Capítulo 7

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- Vamos? - Falei. Eles concordaram com a cabeça e fomos para a praia. Realmente, o sol estava de queimar até o cérebro, exagero meu, eu sei, mas o sol estava pelando, quente demais.

Chegamos a praia, e eu, como sempre, gorda como sou, estava com fome. Não é que eu estava com fome, mas vi uma barraquinha vendendo churros, e fiquei com aqueles desejos de grávidas, sabe? Mas não estou grávida, nem em sonhos. Meu irmão, querido do jeito que é, recusou o meu pedido. Então, tive que ir sozinha comprar a comida. Detalhe: O babaca nem me deu o dinheiro. Mas, ta bom. Isso terá volta.
- Por favor, um churros de doce de leite - Pedi a mulher e em seguida entreguei a ela o meu dinheiro.
- Aqui está - Ela disse e foi atender em seguida outro cliente. Fui com os meninos até onde eles estavam. Estavam na sombra. Não sei como, mas por algum motivo estavam lá. Logo vi o motivo. Duas meninas, se esfregando neles. Fiz cara feia imaginando o que poderia acontecer depois disso, melhor nem pensar. Me juntei a eles, me sentei na cadeira e fiquei com o vestido mesmo.
- Queridinha, aqui é uma área só pra nós - Uma falou, apontando o dedo para o Felipe, Bruno e mais uma bestinha ao lado dela.
- Ei, ela é minha irmã. - Felipe falou me abraçando.
- Ah, claro - Ela falou sem graça - Estamos indo pra praia, amores - Ela falou e as duas foram. Dei graças a Deus mentalmente e tirei meu óculos de sol, colocando o mesmo na bolsa.
- Vai ficar de vestido, é? - Felipe perguntou.
- Me sinto mais confortável assim, se não... - Virei meu olhar para Bruno que não percebeu - Se não pessoas irão... sei lá, você sabe.
- Te olhar?
- Isso - Afirmei. Decidi, então, tirar a vestido. Me levantei calmamente e retirei o mesmo. Ficando apenas com o biquíni. Bruno me olhou malicioso, mas foi cortado pelo olhar matador de meu irmão, o que me fez rir.
- Fiu fiu - Um menino, que estava passeando pela praia, disse. Eu ri envergonhada.
- Fiu fiu é o caramba, tenha mais respeito - Bruno disse ao menino.
- Ei, mano. O que é isso? - Felipe disse rindo.
- Nada, só achei uma falta de respeito esse menino, que mal conhece a Bia, fazer isso... - Bruno se defendeu, nervoso.
- E o que você tem haver com isso? - Felipe perguntou. Eu apenas fiquei observando a discussão dos dois, que durou pouco, por que as duas bestinhas, nas quais eles as chamavam de amor, chegaram. Parando totalmente, e rapidamente, a discussão, que por venturas, começou pois um simples menino lindo falou Fiu fiu, meu Deus.

Bruno Narrando:
Não sei por quê, mas quando aquele menino falou aquilo, me deu uma vontade de socar a cara dele até ele morrer, sério. Quem aquele babaca acha que é pra falar aquilo pra ela? Por que eu estou pensando nisso? Eu tenho muitas meninas aos meus pés, já disse isso. Mas a unica que eu quero, no momento, é a Bia. Não me pergunte o por quê. Tive que aguentar todos aqueles vadios olhando pra ela quando ela foi para o mar. Fui junto, e nem liguei pra guria que eu tava pegando. No momento eu só estava me preocupando com ela.

Bianca Narrando:
Foi meio estranho, na boa. Quando os meninos olhavam pra mim, com um olhar malicioso, o Bruno fechava a cara e me abraçava. Depois de uma hora, fomos para casa. Tomei um banho e lavei meu cabelo, tirando todo o sal do cabelo . Me sequei e coloquei uma roupa folgadinha. Shorts de malha e uma regata. Calcei minha Havaianas verde e passei o resto do dia assistindo TV.

Bruno Narrando:
Acredita que eu nem lembro o nome da guria que eu peguei la na praia? Então. Tomei um banho para tirar todo aquele sal idiota do meu corpo. Depois, vesti uma bermuda e fui pra sala. Ninguém estava lá. Fui pro quarto do brother, e ele estava lá.
- Felipe - Disse, meio que avisando que estava entrando.
- Oi, Cinna - Ele disse. Estava deitado na cama mexendo no notebook. - Faz o que aqui?
- Não sei. Não tenho nada pra fazer - Me sentei em um puff que tinha lá - Cadê a Bia?
- E eu lá vou saber? - Ele disse e pela primeira vez olhou pra mim - Por que o interesse?
- Ah, não sei. Será que ela já ta dormindo?
- Meu Deus, Bruno. Que droga - ele disse em tom alto - Por que quer saber?
- Nossa, véi, nossa - falei levantando os braços, em sinal de uma luta ganhada, ou sei lá o quê. - Ta com TPM, é?
- Ah, vai se ferrar, Cinna. - ele disse, jogou um travesseiro em mim. Mas depois riu
- Já que você ta assim comigo, eu vou sair. Vou arrumar outro cara pra mim se casar - eu disse e começamos a rir
- Para de ser gay, Bruno - Felipe disse ao meio de risadas.
- Gay é tu - Falei e saí do quarto dele, mas voltei rapidamente, para pedir uma coisa - Amanhã, quem leva a Bia pra escola?
- Sei lá, quero dormir bastante hoje. Leva ela pra mim? E busca também.
- Claro - Falei e sorri. Amém. Vou poder buscar a princesa na escola, pena que vou ter que ver a cara daquele babaca que eu nem sei o nome, mas ta bom. Tudo pela Bia, tudo pela Bia. Repeti isso várias vezes. Como eu estava com sono, e já se passava das dez horas da noite, fui dormir.
Bianca Narrando:
- Bia, acorda - Abri meus olhos assustada. Bruno? Pulei da cama, e arregalei os olhos. Ele riu e saiu do quarto, mas voltou e disse alguma coisa. - Só pra avisar, hoje sou eu que te levo pra escola.
- Ta bom, agora sai - Falei e fechei a porta com tudo. Tadinho dos meus vizinhos. Fui ao banheiro e fiz minhas higienes matinais. Coloquei um shorts curto. Não muito curto, mas era considerado curto, diante das regras da escola. Vesti uma blusa branca com uma coroa dourada como estampa frontal e coloquei uma sapatilha azul marinho. Fui pra cozinha e comi uma maçã. Escovei meus dentes, arrumei meu cabelo. Peguei minha bolsa e joguei o material dentro. Avisei o Bruno que eu estava pronta, e partimos, rumo ao estacionamento.

O amigo do meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora