caneta na mão, pronta para passar seu telefone - Brincadeirinha - ele riu.
Ela ficou meio sem graça, dava para perceber. Pagamos e fomos para a praça de alimentação, aonde estavam Ana e Felipe.
- Até que enfim chegaram! - Felipe gritou.
Nos sentamos e fizemos nossos pedido. Hambúrguer!
- Bruno, posso mostrar a camisa pra Ana? - pedi, e ele concordou com um leve aceno de cabeça.
Tirei a camisa da embalagem e entreguei para Ana ver.
- Nossa, que camisa linda - ela disse - Será que tem mais? Tipo, eu posso te dar um camisa de presente, Fê - ela sorriu para meu irmão.
- Ótima ideia - ele riu - Por que demoraram tanto?
- Por que a Bia estava com ciumes de mim - Bruno falou e riu.
- Não estava - menti.
- Tem certeza? Acho que vi seus olhos de raiva na garota - eles riram.
- Vá a merda, Bruno.

É super constrangedor aquele momento em que você fica com vergonha, e ainda mais, no shopping. Comecei a dar leves tapas no braço do Bruno e ele ria da minha cara.

- Quero comer, ta bom? - disse ele, mordendo o hambúrguer.
- Não deixarei, seu gordo - falei e peguei o hambúrguer da mão dele.
Me levantei e saí correndo pela praça de alimentação inteira. Ele vinha correndo atrás de mim, e gritando para que eu devolvesse a comida dele. Tinha bastante gente olhando a nossa "ceninha" e rindo. Nem ligo. Por fim, eu tropecei em meu próprio pé e caí, e Cinna caiu em cima de mim. Me levantei rápido e não entreguei o hambúrguer pra ele.
- Me devolve - ordenou.
- Ou...? - falei, esperando que ele completasse a frase.
- Ou, o quê?
- O que você vai fazer se eu não devolver seu hambúrguer?
- Te beijar - ele riu
- Hm... gostei da ideia, acho que vou ficar com o hambúrguer então.
- Espera aí, você acabou de dizer que quer me beijar? - ele disse levantando uma de suas sobrancelhas.
Como resposta eu o beijei. Um beijo calmo, mas se eu deixasse ir além, parávamos em casa, ou eu no hospital (no caso de eu ficar grávida, rs).
- Voltem aqui, eu to com vergonha de vocês - Felipe zombou e voltamos abraçados para a mesa.
- Então, assumiram? - Ana perguntou.
- Assumimos, o quê? - eu e Bruno falamos juntos.
- O namoro, bobões - eles riram.

- De onde você tirou isso? - perguntei a Ana.
- Não adianta mentir, vocês nasceram um para o outro, olhem - ela disse e sorriu.
Eu e Bruno nos olhamos e depois rimos.
- Você tem problemas sérios na cabeça, Ana. - Bruno disse.
- Não entendi - ela riu - Eu não tenho problemas na cabeça, não senhor
- Sério? Acho que tem! De onde que um gostoso feito eu, vou ficar com ela - ele sorriu convincente.
- HAHAHA, ta se achando, meu filho - falei - Você chama isso de gostoso? - apontei para ele.
- Chamo - sorriu - Vai dizer que tu não pira no meu corpinho sexy?
- Bruno - eu comecei a rir - Você é hilário.
- Mas você não respondeu minha pergunta
- Qual pergunta? - falei confusa.
- Você pira nesse meu corpinho sexy?
Essa conversa estava um tanto engraçada, e sabe o pior? Sim, eu piro nesse corpinho, mas estou com Gui, e ele tem que me respeitar.
- Piro - falei baixinho, mas parece que ele escutou.
- O que disse? - sorriu, pareceu ter gostado do que ouviu.
Me irritei um tanto e então falei:
- Eu piro, caramba - quase gritei, o que fez com que várias pessoas olhassem para nossa mesa.
- Boa menina - ele riu - Quer um beijinho?
- Não
- Ah, mas era pra você dizer que sim - ele fez um beicinho tão fofo, que eu acabei o beijando.
- Casal, acabou o momento love aqui, okey - Ana zombou.
- O que vamos fazer agora? - Felipe perguntou.
- Fui convidado para a festa de aniversário do Zara.
- Quem é Zara? - eu e Ana falamos em coro e depois rimos.
- Um amigo meu - ele pigarreou - Um amigo meu que é galinha. - Felipe e Bruno riram.
- Ah, então são todos da mesma espécie - falei e eu e Ana rimos. Os dois nos olharam com um olhar matador. - Olha, sem essa, não gosto nem um pouco desse olhar, hein.
- Você me chamou de galinha? - Bruno perguntou.
- Sim - falei e mordisquei mais um pedaço do hambúrguer. - Falou que ele era galinha para eu não querer pegar ele?
- Ta afim de pegar meu amigo? - Bruno perguntou.
- Não sei, verei se ele é bonito - ri
- Não quero ir mais na festa - ele se jogou para trás da cadeira.


O amigo do meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora