Capítulo 2

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- Eu vou ali na sala. Se acomoda ai, arruma as suas coisas. Se precisar de alguma coisa me chama. - Ele saiu do quarto e eu me joguei na cama. Em questão de minutos, adormeci. Aquela cama era gostosa, macia. O meu sono durou pouco, minutos depois acordei, disposta a arrumar minhas coisas. Coloquei minhas roupas no guarda roupa e ajeitei tudinho lá. Liguei para a Camila, dizendo que eu estava bem. Depois fui para a sala. Mas não era só o meu irmão que estava lá. Também estavam presentes mais duas meninas e um menino, quem será?  


Bianca NARRANDO :

- Fê, então essa é a sua irmãzinha? - Uma das meninas falou com voz de nojo.

- Sim - Ele disse e se desgrudou dela. - Bia, essas são Jéssica, Luana e esse é o Bruno, ele mora com a gente.

- Oi - Cumprimentei todos. O tal Bruno, era lindo. Olhos que encantavam, mas foi só eu olhar pra ele que a tal Luana já se agarrou no coitado. E sabe o que ele fez? O mesmo que ela. - Estou com fome, Fê.
- Tem comida ali na cozinha, mana. Pega lá. - Felipe disse.
- Deixa que eu pego pra você. - O Bruno disse e se levantou, indo até a cozinha. Eu segui ele e então ele me deu uma espécie de bolacha, bolacha estranha, mas eu comi. - Bonita você.
- Obrigada. - Respondi de boca cheia. - Merda - Falei quando percebi que estava falando e comendo ao mesmo tempo. Que coisa feia, Bianca. Sua mãe não te ensinou a ter modos? Ele riu e voltou para a sala. Eu continuei na sala e vasculhei a geladeira inteira a procura de água, ou de algo que tire o doce gosto da minha boca. Bebi a água no gargalo mesmo e a Jéssica me olhou e riu debochadamente. Não liguei. Voltei ao meu quarto. Peguei o notebook que eu tinha colocado na bolsa e conectei com a internet. Fiz as mesmas coisas de sempre, facebook, ask.fm, skype... e depois decidi conhecer mais a minha cidade. Voltei pra sala, mas eles não estavam lá. Deixei um bilhete em cima do sofá dizendo que fui dar uma volta e saí de casa. Comecei a andar na beira-mar e encontrei uma sorveteria próxima. Fui até lá e fiz o pedido.
- Uma casquinha de morango, por favor. - Pedi e a mulher trouxe em seguida. Paguei e saí andando. Sentei na areia e fiquei olhando o mar. O sol já estava desaparecendo, mas mesmo assim tinha bastante gente na praia. Surfistas. Gatos, pra variar. Terminei com o meu sorvete e peguei meu celular e os fones de ouvido. Conectei e coloquei uma musica calma. I'm Yours - Jason Mraz. Combina muito com o clima da praia, pelo menos eu acho. Até que alguém tira um dos fones da minha orelha.
- Droga - Reclamo.
- Uau, princesinha que fala palavrão, hein - O menino riu, olhei para ele, ele era uma espécie de Guilherme Leicam. Traduzindo: lindo demais.
- Oi - Falei envergonhada - Dá pra devolver?
- Devolver o quê? - Ele perguntou e riu.
- O fone de ouvido. - Revirei os olhos, como se não fosse óbvio.
- Ah é né - Ele riu e não me entregou. - Mas prefiro conversar sem musica. - Tirei o outro fone do meu ouvido e olhei para ele sorrindo, que mostrou ficar contente por eu ter obedecido. - Assim é melhor.

- Você é linda. – ele disse – Nova na cidade?
- Sim – Confirmo – Cheguei ontem.
- Mora aqui perto? – assenti com a cabeça – Ótimo, eu também. – ele ri – Tens quantos anos?
- Dezesseis, e você?
- O mesmo, que coincidência – nós rimos.
- Bia! Bia! – alguém em chama e eu olho para traz. Como assim? Bruno? Por que ele ta aqui?

Bruno Narrando: Fomos para um barzinho com as meninas e depois voltamos para casa. O Felipe me disse que era pra eu dar uma volta pela cidade, para encontrar a Bia. Eu fiz o que ele pediu e fui andando na beira mar. Foi até engraçado, pois eu andei bem pouco, e dei de cara com uma menina bem parecida com ela. Já com certeza que era ela, chamei. Ela se virou e sorriu. Havia um menino ao seu lado. Eu fui até eles, e disse:
- Bia, seu irmão falou pra você ir pra casa.
- Claro, já vou. – Ela se levantou, tirou a areia do bumbum e deu um abraço no menino. – Tchau.
- Tchau, Bia. Nos vemos por aí. – Ela assentiu com a cabeça e fomos andando juntos até o prédio.
- Quem era ele? – Perguntei.
- Não sei. – Ela respondeu.
- Como assim, não sabe?
- Foi papo rápido, não deu nem pra perguntar o nome dele.
- Ah – Digo – Então ta. Está com fome?
- Não, acabei de comer um sorvete, que meu Deus, era uma delícia.
- Delícia? Delícia sou eu – Passei a mão na minha barriga e fiz uma cara sexy, nós dois rimos. – Ta, parei. – Fomos para casa conversando. Ela me disse mais sobre a vida dela e eu fiz o mesmo. Quando o Felipe me disse que a irmã dele iria morar conosco, eu não pensei que fosse tão legal, querida, bonita e ainda por cima, gostosa. Nunca imaginei, nunca mesmo. Pensei que ela fosse mais uma daquelas que se isolassem do mundo, ficam quietas no próprio canto, mas não. Ela era de falar. E como falava hein. Quase mandei ela calar a boca, mas não deu tempo, pois chegamos em casa rápido demais. Abri a porta de casa e dei espaço para ela passar. Fechei a mesma e fui pra cozinha, para beber um pouco de água.

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O amigo do meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora