- Amanhã eu compro o teste e tudo mais. - me joguei em minha cama.
- Dava para irmos rapidinho ali na farmácia enquanto eles forem buscar a pizza! - Ana sugeriu.
- É arriscado.
- É arriscado, mas necessário. - ela disse. - Bia, precisamos saber a verdade. Saber se você está grávida, ou não.
- Anabel... eu topo! - falei confiante. - Será que eles já foram?
- Creio que sim. Mas precisamos verificar.
Fomos na ponta dos pés até a cozinha, e na sala também. Percorremos toda a extensão do apartamento, e eles não estavam. Deduzimos, então, que eles já teriam saído. Temos pouco tempo.
Peguei dinheiro, o suficiente para dois testes de gravidez, e lá fomos nós.
Na entrada da farmácia, senti um frio na barriga. Entramos e esperamos para sermos atendidas.
Pedi dois testes, e a mulher me olhou estranhamente, então menti, falando que era para uma vizinha minha, que havia pedido para eu comprar para ela. Paguei e saímos dali o mais rápido possível, rindo, é claro. Chegamos em casa, e eu escondi os testes em meu guarda-roupa, em um lugar onde ninguém acharia.
Eu e Ana ficamos assistindo tevê enquanto os meninos não chegavam. Demoraram muito.
A campainha tocou e eu fui atender. Quando abri, me impressionei. Era Bruno, e ele estava com um buquê de rosas vermelhas nas mãos, e com um sorriso lindo no rosto. Meus olhos brilharam.
- Amor, eu sei que é simples isso, e eu queria que fosse em um lugar mais especial, mas vi que era o momento oportuno. Antes de te pedir isso, queria que você soubesse, que você, apenas você, é a mulher que irei amar para sempre. - ele pausou, sorriu e prosseguiu. - Bianca Muniz, vida, quer namorar comigo?
Então ele se ajoelhou e tirou de um dos bolsos de sua bermuda uma caixinha pequena, vermelha com alguns detalhes em dourado. De lá de dentro, ele tirou um anel. Gente, e que anel lindo! Eu sorri de orelha à orelha, e sim, escorriam lágrimas dos meus olhos, mas essas eram de felicidade. Ele precisava de uma resposta, e eu sabia corretamente qual seria ela.
- Sim! - respondi, sorrindo ainda mais. - Eu aceito ser sua namorada, Bruno.
Não deu tempo nem para... sei lá... pular de alegria. Ele simplesmente puxou-me pela cintura, e arrancou de mim um dos melhores beijos da minha vida. Aquilo parecia que não teria fim, e como eu queria que não tivesse... Era tão boa a sensação de ter ele ali, comigo, nós dois juntos, um com o outro, para sempre. Mas o para sempre, as vezes não existe, então irei aproveitar bem esses momentos ao lado dele, é o melhor que devo fazer.
Ouvi que, durante o nosso beijo, Felipe assoviava, e com o canto do olho, pude perceber que Anabel estava contente, pois sorria demais.
Parei o beijo com mordidinhas e selinhos, e depois abri meus olhos.
- Finalmente... - falou ele - Você é minha.... minha namorada!
- Só sua.
- Só minha. - disse ele, sorrindo.
Iríamos nos beijar, se o meu celular não tivesse tocado.
- Desculpa, tenho que atender, é a Camila. - eu ri.
Lembram-se da Camila? Camila, a garota que morava junto comigo. Mas eu não sei por que ela me ligou, será que tem algum motivo especial?
- Camila? - falei contente.
- Bianca! - disse ela, como sempre, rindo. - Ai, Bia, preciso muito conversar com você. Está com tempo?
- É... - falei com receio, pois sei que ela fala demais.
- Então, eu consegui entrar na faculdade!
Abri minha boca em um perfeito "O". Desde que eu morava com a Camila, na verdade, desde sempre, ela estava tentando entrar na faculdade. Medicina é super difícil, e ela batalhou muito para isso.
- Camila... - eu parei e comecei a sorrir - Parabéns!
- Ai, obrigada, Bia.
- Eu também tenho uma novidade... - falei olhando para o Bruno.
- Anda, fala!
- Eu estou namorando!
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Hoje completo um mês com meu Bê. Iremos fazer uma festa de comemoração, e achei justo conhecer meus sogros. Bom, a festa seria na casa deles, com toda a família e tudo mais.
