Tridentes eram levantados. Gritos de guerra alcançavam toda a imensidão do enorme lago. Nadadeiras estavam prontas, fazendo movimentos ondulantes para sustentar o corpo.
As sereias mostravam suas presas, afiadas demais para pertencer a um rosto puro e singeloso, além de bonito e admirável. Cabelos escuros e claros, de tonalidades diferentes, se mexiam conforme o movimento da água.
Os tritões apontavam suas armas uns aos outros, perfurando com as pontas dos tridentes o peito desnudo do rival. Cabelos curtos e grandes davam, em alguns, impressões amistosas; já em outros, dava um ar mais durão, com um olhar animalesco.
A guerra já estava declarada. Não tinha mais volta.
Mas a esperança brotava ainda em uma criatura.
A sereia começou a nadar, tentando se distanciar daqueles que queriam uma vitória sangrenta. Ela queria paz e tranquilidade, como eram os dias de antigamente. Mas agora, dias nebulosos e sangrentos marcavam o amanhã, e ela nem sabia por quê.
Tudo o que ela queria era achar respostas. Encontrar alguém para ajudá-la a descobrir o motivo da guerra.
Mas parecia que nenhuma sereia ou tritão a ajudaria.
As esperanças dela se dissiparam antes que pudesse pensar em pedir ajuda ao "povo lá de cima": os humanos. Suas espécies não se encontravam há séculos, e era melhor continuar assim.
Mas sempre havia aqueles que driblavam as regras.
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Sereia - A Prisioneira Da Água
FantasyQuando Lucas Stives vai morar com sua família em uma casa à beira de um lago, mal pode imaginar que, no fundo dele, uma sociedade de sereias está em pé de guerra. Porém, ao conhecer a linda Serena, se verá no meio de um evento épico, onde a destruiç...