Capítulo 19

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Desci correndo a arquibancada, quase atropelando algumas das pessoas que ali estavam sentadas, e fui correndo abraçar o Guilherme. Eu apenas queria abraçar ele, e não o beijar, mas acho que ele entendeu super errado, pois aproveitou o momento, e me beijou.

Eu não cedi, eu parei e olhei com raiva pra ele. Vi que Bruno estava indo com raiva para o vestiário, e dando passos pesados pela grama. Guilherme sorriu e eu o olhei furiosa.
- Desculpa, Gui, mas não podemos mais ficar - ele segurou meu braço, talvez tentando falar alguma coisa - Me solta!
Saí correndo para o vestiário, para tentar arrumar a burrada que eu fiz (ou a que o Guilherme fez) e entrei correndo lá dentro. Bruno estava sentado em um dos bancos, com os cotovelos apoiados nas pernas, e as mãos no rosto. Quando me aproximei, acho que ele percebeu pois levantou seu rosto, seus olhos ferviam de raiva.
- Bruno...
- Sai, esse vestiário é apenas para homens! - ele ordenou, apontando para a saída.
- Bruno, deixa eu explicar, eu não beijei ele, foi ele que... - ele me interrompeu.
- É tudo a mesma coisa, Bianca. Ele tava com a língua na tua boca, e só - ele andava de um lado para o outro, impaciente - Por favor, saia. Eu não quero mais me chatear.
- Bruno, me desculpa, você viu que foi ele, e não eu...
Eu me impressionei quando ele fez aquilo, simplesmente ele me puxou pela cintura com força, e iniciou um beijo. Ele me prendeu contra a parede, e ficávamos ali, nos beijando por longos minutos.
- Ual - suspirei - Isso foi ótimo - sorri, tentando recuperar o fôlego - Me desculpa, Bruno, eu gosto muito de você, não quero que fiquemos brigados - sorri abraçando-o.
- Tudo bem, desde que eu possa socar a cara daquele vagabundo... - ele sorriu, igual aquelas criancinhas que estão prestes a aprontar.
- Não, e não - ri - Meu ciumento - fiz cóceguinhas em seu nariz e ele riu.
- Eu... eu... me desculpa, Bia. Não gosto de ser tão ciumento assim - rimos.
- Ta bom, não tem problema - sorri e entrelacei nossos dedos, fomos para o campo, e estavam todos lá, Rayane e Zara, Felipe e Anabel. Motivo para comemorar, eles não tinham, pois tinham perdido no jogo, mas mesmo assim estavam sorrindo e se beijando, coisa que eu acho muito fofa, em um relacionamento.
- Então, vamos? - Felipe falou.
- Sim - respondemos todos juntos, foi até engraçado.
Fomos eu, Bruno, Felipe e Anabel no mesmo carro, e Zara e Rayane em outro, pois iriam para suas devidas casas, na verdade eles moravam juntos, então... acho legal isso.
No meio do percurso, recebi uma mensagem, que era do Gui.
Guilherme: Desculpa, Bia. Eu não sabia que vocês estavam ficando ;// Felicidades ao casal
Pensei um pouco antes de responder, digitei várias vezes várias coisas, mas sempre apagava. Ao fim, mandem isso:
Bianca: Tudo bem, Gui. Não tem problema... obrigada!
Guilherme: Amigos?
Bianca: 4ever ;D

- O que você tá mexendo aí no celular, Biazinha? - Bruno disse e riu.
- Nada, só mensagens - ri e guardei rápido o celular na bolsa.
- Com quem? - ele estava dirigindo, mas mesmo assim conseguia se concentrar e fazer-me perguntas.
- Guilherme - falei a verdade.
- Sério? - ele me olhou incrédulo - Por que? O que estão falando? - ciumes modo ativado.
- Ele só pediu desculpas - sorri.
Ele parou o carro, e todos descemos. Entrelaçamos nossos dedos, e subimos assim pelo elevador, juntinhos, os quatro.
Anabel havia avisado que dormiria ali em casa hoje novamente.
Pela noite, estávamos todos na cozinha, discutindo para ver quem seria o querido que faria a janta.
- O Bê faz - falei e sorri, abraçando Bruno. Bê era nosso apelido fofinho, tipo bebê, só que mais curto.
- Amor, tem certeza que vai querer comer miojo? - ele disse.
- Desde que seja você quem faça - sorri novamente - Tá cheiroso - encostei meu nariz em seu pescoço para cheira-lo e ele riu.
- Sou cheiroso
- Hoje tá mais - abracei ele mais forte.
- Esse é o momento que nós falamos "awn"? - Anabel perguntou rindo, rimos também.
- Pode ser - Bruno falou, virando-me para ele. Beijou-me com delicadeza, e me encostou no balcão da cozinha.
- Awn - Anabel e Felipe falaram em coro e depois riram.
Por fim, não teve miojo, e sim, a minha querida e tão amada PIZZA! Metade quatro-queijos, metade camarão.
- Isso sim que tá bom, hein - falei, mordiscando mais um pedaço.
- Bom vai ser mais tarde, amor - Bruno falou com cara de safado e eu ri, mas reparou que Felipe o encarava e começou a rir - Com todo respeito, irmão.

O amigo do meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora