Capítulo 2

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Passadas duas semanas e o Roger estava mais calmo, conheci Amanda em um jantar na casa dele, que fez questão de convidar apenas sua amiga. Gostei dela, conversamos muito e até saiamos para almoçar nessa semana.

Durante um de nossos almoços ela comentou que estava criando uma nova coleção de lingeries e fantasias e que gostaria de me ter como modelo. É claro que achei graça.

— Como assim Amanda! Você está louca? – Não consegui controlar uma gargalhada.

— Lógico que não! Você será perfeita para o que estou pensando. A minha cabeça está fervilhando de ideias aqui – Move as mãos em direção à cabeça e vejo seus olhos brilhando em minha direção.

— Olha, eu acho que não da certo. Eu ... ah, qual é Amanda!? Sério que você está com ideias... – Continuo rindo, pois não me vejo em frente às câmeras usando suas peças, mesmo sendo incríveis.

— Lanne, você mesma me disse que a sua profissão ainda não é algo que te realiza. Quem sabe não é isso? Quem sabe você seja boa como modelo? – Ela fala com naturalidade e seus olhos ainda tem aquele brilho de quem esta aprontando algo.

—Eu vou pensar na sua proposta. Prometo! – Digo na expectativa dela esquecer.

— Eu não vou esquecer viu! Não pense que vai me enganar. - Diz voltando a comer como se nada tivesse acontecido e passamos a conversar sobre o desfile que irá acontecer aqui, nesse sábado.

Volto para a empresa e encontro o Roger conversando com o Enrico na sala, deixo minhas coisas na mesa e saio, acho melhor evitar problemas. Passo na copa pra tomar uma água e na volta vejo que está acontecendo uma sessão de fotos, fico espiando discretamente para que ninguém me veja.

Já passaram cinco minutos, acho que já posso voltar para minha sala. Quando estou chegando no corredor vejo a porta abrir e Enrico sai rindo. Deve ter provocado Roger como sempre.

— Boa tarde Lanne! – Fala comigo sem perder o riso.

— Boa tarde, Enrico! – Respondo já chegando próximo à porta.

— Como você suporta o mau humor desse homem? – Pergunta já se recompondo.

— Não sei. – Respondo com sinceridade, realmente não sei como eu consigo aguentar.

— Você é um anjo, só pode! – Volta a rir e vejo a porta abrir novamente. Roger aparece com cara de poucos amigos.

— Eu acho que seu horário de almoço já acabou! – Fala olhando sério para mim.

— Você devia dar exemplo aos funcionários. – Ele repreende Enrico e logo em seguida fecha a porta.

Ignoro o que acabei de escutar e vou para minha mesa, acho melhor não falar com ele agora. Sou uma pessoa calma, não gosto de discutir por besteiras e muito menos com ele, é desgastante. Embora o Roger adore esses momentos eu procuro evitar, mais parece que hoje não será um bom dia.

— Por que não ficou na sala quando voltou do almoço? – Está parado na minha frente com os braços cruzados e uma expressão séria no rosto.

— Eu não entendo você. Quando eu estou no mesmo ambiente que um amigo seu, faz questão de me fazer sair ou não deixar que conversem comigo. Agora quereria que eu ficasse na sala? – Digo espantada pela reação dele.

— Melhor que fique de conversinha com ele na minha frente, do que escondida! – Não acredito que ele está dizendo isso.

— Eu estava voltando da copa, apenas respondi com uma boa tarde! Só isso! – Ainda não consigo entender o motivo dessa reação.

Feita para o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora