Capítulo 15

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- Nós estamos ficando? - pedi. Ela ficou meio sem jeito na hora, deu para perceber.
- Não sei, acho que não. - ela fez uma pausa - Vai, Bruno, sei que você não é homem de uma só mulher, pode aproveitar sua vida, não irei me interferir nela. Se você quiser, pode sei lá, ficar com dez em uma noite, não precisa me dar satisfações.
Ela falou, e saiu do carro. Parti cantando os pneus novamente para casa. Dormi mais um pouco, e acordei na hora de busca-la
.

Bianca Narrando: Na escola foi um tédio horroroso. Três provas seguidas, acredita? Professores idiotas. Não cara, só por que eu to nesse estado emocional ruim, os professores aproveitam e metem prova na gente.
Na hora do lanche, fiquei algumas vezes com Guilherme, eu estava disposta a tentar esquecer o Bruno.
Gui me convidou para dar um passeio pela praia de tarde, ele disse que me buscaria em casa, foi um fofo.
Ao fim das aulas, quando bateu o sinal, fui saindo da escola com Ana, e vi o carro do Bruno estacionado.
- Se acertaram? - ela perguntou.
- Mais ou menos - falei e entortei a boca - Agora tenho que ir, beijo beijo
- Não vai se despedir de mim? - Guilherme gritou.
Fui andando até ele e o safado me lascou um beijão. Sorri um pouco envergonhada. Passei por Ana, e ela fez um sinal com a cabeça, apontando para Bruno, que me olhava com fúria nos olhos. Quando ele percebeu que eu olhava para ele, entrou no carro. Entrei no carro também, e não trocamos palavra alguma, no trajeto inteiro, a não ser o meu oi, que o idiota nem fez o favor de retribuir.
- Está com cara de sono - comentei
Ele estacionou o carro no estacionamento e saiu, em seguida eu.
- Eu estava dormindo - por fim, falou.
Subimos pelo elevador apressados, eu estava com fome, e pelo visto ele também. Quando a porta do elevador se abriu, demos de cara com Luana, a loira oxigenada que Bruno estava pegando a alguns dias.
- Bruninho - ela sorriu saltitante pulando no colo dele - Pensei que nunca chegaria, eu já ia ir embora, mas já que você está aqui! - ela sorriu maliciosa - Podemos entrar e sabe...
- Mas é claro - ele falou e retribuiu o sorriso safado daquela piranha nojenta - Se importa, Bianca? - perguntou para mim.
- Não - falei sorrindo sarcástica e entrando no apartamento. Bati a porta com tudo. Felipe estava deitado no sofá e com o estrondo da porta, se levantou assustado.

Almocei sozinha, pois Felipe decidiu dormir mais um pouco (típico dele). Depois de um pequeno tempo, Bruno e a loira entrando se agarrando. Estavam quase sem roupa, decidi não ver a cena. Eles foram para o quarto dele e eu fiquei na sala com meu irmão.
Passado algumas horas, os dois saíram do quarto, e eu dei graças a Deus por isso. Não aguentava mais ouvir os barulhos que vinham do quarto dele. Bruno, com a mais cara de pau possível, se sentou ao meu lado, e assistiu TV bem de boa comigo. Não trocamos nenhuma palavra.
Recebi uma mensagem do Guilherme, falando que passaria para me pegar daqui a pouco. Me apressei e fui tomar um banho. Decidi provocar o Bruno. Coloquei um shorts curtíssimo,e uma regata com decote. Calcei uma rasteirinha e passei perfume. Fui para sala e me sentei no sofá junto com Bruno. A campainha tocou e eu ia atender, mas Bruno foi mais rápido e foi antes de mim.
Bruno Narrando: A Bia estava toda arrumada, estava muito gostosa com aquela roupa. Quase agarrei ela, mas resisti a tentação.
A campainha tocou e eu fui atender. Abri a porta e vi que era o Guilherme. Ele estava com uma rosa na mão. Que babaca.
- Errou o endereço - falei ironicamente e fechei a porta.
Saí desfilando (só que não) até o sofá e me sentei.
- Quem era? - Bia pediu.
- Erraram o apartamento - sorri.
Tocaram a campainha de novo e dessa vez, Bia que atendeu.
Bianca Narrando: Fiquei meio desconfiada de que "erraram o apartamento" e fui até a porta. Quando abri, era o Guilherme com uma rosa na mão. Sorri e lhe dei um abraço.
- Obrigada - agradeci pela rosa. Estava com um cheiro ótimo, não só a rosa, mas sim o Gui.
- Vamos? - ele sorriu e eu assenti. Antes de fechar a porta atrás de mim, fui até Bruno e lhe dei um tapa no ombro, ele riu. Voltei até onde Gui estava e fomos.
- Acho lindo o mar - comentei
- Eu também, mas sabe o que é mais lindo do que o mar?
Já estávamos na beira-mar e estava com uma brisa suave por ali.
- Não, não sei. - falei um pouco confusa. - Me conta - ri
- Você
- Para de ser bobo - ri envergonhada.
- Quero um beijo
- Eu também.
Sorrimos e nos beijamos. Depois, ficamos correndo pela areia, sem razão alguma.

Bruno Narrando: Fiquei no tédio o resto do dia, esperando a Bia voltar para casa. Mas, espera, se ela pode sair, eu também posso! Não vou ficar aqui esperando ela não, hein.
Tive a brilhante ideia de ir para o bar com o Felipe. Ele aceitou, é claro, e fomos.
Eu tava muito cheiroso, cheiroso pras novinha.
No bar, estava um tédio enorme. É a primeira vez que isso acontece. Sério, na maioria das vezes era legal ir lá, nos divertíamos, mas hoje, estava muito entediante.
Não teve nada de mais, apenas dei uns beijos em uma menina, e só. Não bebi, não fiz nada.
Fomos embora por falta de coisas para fazer. Ficamos o resto da tarde na Sala de Games do prédio e depois subimos para o apartamento.
Por volta das seis da tarde, Bia chegou.

Bianca Narrando: O dia foi perfeito. Ele era super fofo, carinhoso e meigo. Mas faltava alguma coisa nele, que eu não sabia o que era. Faltava... faltava o Bruno. Era ele que eu queria.
Guilherme me deixou na porta de casa e foi embora, mandando beijos no ar para mim, que eu retribui, é claro.
Entrei em casa, e os meninos estavam comendo. Ou jantando. Me juntei a eles e arranquei o pedaço de pão da mão do Bruno.
- Ei, sua mãe não te ensinou que furto é pecado? - ele falou sério, arrancando de mim o pão. Rimos muito, e por fim, fiz o meu próprio pão.
Felipe saiu, e não disse aonde iria. Ficando assim, eu e Bruno sozinhos em casa.
- O que quer fazer? - ele disse sorrindo.
Já estávamos até bem de boa, estava até estranho, pois era difícil ficarmos dez minutos sem discutir.
- Que tal isso? - falei me sentando em seu colo.
- Isso o que? - falou e sorriu malicioso.
Eu precisava dele, precisava muito dele. E não adiantava resistir, eu queria muito ele, queria ele agora!

Bruno Narrando:
Ela se sentou em meu colo e colocou as pernas em minha cintura. Comecei com um beijo calmo, que ia acelerando a cada momento. Era muito boa a sensação de ter ela ali, comigo.
Me levantei ainda com ela sobre meu colo e fomos pra o meu quarto. Tranquei a porta e deitei na cama em cima dela. Comecei a tirar sua camiseta e em seguida beijar todo o seu corpo. Já nus começamos com o movimento, era ótimo, uma das melhores noites da minha vida, eu diria. Mesmo já tendo dormido com várias garotas, ela eu guardaria muito bem.
Dormimos de conchinha, era um pouco desconfortável pra mim, mas tava valendo.
O sol estava batendo sob meu rosto e isso era horrível demais, sério. Decidi acordar de uma vez.
- Acorda, princesa.
Até eu estava me impressionando comigo mesmo. Que boiolagem, Bruno. Ri comigo mesmo e a acordei.


Bianca Narrando:
***
Passou muito tempo desde a minha primeira vez com o Cinna. E sim, foi bom.
Hoje eu já estou de férias, imagine, dois meses ficando de boa, ai que ótimo.
Farei um pequeno resumo do que aconteceu ao longo do tempo.
Ana e Felipe estão de rolo. Eu estou "ficando" com Guilherme. E eu e Bruno? Brigamos frequentemente, por conta dos ciumes que ele tem. Ele diz que não é ciumes, ele diz que "apenas não gosta do Guilherme", mas eu não acredito nisso. Mesmo assim, deixa quieto.
Ana ta quase morando lá em casa, ela vai lá em casa quase todo dia, rimos muito sempre.
Bruno tá solteiro, voltando a rotina dele de pegador, só acho.
Hoje marcamos de assistir filmes em casal, eu e Guilherme; Ana e Felipe; Bruno e Luana. (Luana é uma vadiazinha que ele pega de vez em quando, odeio ela).
- Felipe, a Anabel chegou! - gritei quando abri a porta e vi ela.
- Ai, te amo - ela falou rindo - Agora cadê a comida? - esfomeada, pensei.
- Você vai me ajudar a fazer, querida - falei irônica.
- Nem pense nisso, ela vai ficar aqui comigo - Felipe falou abraçando-a por trás.
Anabel fez uma carinha de criança pidona e eu acabei fazendo as comilanças sozinha.
A campainha tocou e eu fui correndo para abri-la. Pensei sim, que era o Gui, mas era o Bruno e a Luana.
- Ah, são vocês - revirei os olhos e fui para a cozinha para pegar um copo d'água.
- Também amo você, ta bom? - Bruno gritou da sala e em seguida riu.
A campainha tocou novamente e eu estava realmente torcendo para que fosse o Guilherme.
Quando abri sorri.
- Gui - sorri e ele também - Que bom te ver!
- Hum... eu sei - ele riu - Boa tarde.
Ele cumprimentou a todos, o único que não respondeu foi o Bruno, até a Luana falou um boa tarde, silencioso, mas falou.



O amigo do meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora