īCapítulo 22 ( FIM )

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- Oi, tia Meredith. - cumprimentou Felipe - Oi, tio Miguel.
- E essa moça, senhor Felipe? - perguntou Miguel.
- Minha namorada.

- Finalmente criou juízo, Felipe. - Miguel riu e deu tapinhas no ombro de meu irmão. - Acho ótimo isso. É bom mesmo parar de viver na putaria...
- Miguel - Meredith o repreendeu, brava.
- Mas é verdade, querida. É bom que eles tenham uma namorada, e parem de ser que nem aqueles moleques de antes.
Felipe e Bruno ficaram vermelhos na hora.
- Bom, queridos, não deem ouvidos para ele. - Meredith riu. - Mas ele está certo. Estou muito feliz pela novidade.
- Estou com fome, mãe. - Bruno reclamou.
- Então... vamos! A família está esperando para te conhecer, Bianca.
Olhei para Bruno assustada, e ele riu.
- É fácil, haja com naturalidade, seja você mesma. - cochichou ele em meu ouvido.
- Entrem, entrem. - Miguel deu passagem para nós entrarmos na casa.
Tínhamos que passar pela cozinha para ir para os fundos da casa, aonde ficava uma área de festa enorme. Havia uma mesa de sinuca, e também uma de ping-pong, e é claro que tinha um churrasqueira lá. Além disso, havia um freezer, e uma mesa gigantesca, que dava para umas vinte a poucas pessoas. Todos estavam espalhados pela área de festa, sentados em alguns bancos e cadeiras.
- Um momento. - disse Miguel, alto, para que todos ouvissem.
Todos pararam de falar imediatamente, e eu senti um pouco de vergonha no momento. Bruno me abraçou de lado.
- Temos uma nova integrante na família! - disse Meredith, empolgada. - Bom, essa é Bianca, a namorada do Bruno. E esses são: Felipe e Anabel. - disse ela, apontando para nós.
- Seja bem-vinda à família, meu anjo. - disse uma senhora, aparentava ter seus sessenta e poucos anos. Suponho ser a avó de Bruno.
- Muito obrigada. - agradeci.
- Agora, sirvam-se! - disse Meredith e todos começaram a se servir.
A comida estava ótima. Tinha infinidades de coisas, achei um pouco exagerado, mas a comida era super hiper ultra mega deliciosa.
- Quero te apresentar para a minha avó, amor. Ela quer te conhecer. - disse Bruno, levando-me até a senhora que havia dito antes aquilo.
- Vovó. - disse Bruno, abraçando-a.
- Querido, Bruno. Como vai? - disse ela.
Sua voz era doce, e seu cabelo era como algodão.
- Estou bem, vovó. - disse ele.
- Apresente-me à ela, Bruno.
- Bom, vó, essa é a minha namorada, futura mãe dos meus filhos. - disse ele, e eu a abracei.
- Ela está grávida?
Gelei na hora, pois me lembrei que não havia feito o teste de gravidez ainda, e eu não sabia ao certo se estava ou não grávida.
- Não, não. - ele riu. - É apenas um modo de dizer. Estou apenas falando, que ela é a mulher da minha vida. - disse ele, olhando fixamente em meus olhos.
- Oh, querida. Sou Kate, mãe de Meredith.
Achei legal o nome, bem bonito.
- Os seus nomes são que nem os de americanos. - falei.
- Minha mãe é estadunidense, meu anjo. Que Deus à tenha. - disse ela, elevando as mãos aos céus. - E você, é descendente de onde?
- Não sei ao certo, é uma mistura danada. - ri.
- Felipe é o seu irmão, correto? - como ela era inteligente!

- Correto. Como sabe? - perguntei à ela.
- Felipe veio aqui algumas vezes, e eu estava presente. Ele havia falado que tinha uma irmã chamada Bianca, e que era bonita. Deduzi então que era você. - ela sorriu angelicalmente.
- Obrigada.
- Por nada, meu anjo. E sabe o mais engraçado? - ela perguntou e eu assenti. - Que Bruno disse que iria pegar você. - ela riu e eu comecei a rir também.
- Vovó - Bruno a repreendeu.
- Shh, Bruno. Deixe-me terminar de contar a história. - ela pausou - O único detalhe é que ele estava bêbado, e mesmo não conhecendo você, ele disse que te levaria pra cama.
Eu me indignei. Ela, tão velhinha, e fala dessas coisas. Comecei a rir e olhei para Bruno, que estava totalmente vermelho.
- Se me permite, já foram pra cama? - ela perguntou.
Quase engasguei de tanto rir.
- Vovó, por favor, não faça essas perguntas. - disse Bruno.
- Foi uma pergunta inocente, querido. - defendeu-se ela. - Mas então, quero minha resposta.
- Sim, vovó, sim. - disse ele.

Com muitas risadas, finalizamos aquele fim de semana maravilhoso. Me acostumei a chamar Kate, de vovó, e ela ficou super alegre por isso. Pois é, quem diria, não é? Eu, chamando a vó do meu namorado de vovó.
A semana passou-se horrivelmente lerda. Chegamos ao próximo final de semana, e seria naquele dia, que eu reveria meus pais. Ligamos para eles, e antes de tudo, mamãe teve uma crise de felicidade. Ela disse que estava louca de saudades de nós dois - eu e Felipe - e disse também, que estava louca para conhecer o Bruno, e a Anabel. Papai apenas manteve a postura séria, de um homem que não queria ver sua garotinha namorando. Pois é, um anos sem vê-los. Mas esse sofrimento acabaria agora, pois acabamos de chegar em minha antiga casa, na casa de meus pais.
- Meu amor! - recebeu-nos ela, com um sorriso no rosto.
Papai estava ao seu lado, sorrindo também. Descemos do carro, e eu fui correndo dar um abraço nela.
- Mamãe, que saudade! - falei à ela.
Nesse momento, eu estava com um sorriso sincero nos lábios.
- Papai! - falei o abraçando. - Mãe, pai, esse é o meu namorado, Bruno.
- Já ouvimos falar muito de você, mocinho. - minha mãe riu. - Jorge, não vai cumprimenta-lo?
- Ah, claro. - meu pai sorriu. - Sou Jorge, pai da Bianca.
- É um prazer em conhece-los. - Bruno foi simpático.
- E essa garotinha aí, Felipe? - disse mamãe.
- Minha Anabel. - disse ele.
Quase ri na hora. Oras, ele disse "minha".
- É um enorme prazer em te conhecer, dona Sophia. - disse Anabel sorridente.
- Percebi que alguém já disse meu nome... - disse minha mãe, olhando para Felipe.
- Não, mãe. Foi a Bia.
- Oras, alguém tinha que apresentar a família, né. - falei, me gabando.
- Ótimo. - ela riu. - Estão com fome? O almoço está pronto.
- Eu to com fome, mãe. - falei quase pulando em cima dela, mas me lembrei que eu não tinha o mesmo peso de quando tinha cinco anos, e acabei me afastando da mesma, que riu.

O almoço foi ótimo. A comida da minha mãe era divina. Um almoço em família, há tempo que não fazíamos isso.
Depois de muito choro, tivemos que nos despedir deles. Fui o caminho inteiro entre lágrimas por ter de ir tão cedo para casa, e com sorrisos por tê-los visto novamente.
Descobri, que não estava grávida. Mas também não contei a ninguém que eu estava com suspeitas disso. Esse acaso só ficou entre mim, e minha melhor amiga.
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5 anooos depois em um sabado ❤
Bruno convidou Zara e Rayane para jantarem lá em casa. Aproveitei, e convidei Guilherme, que estava com sua nova namorada, Daiana.
Vesti-me super bem, não estava frio, graças à Deus. Coloquei um vestido, e um salto. Maquiagem, perfume, e só. Pois era lá em casa mesmo, não precisava me arrumar como eu me arrumava para ir em festas, não é?
Todos chegaram rapidamente, e eu esperava eles com um sorriso no rosto. Anabel ficava rindo de mim. Acho que tem um motivo especial esse jantar, mas ninguém quer me contar. Droga.
- Vamos, vamos. - disse Bruno, chamando todos para a mesa. - Quero a atenção de vocês aqui, em mim, e no meu amor. - disse ele, abraçando-me.
Todos estavam em volta da pequena mesa de nosso apartamento, sorrindo.
- Tenho que lhe dizer, Bianca, antes de tudo, que você é o amor da minha vida. Ninguém, nem nada, irá nos separar, pois o que temos é verdadeiro. O meu amor por você cresce cada dia mais, e essa vontade louca de ficar contigo todo momento, só aumenta. Eu quero você comigo, desde sempre, e para sempre. - ele sorriu, e se ajoelhou, pegando de seu bolso uma pequena caixinha. - Bianca Muniz, minha vida, minha pequena, minha namorada. Deseja ser, a senhora Cinna?
Eu, particularmente não esperava isso. Não esperava que sairiam da boca dele essas lindas palavras, e meu coração estava acelerado. Juro, meu coração quase saiu pela minha boca. Meus olhos estavam realmente brilhando, e uma pequena lágrima, apenas uma, escorreu por meu rosto.
Não havia outra palavra, eu tinha apenas uma resposta para aquela pergunta, e eu sabia há séculos qual era.
- Sim! - quase gritei.
Ele riu de mim, e depois abriu a caixinha. A aliança estava ali dentro. Linda, perfeitamente linda. Ele colocou em meu dedo e depois sorriu para mim. Quem diria, o melhor amigo do meu irmão, agora sendo meu noivo, meu futuro marido, o futuro pai dos meus filhos. Quem diria?
- Eu amo você.
- Eu amo você. - falei, e nos beijamos intensamente. O melhor dos melhores beijos da minha vida, e espero que no decorrer dos anos, venham outros e outros momentos especiais como esse, mas apenas desejo, que todos esses sejam ao lado dele. Ao lado do meu amor. Ao lado do meu Bruno.
Fim.



O amigo do meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora