Capítulo 3

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- Delícia? Delícia sou eu – Passei a mão na minha barriga e fiz uma cara sexy, nós dois rimos. – Ta, parei. – Fomos para casa conversando. Ela me disse mais sobre a vida dela e eu fiz o mesmo. Quando o Felipe me disse que a irmã dele iria morar conosco, eu não pensei que fosse tão legal, querida, bonita e ainda por cima, gostosa. Nunca imaginei, nunca mesmo. Pensei que ela fosse mais uma daquelas que se isolassem do mundo, ficam quietas no próprio canto, mas não. Ela era de falar. E como falava hein. Quase mandei ela calar a boca, mas não deu tempo, pois chegamos em casa rápido demais. Abri a porta de casa e dei espaço para ela passar. Fechei a mesma e fui pra cozinha, para beber um pouco de água.



Bianca Narrando: Quando cheguei em casa, fui procurar o Felipe, pra falar pra ele o quão bonita era a cidade. Encontrei ele no seu quarto, ele estava com o notebook no colo.

- Oi – entrei no quarto. – Você ta bem?
- Claro – respondeu – Ótimo.
- Qual o motivo dessa felicidade?
- Meninas – eu ri
- Seu safado – me sentei na cama dele.
- Oras, não sou de ferro, não é? – ele riu e se ajeitou na cama.
- Já fez a matrícula da minha escola? – Perguntei
- Sim, começa amanhã, sete e meia você tem que estar lá.
- Acordar cedo? – resmunguei e fiz beicinho – Droga.
- Não é tão difícil... é só... levantar e jogar água no rosto. – ele disse e fixou os olhos na tela do notebook.
- Ta bom então. Você me leva na escola?
- O Bruno te leva, amanhã eu tenho que resolver uns negócios com a Jéssica.
- Hm... safadinho – debochei
- Não enche, Bianca.
- Ah? Ta estressado, é? Então eu vou lé arrumar um peguete pra mim – falei e ameacei para me levantar, mas ele segurou meu pulso.
- Você é nova demais pra isso.
- Ta com ciuminhos é?
- Não é isso, é que você é minha irmã mais nova, não quero ver nenhum babaca encostando em você. – disse e me abraçou – Eu te amo, Bianca. Entenda isso. Sim, eu sou chato. Mas só faço isso pra te proteger.
- Também te amo, mas isso ta muito gay – ri e fui pro meu quarto. Olhei as atualizações do meu facebook e vi que tinha um pedido de amizade. Bruno Cinna. Aceitei e vi o freed de notícias, nada demais. Desliguei o computador e fui pra sala. Bruno estava lá, deitado. Ocupando todo p espaço do sofá.
- Licença? – pedi.
- Vem aqui, vem no meu colo – ele disse, riu e me deu espaço – Pensei que fosse safadinha
- Não sou dessas – me sentei ao lado dele
- Tem certeza? – ele disse me encarando com os belos olhos claros e aproximando-se de mim.
- Ei, ei. Sem isso, Bruno. – Felipe falou e se jogou em cima de mim fazendo cócegas em mim. Sou muito fraca pra isso. Comecei a rir sem parar. Implorei pra que ele parasse, então o Bruno fez o grande favor de tirar ele de cima de mim.
- Obrigada – digo, ofegante. – Agora sim eu estou com fome.
- Ah, tava demorando pra essa gorda pedir comida. – Felipe disse.
- Não sou gorda. – me defendi.
- Não é? Olha isso. – ele levantou parte da minha camisa para mostrar a minha barriga. Infelizmente, apareceu um pouco do meu sutiã, quando percebi, abaixei a camisa rápido e dei um tapa na cabeça do Felipe.
- Bocó – falei e fui pra cozinha, procurei comida e só achei aquela bolacha horrível.

Felipe Narrando: A noite foi bem normal, típico de um domingo. Joguei um pouco de futebol com o Bruno e depois subimos pra casa. Me assustei, pois minha irmã não estava na sala,e nem na cozinha. Fui ver no quarto dela e ela ja estava dormindo. Coloquei um cobertor em cima do corpo dela, e saí de seu quarto.
- E aí? Cadê ela? - Bruno perguntou.
- Dormindo. - Respondi.
- Hum - Falou indiferente.
- Dois - Ri e ele jogou uma almofada em mim. Me sentei e assisti televisão. Estava passando filme, peguei chips e comi. Depois, quando senti sono, fui me deitar. Antes de me deitar, avisei ao Bruno que amanhã era pra ele levar a Bia na aula, falei as horas e ele concordou. Deitei na cama e apenas uma coisa vinha na minha mente: Bianca. Ela morando aqui comigo mudará tudo. A casa vai ter um toque feminino, e isso vai ser bom, estou torcendo pra que ela saiba cozinhar. Ri ao pensar nisso e desliguei a luz. Dormi.

Bianca Narrando: Acordei com alguém me chamando. Antes de abrir meus olhos, falei:
- Merda
- Ui, acordou estressada? - Era o Bruno, abri meus olhos e dei um tapa de leve em seu rosto.
- Sai daqui, vou me trocar.
- Ah, por quê? Vai, eu fecho os olhos - Ele falou tampando os olhos com a mão.
- Sem essa, vaza - Disse empurrando ele pra fora do meu quarto. Fui ao banheiro e voltei ao meu quarto. Coloquei uma calça jeans e uma blusa bonita e confortável. Arrumei meu cabelo, e fiz mais umas coisas de meninas, sabe? Maquiagem, perfume, essas coisas... quando decidi que estava pronta, avisei o Bruno. Peguei minha bolsa e seguimos para o estacionamento do prédio.
- Pra que se arrumar toda assim?
- Pra dar primeiras boas impressões ué - Falei arrumando meu cabelo.
- Hum - Ele disse e entramos no carro - Na boa, pra que primeiras boas impressões? -Ele disse imitando minha voz, no que fez eu ficar nervosa e dar um tapa em seu rosto.
- Você sabe... - Eu disse ainda mexendo no cabelo. Ele deu a partida no carro.
- Não sei. Me conta. - Ele se fez de desistendido
- Meninos. - Falei rápido.
- Meninos? Mas esse aqui não ta bom? - Ele disse passando a mão pelo peitoral e eu ri.
- Para de ser palhaço. - Disse e ele parou o carro em frente da escola. Abri a porta do carro e antes de sair falei - Obrigada.
- Não ganho recompensa?
- Que recompensa? - Falei confusa.
- Um beijo
- Que mané beijo, piá - Disse e ri. Saí do carro e virei para trás, ele estava rindo. Segundos depois saiu cantando os pneus do carro. Eu segui em frente. Indo até a escola. Seja o que Deus quiser.

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O amigo do meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora