Capítulo 17

25 1 1
                                    

E aí quarentenes lindxs?! Espero que vocês estejam bem! Vamos pra mais um capítulo...

Eu só posso ter perdido o pouco juízo que me restava. O que eu acabei de fazer? Devia ter me controlado, que loucura foi essa de beijar o Enrico?
Sacudi a cabeça tentando equilibrar um pouco o misto de sensações que estou sentindo agora.

— Atrapalhamos feio não foi ? - nem percebi que o Henrique voltou pra sala.

— Ainda bem que vocês chegaram. Não sei aonde eu tava com a cabeça! - digo me jogando no sofá e meu amigo me acompanha.

— São coisas da vida, tem mais é que aproveitar. - da de ombros e fico chocada com a reação dele. Achei que iria me zoar até a próxima vida.

— Eu vou é sofrer um interrogatório daqueles. A Amanda não vai perdoar, primeiro o cowboy e agora o Rico. - divago lembrando que minha amiga com toda certeza vai querer saber o que anda acontecendo.

— Você tá bem concorrida em. - ri e contínua. — Pode até escolher. - Lanço um olhar  sério e fechado pra ele que ri ainda mais.

— Me diz agora com que cara eu vou trabalhar com aquele homem por perto? - Henrique me encara sério por alguns segundos e volta a rir da minha cara.

— Com a sua melhor cara de paisagem. - deu o conselho e voltou pro seu quarto.

É, acho que ele tem razão. Vou fingir demência e seguir a vida. Melhor não me importar muito com isso agora.
E também, eu sou uma mulher livre e independente, não devo nada pra ninguém e por isso fico com quem eu quiser.

E é assim que me faço ignorar o que aconteceu e voltou pro quarto. Quero dormir até não poder mais, pois essa semana será bem movimentada.

****

Estamos numa correria só, a coleção da Amanda atrasou um pouco e tivemos que fazer alguns improvisos. O Roger e a Amanda estão ficando loucos de tanto escutar desaforos de Enrico. O mesmo sabe que a culpa não é deles, mas precisa descontar em alguém e eu estou correndo pra esse alguém não ser eu também.

Hoje estamos aqui no estúdio esperando algumas peças que foram prometidas. Já passaram algumas horas e nada deles nos chamarem no camarim. Vejo todos nervosos e eu apenas acompanho com a lombriga solitária que habita em mim.

— Criatura pare de comer. Desse jeito as peças não vão caber! - Dennys reclama e eu apenas ignoro.

Cada um tem a sua forma de ficar nervoso, eu tenho a minha que é comendo o que tiver pela frente.

Do nada a porta abre e aparece um Roger com a cara abatida segurando umas sacolas e caixas.

— Rápido pessoal, não podemos mais atrasar. - Dennys se apreça em segurar as caixas e Henrique segura as sacolas.

Eu largo os bolinhos que estava comendo e corro pra ajudar também. Os minutos seguintes foram de pura correria.
Puxa dali, aperta daqui. E era roupa pro lado, sapato pro outro, maquiagem, cabelo e gritaria.

Eu quero rir, mas também quero chorar. Tem alguém puxando meu cabelo enquanto o Dennys coloca aqueles malditos cílios no meu olho.

— Para de mexer criatura! - levo bronca dele e tento ao máximo colaborar, mas com alguém torturando meu corou cabeludo é impossível.

— Que dor. Pelo amor de Deus deixem cabelos na minha cabeça! - Peço e escuto um bufar atrás de mim.

Essa miserável me paga, nem sei quem é, mas já odeio. Que mulher da mão pesada.

Ficamos mais alguns minutos nessa tortura até que o Carlos aparece nos chamando.

— Tudo pronto galera, vamos? - diz olhando pra mim pelo espelho e fico gelada. Senhor, eu ainda nem coloquei a roupa.

Feita para o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora