Pov. Sofia
No dia seguinte.
Fui ao trabalho e fiquei uma hora a mais como prometi ao meu chefe, e então Flávia vai me buscar, antes de me despedir dela hoje mais cedo pedi para que arrumasse minha mala pegando as coisas necessárias tipo: blusa, calça, roupa intima, meias, kit higiênico, uns três vestidos para sair e etc. Ela estaciona lago em minha frente, dou-lhe um beijo cheio de saudades então vamos até o seu apartamento, em dez minutos estávamos em um bairro completamente diferente do meu, mais organizado e calmo, casas enormes e prédios altos. Flávia diminuiu a velocidade do carro e entrou no primeiro prédio e largou o carro, pegamos as malas e fomos para o elevador, ele era maior que do meu prédio cabendo umas vinte pessoas, todo detalhado e um espelho em quase de um lado e do outro. Primeiro andar, um corredor com quatro portas, apartamento número 1, Flávia destranca a porta e deixa nossas malas perto dos sofás, uma sala enorme, com alguns quadros, TV smart enorme dois sofás, uma poltrona, uma mesinha de centro e alguns vasos com lírios brancos e vermelhos.
- Vem amor... - diz ela me puxando pela mão - Quero te apresentar meu apartamento...
- Ain amor, depois... - digo me aproximando dela com um sorriso malvado - Quero matar as saudades...
Com nossos corpos colados e nossa testa juntas consigo sentir sua respiração, aqueles olhos brilhavam com desejo, seus lábios tocam nos meus e então ela me beija com tamanha intensidade, paro aquele beijo molhado e a pego no colo dando um giro com ela em meus braços, começamos a rir sem parar. Deitei Flávia no sofá e me sentei em cima de seu corpo e então volto a beijar aquela boca rosada, estava extremamente bom, mordia seus lábios e enroscava nossas línguas, seus dedos cravaram em meus cabelos vermelhos.
- FLÁVIA SCARIE! - escuto uma voz.
Paro o beijo e olhamos ao redor, e lá estava uma mulher de uns 40 anos, toda arrumada e maquiada, meu rosto se queima em segundos, meu coração está muito acelerado, a mulher olhava pra mim com aquele olhar "Não gosto de você" estava bastante seria, ficamos no silêncio durante dois minutos e isso me matava ainda mais de vergonha me deixando com o corpo todo tremendo.
- Ma... Mãe... Oi... Não sabia que estava em casa... - finalmente Flávia corta aquele silêncio.
- Percebi... - a mulher fala.
- Mãe, essa é Sofia... Sofia minha mãe Samantha.
- Oo...oi, prazer... - digo nervosa olhando seus olhos pegarem fogo.
- Filha... Pra cozinha agora!
- Ok mãe, espere aqui amor... Te amo...
Flávia me da um beijinho nos lábios e eu retribuo o que me dissera, as duas seguem até uma porta estilo americano, a morena na frente e sua mãe logo atrás, antes de perder Samantha de vista ela me olha bufando e eu fico com medo.
Me sento no sofá tentando me distrair já que meu coração batia a mil, não adianta, ando de um lado para o outro olhando os quadros, as fotos, sentindo o cheiro das flores mas não adianta. Me sento novamente nos sofá e vejo uma folha sulfite, um lápis e uma borracha, então eu me aproximo deles sentando no chão e começo a desenhar Flávia, desde o ensino médio eu amava desenhar, artistas, cantoras, atrizes, professoras e muitas pessoas, sempre que presenteava alguém com um desenho recebia elogios até o final do ano.
Não via o tempo passar, mas quando olho no relógio já havia se passado quase meia hora, cinco minutos depois terminei o desenho. Estava tão realista que eu quis beijar aquele desenho, seu cabelo volumoso, sua boca carnuda e seus olhos mantinham até o brilho na imagem. Virei a folha e escrevi uma mensagem:
" Flávia, meu amor.
É engraçado dizer que nunca me apaixonei à primeira vista, você foi a primeira e a única que amei tanto dessa maneira. A história de minha vida é comprida e eu quero que você faça parte dessa história.
Eu a amo Flávinha!
- Beijos Sofia."
Coloquei minha assinatura e como estava com um batom vermelho, o mesmo de quando nos conhecemos, beijei a folha deixando a marca de meus lábios.
- Ruivinha vem aqui! - diz Flávia da cozinha.
Sigo sua voz andando com calma, ou tentando, já que ainda estava nervosa, desenhar me ajudou por um tempo. Entro naquela porta estilo americano e vejo Samantha passando um café no coador, Flávia sentada com um sorriso estendendo uma xícara para mim.
- Experimente o café da mamãe... É maravilhoso!
Samantha me olha, sua expressão facial está mais calma, o brilho de seus olhos igual ao de Flávia, me lançou um sorriso simpático.
- Sofia, me desculpe se te assustei por estar braba, é que eu me deparei com vocês duas e me assustei...
- Tudo bem Samantha... Eu faria a mesma coisa se fosse você...
Ela me abraça dizendo que sou bem-vinda e antes de nos separar ela cochicha:
- Não faça minha filha sofrer, ela te ama muito... E me chame de Sam.
Abro um sorriso confirmando que nada farei então me sento ao lado de Flávia já mais calma, beijo sua bochecha e ela fica vermelha por instantâneo logo me servindo café. Estava quente, via aquela fumaça sair do líquido preto, assoprei e então experimentei, era tão gostoso, realmente o melhor, tinha um leve gosto de... Limão.
- Já descobri seu segredo neste café Sam...
- Aham.... Sei, e qual é?
- Limão... - Abri um sorriso mostrando a confiança em minha resposta.
- Flávia! Ela descubriu! - soltamos umas risadas alta - Não é mais bem-vinda! - ela diz brincando.
- Como amor? Ninguém nunca soube...
- Sou boa de paladar... - digo tímida - Tenho um presente para você...
Os olhos de Flávia brilham ao dizer isso à ela, me encheu de perguntas para saber o que era e onde estava.
- Está aqui na sua casa... Aproveita pra me apresentar o lugar, assim você procura...
Pov. Flávia
Quando ela me disse do presente fiquei bastante animada, a puxei pelos braços mostrando minha suite e a varanda que tinha na janela, olhava na cama, em tudo e nada de encontrar o presente. Logo mostrei o banheiro, quarto de hóspedes, quarto da mamãe quando vinha pra cá, o cômodo que eu costumava ensaiar e a cozinha.
- Amor... Já mostrei tudo, mas onde esta o presente????
- Certeza que já olhou tudo?
- Sim eu acho... - paro pra pensar onde não olhei - Ah!! A sala!
Volto a puxar Sofia indo para a sala e revirando os olhos em cada canto, depois de ver que não encontraria me jogo no sofá e Sofia também, ela abria um sorriso enorme.
- Amor eu desist... - então olho na mesinha em minha frente e vejo um papel com algo escrito - Espera... Que isso?
Leio a frase e vejo a marca do batom de Sofia, olho pra ela e no seu olhar mostrava o brilho, leva o braço até próximo da folha informando que ainda tinha coisa a ver. Viro o papel e me deparo com meu próprio rosto desenhado, meu penteado igual a quando conheci Sofia naquele bar. Sinto meus olhos se encherem de lágrimas, estava tão feliz, flashbacks daquela noite me veio à cabeça, estava impressionada, ela quem desenhou? Ela sabia desenhar tão bem assim?
- É pra você nunca esquecer do dia que nos conhecemos...
- Fo... Foi você quem fez?
Elaassentiu com a cabeça e então eu não hesito em beija-la para agradecer, todoapaixonado, por dentro eu sorria sem parar. Paro o beijo depois de uns dezminutos, me levanto indo até a cozinha mostrar a minha mãe o que Sofia fez.Pegou o desenho e começou a compará-lo em mim, sinto as mãos de minha ruivinhame abraçar pela cintura e ela deposita um beijo em minha bochecha.
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Depois daquele dia... (Romance Lésbico)
RomanceDepois daquele dia... Sofia conhece aquela cantora que tanto fantasiava e amava, Flavia. Elas se encantam uma com a outra, sentem borboletas no estômago e não conseguem resistir à tentação de amor recíproco e profundo. Dramas aconteceram e não há e...