Depois daquele dia... (Romance Lésbico)

Capítulo 16

Pov. Flávia

Acordei com um barulho na rua, bastante pessoas falavam e gritavam meu nome, me levanto cambaleando ainda com sono quando dou de cara com o relógio vejo que eram 9 da manhã, o interfone tocava e não parava, quando finalmente atendo era meu produtor pedindo para subir junto de Gabriel (guitarrista) e Linsey (tecladista). Em menos de um minuto estavam em minha cozinha tomando café da manhã.

- Tenho boas notícias Flávinha!! Sua música fez bastante sucesso! E você e a Sofia é o assunto do momento!!

Fiquei bastante feliz, eu não esperava que tantas pessoas iriam escutar, em sites de fofoca só se fala de nós duas, Linsey mostra em seu tablet que tem um vídeo de ontem à noite cantando para Sofia. Ficamos horas ali conversando sobre a banda, músicas novas, talvez até novo logo, tentamos encontrar novas ideias. Estava em meio à pensamentos, mal prestava atenção nas últimas coisas que o pessoal dizia, lembrava da noite anterior no bar e no carro, isso não me saía da mente, queria a minha ruivinha aqui.

- Flávia!!!! - todos gritaram tentando me tirar do transe.

- Aí... Calma! Que foi??

- Seu celular...

Me levantei as pressas à procura do meu celular, estava no quarto quando vou pega-lo não tem mais ligação, desbloqueio a tela e vejo

- Ligação perdida de Sofia -

Mas antes de voltar a chamada o celular toca novamente, aquela voz, que linda eu precisava ouvir essa voz estava com saudades de seu toque, carinho, de tudo, quando me disse que tinha fãs e fotógrafos por la eu me surpreendi, quando disse que ia demorar um pouco para voltar quis chorar, mas ela estava no hospital, não podia impedi-la já que ela amava área da saúde. Quando ela teve que desligar voltei para cozinha e eles estavam lá.

- Flávinha! E aí? Topa da um olá para seus fãs? - diz Rodrigo super animado.

Fomos até a varanda de meu quarto e quando olhei o pessoal ali, mulheres e homens com algumas bandeiras pequenas do arco-íris abri um sorriso, acenei pra eles e foram à loucura. Nós quatro ficamos ali conversando por uns cinco minutos, quando todos ali começaram a gritar.

- Canta Flávia!!

Eles me olharam felizes, voltei pra dentro do meu quarto e eles derem um grito de decepção, peguei o violão e Gabriel a guitarra, Linsey queria cantar comigo então voltamos pra varanda e eles gritaram de tanta alegria então começamos a cantar.

Pov. Sofia

A doutora parecida com a Arizona chegou nas crianças e fez alguns testes nelas, suturou a testa de um e a perna de outro, as crianças estavam muito desanimadas, tenho uma ideia mas precisei falar com a doutora e chamar Larissa, fomos até o outro lado da sala e cochichamos, ambas concordavam, uma brincadeira para animar aquelas crianças.

- Vou lá comprar o que é preciso ok Lari? - peguei minha bolsa já saindo, mas algo segura em meu braço.

- O Sofia! Acho melhor não... - ela diz olhando para a porta de entrada.

Ela estava certa, ainda tinha fotógrafos me esperando do lado de fora, entreguei minha bolsa pra ela pedindo que ela não pagasse nada, expliquei tudo o que teria de comprar, se despediu e saiu, sinceramente, alguns fotógrafos perguntaram a ela algo, possivelmente sobre mim, pois apontaram para mim aqui dentro. Voltei para a ala de pediatria e via as crianças de cabeça baixa brincando com algum brinquedo, apenas uma ria e pulava tentando animar os outros.

- Então crianças... Vocês querem brincar de algo? - todos pularam - A tia Lari vai vir com algumas coisinhas para a brincadeira...

- Tia Sofia, que brincadeira?

- Surpresa... Mas enquanto a tia Lari não vem, quero a ajuda de vocês, sabem fazer um chapéu com folha?

Ninguém sabia, então fui ensinar, aos poucos eles já sabiam, ainda faltava fazer mais uma coisa com o papel, mas não sabia como fazer, fiquei olhando e dobrando as folhas até que consegui, fiz mais algumas espadas de papel e entreguei para as crianças, Lari chegou com moedas de chocolate cochichando que iria esconde-las, em cinco minutos ela aparece colocando um chapéu de papel e a espada gritando:

- E então piratas! Vamos encontrar o tesouro perdido?

As crianças começaram a imitar piratas, eu era a inimiga, apontava a ponta da espada para eles e os quatros me lançaram as espadas me impedindo de 'ataca-los'.

- Ninguém vai pegar meu tesouro! - eu grito.

Depois de tanto 'enfrenta-los' eu me rendo.

- Eu me rendo!

- Onde está o tesouro pirata mau?

- Nunca direi onde escondi!

- Vai dizer sim pirata Sofia! - diz Larissa piscando pra mim e apontando a espada em meu peito.

Estava bastante engraçado, ela fez uma careta igual a de um pirata, soltei uma gargalhada mas foi interrompido quando ela passa a ponta da espada sobre meus seios.

- Ok, ok! O tesouro está ali!

Apontei para debaixo do travesseiro, só falei porque percebi o que Larissa queria, me senti desconfortável, aquela cara de que queria me excitar. Era três da tarde, a doutora 'Arizona' nos liberou e as crianças foram dormir, peguei minhas coisas procurando pelos meus amigos que estavam ainda no hospital, não demorou nem cinco minutos e já estávamos colocando os pés pra fora do hospital, os fotógrafos e os fãs me seguiam até o carro de Flávia, por sorte a rua estava vazia, coloco o cinto em poucos minutos estava na rua da cantora e de longe conseguia ver os fãs.

Tinha que colocar o carro na garagem mas se eu abrisse o portão do prédio eles entrariam, ainda ninguém havia me visto, por sorte, estacionei na esquina e fui andando, vi Flávia na varanda cantando a música que me cantou noite passada, fiquei a olhando e andando toda distraída, então ela para e me olha abrindo um grande sorriso e saiu correndo para dentro, vou até o portão e as pessoas percebem que eu estava ali tentando me segurar e tirando fotos.

Vida de famoso não é tão fácil, consigo chegar ao portão mas está fechado, em instantes ela aparece abrindo o portão e me abraçando, me deu um beijinho e cochichou em meu ouvido:

- Saudades amor!!

A abracei com força a ponto de tirar seus pés do chão, seus fãs tiravam fotos e então eu a levo para dentro.

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NÃO DEIXEM DE LEREM.

OBRIGADA.