Capítulo 8

3.8K 273 2
                                    

Pov. Flávia

"Triiiii, triiiii, triiiii"

Acordei assustada com o celular de Sofia tocado altamente então ela se levanta e me olha com um sorriso, ela se aproxima e me beija simplesmente mas que durou uma eternidade, nos levantamos e andamos até o banheiro escovando os dentes logo em seguida. Estava frio, Sofia disse que tomaria seu banho quando ela chegasse do trabalho, voltamos ao quarto e ela começou a se arrumar, legging e uma blusa de frio esverdeada e por cima uma jaqueta. Depois de se vestir se olhou no espelho penteado o cabelo em rabo de cavalo, passou base e um batom vermelho claro.

- Está linda amor! - digo a ela.

- Obrigada vida... Me leva e me busca hoje?

- Pode ser... - digo um pouco triste.

- Não fica assim, meus dias lá passam rápidos, logo vou estar te levando à loucura... - ela diz me seduzindo.

- Não fala assim não... - ando até ela e a abraço por trás - Antes de ir quero tirar uma foto com você.

Beijo seu pescoço e pego um vestido florido meu no armário de Sofia que dividia comigo, penteio meus cachos então pego o celular. Uma, duas, três fotos, abraçada à minha ruiva, à beijando e ela me abraçando por trás.

- Que horas saímos amor?

- 6:40, 45.

- Tem tempo pra tomar café... Vem!

Eu a puxo até a cozinha logo pegando alguns pães que Martha deixou ontem antes de sair, ainda estavam bons, então como tinha que ser rápido fiz uma torrada com manteiga para nós. Sof me conta que Bia trabalha depois do meio dia, e que até lá eu poderia fazer o que quiser. Estava na hora de sair, pego as chaves de meu carro e vamos até o estacionamento do prédio, a ruiva me entrega o controle do portão e então partimos em direção ao hospital.

- Sabe ir até lá? - ela me pergunta.

- Mais ou menos... - digo um pouco nervosa - Vai me orientar né? - solto um sorriso desajeitado.

Sofia me orientava com as mãos pois ela sempre se confundia ao dizer direita ou esquerda e eu ria dela pois a achava fofa confusa. Então finalmente chegamos na rua do hospital, diminui a velocidade até encontrar o laboratório, desligo o carro e olho minha ruivinha pegando sua bolsa então levanta o rosto em minha direção e eu a beijo demoradamente até ficarmos sem oxigênio.

- Eu te amo moreninha!

- Também te amo ruivinha!

E então ela se despede abrindo a porta do carro e saindo, ao fechar ela acena com a mão direita e manda um beijinho para mim, retribuo da mesma maneira. Triste volto para seu apartamento. Chego 7:25 e me sento no sofá, estava sem ânimo, então resolvi pegar meu violão, meu bloco de notas e meu Notebook. Abro meu e-mail e me coloco em dia, meu produtor me escreve.

"Minha cantora favorita! Me desculpe estragar com sua semana de descanso, mas queria falar com você, me ligue hoje mais tarde, umas 9 horas. Beijão Flávia."

"Rogério! Ah está tão gostoso e romântico aqui onde estou, encontrei uma pessoa que amo muito, tive até inspiração para escrever uma nova canção. Quando eu te ligar te mostrarei... Ou melhor, esteja no Skype!"

Depois de mandar um e-mail ao meu produtor começo a ensaiar minha música para a minha namorada. Toquei até nove horas e então entro no Skype e vejo Rodrigo online, pego meu fone e então ligo por vídeo para ele.

- Bom dia Rodrigo!

- Bom dia Flávinha! Esse não e seu apartamento... É do seu namorado?

- Então Rô... Eu to namorando sim... Mas é uma mulher... - digo envergonhada.

- Arrasou em mulher! - ele brinca com a voz gay dele - Ela está aí?

- Não... - fico triste - Trabalhando... O que queria falar comigo?

- Ah sim! Então...

Ele começou a falar e eu por um momento fiquei super feliz, mas triste porque teria que voltar a me apresentar, eu amo de cantar, mas queria ficar com Sofia. Comecei a tocar e a cantar minha música nova para meu produtor e felizmente e achou muito bonita, com um toque romântico, que possivelmente os jovens apaixonados iriam gostar.

Depois de falar com meu produtor resolvo ficar escutando música, olho no relógio e ainda são onze horas. Comecei a me sentir mal, tontura, me senti fraca, me levantei e fui comer algo mais, fiz um suco de laranja e então me alimento. Passou uns quinze minutos e continuei passando mal, sentimento coração acelerar, não aguentei e fui chamar Bia. Andei me segurando pelas paredes e bati na sua porta.

"TOC, TOC, TOC"

Ela não me ouviu, entro devagar.

- Beatriz! Por favor me ajuda!

- Que foi Flávia?? - se levantou assustada - Meu Deus! Está pálida!

Não aguento mais continuar de pé e caio no chão, desmaiando logo em seguida.

Pov. Beatriz

Estava dormindo tranquilamente mas acordo assustada com Flávia pálida em minha porta, me desesperei, tentei levá-la até o carro de Sofia mas não sabia onde estava a chave, por sorte tinha uma chave logo na mesa, pensei que era a chave de Flávia. Com dificuldade desço pelo elevador com Flávia em meu colo, no estacionamento ando até as vagas de meu apartamento e vejo outro carro ali.

- Que seja esse por favor! - disse a mim mesma.

Apertei o botão para destravar as portas e por sorte era o carro de Flávia, a deito no banco traseiro e me sento no motorista, olho ao redor procurando o controle do portão e ele estava ali, ligo o carro e saio para as ruas. Mesmo com pressa não passo dos limites de velocidade, passam treze minutos e chego no hospital. Estaciono na emergência sem me importar, pego Flávia no colo e tranco o carro com dificuldade, ando o mais rápido possível até a entrada.

- Alguém me ajuda!!! Por favor!!! - eu grito.

- O que houve? - pergunta o enfermeiro! - Tragam uma maca agora!

Em segundos ela estava deitada na maca com três enfermeiros ao seu lado. Flávia respirava normalmente, mas estava com febre, os enfermeiros estão dando soro para minha amiga, estou nervosa nem avisei Sofia ainda. Pego o celular e ligo sete vezes mas ela não atende. Saio de meus pensamentos quando o médico me chama.

- A senhora é da família?

- Não... É a namorada de minha amiga...

- Tem contato dela?

- Sim... Mas ela não atende... Ela trabalha no laboratório aqui ao lado para o hospital. Ela vai ficar bem?

- Estava com baixa resistência, acordará dentro de uma hora, vou entrar em contato com o laboratório... Qual o nome dela?

- A paciente é a cantora Flávia Scarie, sua namorada e a Sofia Rodriguéz.

- Ah a senhorita Rodriguéz! Vou comunica-la...

O médico saiu e como não podia entrar esperei ao lado de fora.

Depois daquele dia... (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora