XXVIII

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( Parte II )

Eu não sei exatamente quando começou minha transformação. Diferente das outras poucas vezes, a dor passou dispercebida por mim. Uma raiva descontrolada tomou conta de mim e eu sabia que parte dessa raiva, talvez a maior, era da Bel. Meus sentimentos estavam comprimidos dentro de meu peito e parecia não caber mais, não havia espaço para raiva e eu só queria me encolher em posição de feto e chorar baixinho até que tudo acabasse. 

Eu, Mariane Wosky, que sempre pareci durona, brava e cheia de si era apenas uma casca, uma mascara que sempre usei. Crescer sem uma estrutura familiar com um pai e uma mãe sempre me deixou muito insegura e mesmo que não aparentasse a fragidez em meus atos, eu sempre me cobrava algo que nem mesmo eu sabia.

Eu não queria mais ver nada doque estava a minha frente, ele estava lá e era meu fim. No final eu não iria conhecer meus pais.

- Eles te deixaram....

- Você é fraca...

Eu não sabia o que fazer.

Como eu queria ter me empenhado mais quando treinei aqueles bloqueio, eu sei que é o unico jeito de me defender já que não tenho abilidade de luta nenhuma - Briga de escola não pode se comparar a isso.

Apenas relaxe.

Quando a ordem soou entre meus milhares de pensamentos eu sabia que era a Bel. Eu tinha medo do que iria acontecer e como eu não queria saber de nada, deixei que a escuridão que lutava para sair, me tomasse por inteiro.

Dessa vez eu pude sentir a transformação pura em mim, sem dor, sem queimação: Apenas uma leve sensação de alívio e então eu pude relaxar.

...

A lua alta no céu tinha um brilho diferente do que tudo já visto por Érico.

Arfou admirado.

A sua frente uma grande loba, muito maior que ele de pelos longos e olhos ainda brilhantes o encarava.

Seus pelos ruivos caiam brilhantes sobre a luz da lua e naquela noite não era a lua que brilhava, era ela. Aquela garota a sua frente era impressionante e ele queria abrassar e tomá-la para si e vendo o rumo dos seus pensamentos eles tomaram rumos opostos em milésimos de segundo, queria matá-la, arrancar sua cabeça por lhe fazer descontrolar tanto.

A loba a sua frente mostrava suas presas com raiva, ameaçando e rosnando. Nada parecia com uma fêmea com que estava acostumado a lidar, ams ele sabia que não poderia esperar nada diferente da Mariana.

Em um momento, os olhos se encaravam, em outro, os corpos se batiam um contra o outro. As mordidas e arranhoes não estavam de fora nessa luta. 

Ele se perguntava na luta quando que ela aprendeu a lutar. Seus pensamentos os distraiam vez ou outra dando vantagem.

Aquele lobo de pelos ruivos atacava como se sua vida dependesse daquilo, o que não era muita mentira. Daquela luta apenas um tinha o direito de sair vivo e os dois se atracanfiavam se mordendo e se arranhando.

Em uma agilidade incrivel, Érico pulou com seu lobo contra ela, abocanhando seu grande pescoço. Sua experiancia lhe tinha dado muita vantagem na luta e em pouco tempo imobilizou Mary.

Não tão longe dali, ao pé do morro e dentro da grande casa, o alfa se via encurralado.

Dylan tinha uma raiva crescente. Parecia estar se olhando no espelho quando mais jovem. Seu irmão apareceu em sua frente com todas as lembranças, todas as decepções e todas as escolhas erradas.

Esse reencontro não foi diferente. Dylan e Kayle frente a frente.


Continua...


GEEEENTE... Irei tentar postar a parte tres ainda hoje e me desculpem os erros. :3 Até mais!!

A loba [ REVISANDO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora