Papapum

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Passei a mão no rosto para ninguém ver que tinha caído uma lagrima, apesar de que eu acho que viram... Ela acabou se revoltando também e bateu na mesa apontando o dedo na minha cara.

- OLHA AQUI MOÇA QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA FALAR DE TAL MANEIRA COMIGO?

- O QUE VOCÊ ESTÁ PENSANDO APONTANDO ESSE DEDO NA MINHA CARA?

Ela me deu um tapa logo depois de eu ter terminado a frase. Foi bem desnecessário ela ter me batido, sinceramente achei que ela não chegaria a fazer isso. Coloquei a mão no rosto olhei para o lado e ela respondeu.

- Isso é pra você ver se aprende, e para você saber com quem está lidando, porque você ainda não me conhece.

Ela saiu orgulhosa andando em direção à porta.

- Eu não tenho medo de você Maria. Se você acha que um tapinha vai me fazer desistir de tudo, você está errada.

Ela veio em minha direção intervir, mas o professor chegou. Não falei com ela em mais nenhuma aula e durante o intervalo a evitei para não causar mais conflitos. Na saída estava voltando com Matt e ele parou.

- Mia eu queria que isso parasse.

- Isso o que?

- Você e a Maria estarem sempre brigando, eu não gosto disso.

- Eu também não gosto, mas ela...

- Mas você também coloca lenha.

- Não coloco não! Tudo que eu fiz hoje foi defender a mim, você e minha mãe não vejo nada de mal no que fiz.

- Eu não sei, não queria ficar nesse clima.

- Você tá do lado de quem afinal?

- Do seu é claro, mas acho desnecessário vocês estarem sempre discutindo.

Ficamos em silencio um tempo, e meu coração foi a mil. Abaixei a cabeça e olhei para o lado, ele puxou meu queixo e quando íamos nos beijar ouvi Maria no final da rua.

- VOCÊ SE ACHA A BOA NÃO É MIA? VEM ENCARAR ENTÃO.

Ela veio até mim, e logo atrás umas três amigas dela junto.

- Eu não quero brigar Maria.

- NÃO QUERO SABER SE VOCÊ NÃO QUER VOCÊ VAI APANHAR DE QUALQUER JEITO.

Ela pegou meu cabelo e me jogou na calçada, e eu não sabia como agir, pois eu não queria bater nela, mas não queria ficar ali apanhando toda estourada. Matt tentou nos separar, mas ela era definitivamente louca, então fiquei apenas na defensiva. As amigas dela começaram a gritar.

- Maria para com isso garota!

- Amiga pelo amor, desnecessário a garota não fez nada.

Ela começou a me chutar e dar socos e fui ficando tonta e Matt começou a gritar, e de repente tudo apagou.

***

Acordei e estava vendo tudo embaçado. Estava vendo tudo branco e algumas manchas e aos poucos fui voltando ao normal. Por um minuto eu achei que tinha morrido, até ver a maquina que mostra os batimentos cardíacos ao meu lado. Estava com um aparelho para respirar melhor e várias coisas "ligadas" no meu braço. Olhei em volta e não tinha ninguém, até o enfermeiro entrar.

- Você de novo?

- Você por aqui? O que aconteceu em mocinha.

Era o enfermeiro que atendeu a Maria quando ela sofreu o acidente, ele foi super legal. Fui contando o que eu lembrava para ele enquanto ele tirava aquelas "ligações" que colocaram no meu braço.

- Então a Maria não é bem amiga sua e do... Matheus, certo?

- Exatamente.

- Pois bem, ela está na recepção, junto com o Matt e sua mãe.

- O que?


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