Capítulo 1

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Hoje é só mais um dia igual a todos os outros. Deixo meu apartamento rumo a agencia, como sempre adiantada uma hora, pois sei que o trânsito nunca está a meu favor. Levo minhas duas pastas de trabalho, uma com contratos do bufett que trouxe ontem pra revisar e outra com os documentos que Roger precisa pra enviar a sede.

Meu trabalho é tranquilo, tanto na agencia quanto no bufett, algumas vezes até assisto alguns ensaios, claro que escondida do Roger. Ele não gosta que eu veja, pois diz que posso tirar a concentração dos modelos, mesmo eu sabendo que é por ciúmes. Já tivemos vários desentendimentos ao longo desses meses por conta do comportamento exagerado dele, mas nada que me fizesse chutar o pau da barraca como diz a Suzy. Ela não gosta dele, desde o dia que soube do nosso envolvimento ela vem me dizendo que não se pode confiar em alguém com um olhar como o dele.

Eu apenas dou risada, minha prima é doida, cismou que ele tem olhos de peixe morto. Disse a ela que acho sexy aqueles olhinhos quase fechados, mas não adianta, ela é terrível quando implica com alguém.

Consegui chegar a agencia às oito horas em ponto e sigo direto para minha sala que também é a do Roger. Abro a porta e percebo que ele está conversando com um homem que aparenta ter passado dos trinta, de cabelos loiros e olhos claros que eu não consigo identificar a cor exata, um típico ''gringo''.

­­­ — Bom dia Roger, não sabia que estava ocupado. Posso esperar lá fora! – o homem levanta rápido e vem em minha direção estendendo a mão para me cumprimentar.

— É um prazer finalmente conhecer a nova funcionaria misteriosa. – observo a expressão irritada de Roger e retribuo o gesto para cumprimentá-lo quando então ele rebate:

— Ela não é misteriosa. Só não vejo motivos para lhe mandar um relatório todas as vezes que eu for contratar alguém, afinal também sou sócio desta empresa. - Seu tom de voz é firme e levemente irritado, mas o homem não se intimida, deve conhecê-lo bem pelo visto.

— Não foi o que eu quis dizer. – volta a olhar na minha direção e conclui.

— Você deve ser a namorada que ele não mostra aos amigos. – olha mais uma vez na direção do Roger com um sorriso debochado e diz: — A Amanda que me contou. E a proposito ela chegara em breve, devemos sair para jantar e colocar o papo em dia.

— Eu imaginei que a Amanda não iria segurar por muito tempo a língua na boca. – Diz Roger ainda demonstrando irritação.

Ainda estou parada em pé na porta sem saber se entro ou saiu quando o homem completa:

— Bom, eu tenho que ir. Até breve! – Saio da porta para que ele passe.

— Você não disse seu nome­ – Falo antes dele fechar a porta.

— Que feio da minha parte. Pode me chamar de Rico, até! – Responde sorrindo e fecha a porta.

— Nem ouse chama-lo pelo apelido, o nome dele é Enrico Turner e também é seu chefe. Portanto, mantenha distância. – Roger me repreende num tom autoritário e extremamente irritante.

— Assim como você! E não me lembro de me dizer para manter distância! – E pronto. Foi o suficiente pra começar.

— O que está querendo dizer? Você se interessou por ele? – Pergunta já alterado.

— Claro que não! Não seja idiota Roger, seu ciúme chega a ser ridículo! – Arrumo minhas coisas na mesa e ligo o computador, não quero continuar, pois sei que essa briguinha dele vai longe.

A sala não é tão grande e nossas mesas são de frente uma para outra, o que torna tudo mais difícil. Trabalho no automático durante toda a manhã e ele não me dirigi a palavra em nenhum momento

Vejo que já está próximo ao horário de almoço e resolvo ceder, alguém tem que dar o primeiro passo e não me admira ser eu a fazer isso.

— Suzy me mandou uma mensagem, não vou precisar passar no buffet hoje. Você que ir almoçar comigo? – Pergunto na esperança de acabar com aquele clima chato.

— Não, obrigado! Vou pedir algo por aqui mesmo. – Diz sem ao menos levantar o olhar.

— Tudo bem. Eu volto à tarde já que não preciso passar no buffet, quem sabe até o final da tarde esse seu mau humor já tenha passado. – digo já indo em direção à porta e antes de fecha-la abuso um pouco em dizer:

— Aproveite e marque o jantar com seus amigos, se quiser pode ser no meu apartamento! – fecho a porta, pois não quero ver o resultado. Ele tem que aprender a confiar mais em si mesmo ao invés de achar que tudo é uma ameaça.


 ღღღ

Olá! Voltei. Como havia dito no recado, estou reescrevendo os capítulos na tentativa de fechar algumas pontas que ficaram soltas e corrigir erros. Claro que ainda vai aparecer alguns erros, pois não sou perfeita muito menos minha escrita.

Espero que gostem das pequenas mudanças que farei e fiquem a vontade para deixar sua opinião ou estrelinha!

Xeru :*

Feita para o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora