XII

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Travo meus pés no chão ao ouvir que irei conhecer o alfa.

Estava em estados de nervos, nunca pensei que conhecer alguém pudesse me deixar assim. Não é para menos, alfa é o líder, a quem respeitam e obedecem.

Os "e se" tomam minha mente fazendo com que uma grande insegurança se estalem em mim. Poderia o 'grande alfa' me intimidar mesmo sem eu o conhecer?

Apenas a menção de seu nome fez estragos em todo meu corpo.

Estalo no chão assim que assimilo a noticia.

' conhecer o grande alfa '

Débora me olha com um sorriso zombeteiro que nunca pensei ver nela enquanto vinhedos para cá.

- Que isso, esta com medinho é ? - e me puxa mais forte em direção ao longo corredor na parte térrea da casa.

Ele não fez parte do almoço com os demais, estranhei, mas vai saber o que se passa na cabeça dessas pessoas não é?

O grande corredor parece imenso tornando cada segundo, mais e mais lento.

Paramos em frente a uma porta grade e de madeira com entalhes decorativo. Era de uma cor escura e se localizava no fim do corredor ao lado direito.

- Boa sorte! - ela sussurrou pra mim e deu importante sorrisinho de lado.

Como assim ela não irá entrar comigo? O que ele quer falar comigo? Meu celebro já está fervilhando e meu estômago parece dar um nó, mas não um qualquer, aquele nó.

Olho-o desesperadamente a procura de uma resposta, alguma recomendação ou dica.

- Você vai se sair bem, relaxa. - dá um tapinha nas minhas costa e volta pelo extenso corredor.

Respiro bem fundo, puxando todo ar que me é acessível, conto até três calmamente e levando uma das mãos, criando coragem para o ato.

'Toc... toc... toc...'

Bato tão levemente que acho provável a outra pessoa não ter escutado.

Solto todo ar pelo nariz e ergo novamente meu braço para bater quando uma voz grave fala do outro lado da madeira que nos separa.

Estremeço. Na minha cabeça já se passou mil e uma suposições para como seja. Alto de mais, baixo e gordinho, barbudo, careca... Mas nada em minha cabeça me preparou para aquela voz forte.

Abro a porta lentamente. O corredor claro de mais contrasta com o ambiente iluminado, no qual estou entrando, apenas pela luz do dia que entra pela janela. Meu olhar vaga cada canto do ambiente, evitando ao máximo olhar para o intimidador gigante em pé ao lado de um grande sofá de coro marrom.

Meus olhos continuam vagando e ainda estou parada a porta. É tudo , muito novo agora, ainda estou em uma faze de processamento de tudo o que está acontecendo comigo.

Sinto teu olhar me queimando e engulo seco. Na parede ao meu lado esquerdo, onde se encontra a grande mesa de escritório, tem uma enorme moldura com um grande lobo negro de olhos amarelos vibrantes, diferente dos do corredor, não tenho nenhuma lembrança/visão desse lobo. Frazão a testa com os pensamentos me rondando, será que tudo que vi, é apenas um sonho?

- Não gostou do meu quadro? - diz a voz grosso da pessoa que tanto tentei ignorar.

O certo era mostrar respeito, admiração, ou até mesmo submissão, mas a unica coisa que sentia era medo, ou algo muito parecido. Era um incomodo desconfortável sua presença no mesmo ambiente que eu.

Quando a Débora me disse que eu conheceria o alfa, bom, claro que fiquei nervosa, mas agora que estou aqui e com ele, não é nem o nervosismo que me incomoda, o fato de eu ter medo apenas com sua presença me dá calafrios e preferiria não o conhecer, mas estou no território dele, seria desrespeitoso de minha parte.

A loba [ REVISANDO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora