Acordo com o meu celular tocando o despertador, um barulho estrondeante que até me dá dor de cabeça mas se não fosse esse barulho chato não teria mais emprego. Meu trabalho é de certo modo puxado, trabalho há cinco anos em um laboratório clínico para o hospital ao lado, das 7h às 15h, atendendo ordens independente do nível de urgência, analiso pedidos dos médicos em urina, fezes ou até biopsia, tento me concentrar ao máximo pois a cada dia que passa aprendo mais e até hoje já consegui ser nomeada Funcionária do Mês quatro vezes. Mesmo com a semana ocupada tenho meu fim de semana para relaxar e sair com amigos, por sorte hoje é sexta, combinei de ir com minha amiga à um bar onde uma cantora que começou a carreira a poucos meses irá cantar, poucos a conhecem, moderadamente famosa, ela é bastante tímida mas como ela diz:
"Meus fãs me encorajam a continuar a cantar independente de minha timidez."
Após levantar da cama vou até o banheiro e ligo o chuveiro no frio, já que as madrugadas esse mês andam bastante calorosas. Sinto aquela água escorrer sobre meu corpo me deixando relaxada para mais um dia de trabalho, depois de me lavar pego a toalha e vou direto ao meu guarda-roupa logo pegando uma calcinha, legging preta, um sutiã e uma blusa azul céu.
Já pronta pego a bolsa e passo aquele perfume que deixa rastro pela casa toda, sai do quarto e avisto minha amiga e colega de apartamento, Beatriz, vindo em minha direção e desejando um bom dia, no mesmo tom de voz alegre eu retribuo o mesmo.
Aliás nem me apresentei, tenho 1,55 de altura, 26 anos, cabelos ruivos e olhos castanhos, meu nome Sofia.
Desço de elevador até o estacionamento e pego meu carro, um Toyota prateado, conecto meu pen drive no rádio e começo a escutar música com o volume ainda baixo, dou a partida e vou à caminho do trabalho. Olho no relógio e percebo que sai um pouco cedo, eram 6h:40, as ruas já começavam a se encher de veículos. Faltava dois quarteirões, olho no retrovisor e percebo que tem um maluco acelerando logo atrás de mim pedindo passagem, mas como era idiota nem percebeu que não tinha como fornecer o que queria, farol vermelho, freio lentamente e o maluco mesmo depois de parado continua acelerando sem dar a partida. Olho novamente no retrovisor e consigo ver a cara do maluco, um adolescente de pele bronzeada e óculos escuros, na boca um cigarro aceso na metade, o idiota se achava, dou seta pra esquerda entrando na rua do hospital e o cara segue reto em uma velocidade impressionante.
Um dia cansativo, mas que passou num piscar de olhos, faltava 10 minutos para sair e eu estava muito ansiosa para hoje à noite. Pego meu carro e vou para casa, chegando lá vou direto para a geladeira pegando um copo de suco de soja e um pedaço de bolo que Bia fez, não estava com muita fome, apesar de não ter almoçado e apenas ter comido uns lanches que havia no laboratório, chego em meu quarto indo direto escovar os dentes, marco um despertador para as 18h e vou direto ao guarda-roupa para separar uma roupa para hoje à noite, e então me jogo na cama macia e em meio à pensamentos de hoje no bar vendo aquela cantora linda, pego no sono.
- Ahh!!! - acordo desesperada com o som daquele despertador - Que susto! - resmungo a mim mesma.
Vendo a hora me levanto rapidamente e tomo um banho bem rápido, ao sair pego meu vestido azul marinho e me visto, um salto médio confortável para umas danças, então me olho no espelho, minhas pernas pouco a cima dos joelhos à mostra, meus seios bem ajeitados no decote. Seco meus cabelos e passo uma chapinha para que fique modelado para o lado, agora só faltava uma maquiagem, apenas uma base e um batom vermelho para combinar com meus cabelos. Estava pronta.
- Bia! Vamos!
- Um segundo Sof!
- Vamos perder a apresentação daquela gatinha!!
- Não começa a dizer isso que ela nem vai te dar bola! E além do mais não estou indo por causa dela...
- Eu sei que não faz seu tipo!!
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Depois daquele dia... (Romance Lésbico)
RomanceDepois daquele dia... Sofia conhece aquela cantora que tanto fantasiava e amava, Flavia. Elas se encantam uma com a outra, sentem borboletas no estômago e não conseguem resistir à tentação de amor recíproco e profundo. Dramas aconteceram e não há e...