3-um ótimo começo.Só que não.

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POR QUEEEEEEEEEEEEEE?

Por que ele não podia ser um mortal comum e insuportável?

Por que tem que ser filho logo da deusa da MAGIA?

Okay, isso não era novidade para Percy. E me pergunto isso enquanto sigo mancando por aí até a Casa Grande, ignorando os campistas me dando ois e depois percebendo que eu não estou nem um tiquinho feliz. Logo no meu aniversário de 14 anos tudo resolve dar errado pro meu lado.

Ao chegar lá, Quíron me dá boas voltas, e já me manda pra enfermaria pra tirar esse treco. Ótimo.

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Ao chegar na enfermaria e estar sentada frente à enfermeira ninfa, Salmácis, ela examina o espinho, depois, me dá um copo com néctar que põe ao lado da cama, e então diz para eu não perguntar se vai doer.

Eu já sei que vai.

Ela segura o espinho com firmeza e puxa numa só força, segundo ela, o único jeito de retirar.

Mas a dor é tamanha que um berro escapa da minha boca, acordando todos que dormiam, e Piper, que estava ali para averiguar(para "conseguir melhores conhecimentos sobre ação dos monstros") apertou os olhos com força.

Depois da primeira parte passar, minha perna começa a latejar e sinto como se tivessem arrancado minha pela a sangue frio, o que pra mim foi exatamente o que aconteceu.

Salmácis faz um curativo e me dá um pouco de néctar pra melhorar mais rápido, me recomendando ficar um pouco ali.

Que ótimo começo o meu. Ó, perfeito.

Bebo o conteúdo do copo devagar e saboreio o gosto de bolo. Na real, ainda acho meio estranho uma bebida com gosto de bolo.

Bom, assim que sou liberada da enfermaria carregada de recomendações de:

1-não correr muito.
2-não treinar nem lutar.
3-não participar de atividades muito perigosas.

E se eu fizer essas coisas, o curativo vai romper e eu vou começar a sangrar e vou voltar pra enfermaria porque aquele maldito espinho tinha pontas viradas pra cima.

Então resolvo ir ao chalé 3.

Ando devagar e mancando por aí em direção ao chalé, quando vejo Lúcia vindo me cumprimentar.

-oi-diz me abraçando.-o que aconteceu com a sua perna?

-apareceu um manticore na minha escola hoje e adivinha? Um semideus novo.

-hm, legal.

-legal?

-você já deveria saber que os monstros adoram se fingir de professores torturadores pra atacar semideuses.

-bom saber disso. Ian já chegou?

-ele fica aqui o ano todo.

-hm. E você?

-eu moro com minha mãe. E pra provar a genialidade dos monstros, um deles se fingiu de namorado da minha mãe pra tentar me matar.

-nossa!

-uhum, como foi o ano?

-razoável.

-à propósito, feliz aniversário!

-como você sabe?

-ouvi Percy falando.

-a ta

-isso ta muito parecendo conversa de menininha.

-no fundo, você sabe que somos menininhas

-não. Somos semideusas menininhas por fora.-retruca sorrindo e fazendo movimentos com a cabeça que eu diria suaves se não fizessem seu cabelo avermelhado chacoalhar tanto.

-hm, bem explicado.

Nessa hora ouvimos o soar de uma concha sendo assoprada.

-hora do almoço. Vamos?

-ah, antes eu quero passar no meu chalé.

-ok.

Observo-a indo até o refeitório e corro para o chalé incrustado de conchas.

Mas, estranho, que ao entrar eu me depare com um mini-ciclope esparramado na cama de baixo.

E não mais estranho seria se eu contasse que ele está brincando com bonequinhos de metal recém-polido.

Com meu susto, deixo cair a mochila a qual estava segurando.

Isso provoca um susto no ciclope, que embora pareça amigável, não me traz boas lembranças.

Ele olha para mim e se levanta, feliz.

-muitissíssíssimo prazer, eu sou Tyson, você deve ser Margo!!

-como sabe meu nome? -pergunto desconfiada.

-Percy falou de você por mensagem arco-íris!

-ãh, p-prazer...

Sua enorme mão sufoca a minha num aperto forte e balança.

-Tyson ter nova irmã! !-da pequenos pulinhos de trmer o chão e md abraça esmagando meus ossos.-irmã.

Contra todos os meus sentidos, acho que gostei dele.

Tyson não fala muito comigo, me dá tempo para arrumar algumas coisas, e enquanto remexo na mochila, encontro o pequeno papel que um ano atrás me fez chorar.

O mesmo rosto, mesmos cabelos, mesmos olhos... (por que afinal estou redescrevendo? Eu já fiz isso)

Minha mãe.

Por mais que Sally seja legal e tal, eu sinto saudade dela, mas preciso de tempo pra ter sentimentalismos.

Coloco a foto no criado-mudo junto com um livro e saio com Tyson para o refeitório.

Sentar com eles é legal, embora Tyson viva perguntando se eu não vou mais comer, até que saímos e vejo Annabeth, que veio algumas horas depois de nós, chegar e beijar Percy no rosto, e os dois saírem de mãos dadas até não-sei-aonde.

Quanta fofura. Acho que vou vomitar arco-íris.

Nossa, me senti muito cruel agora.
Mas eu supero.

Well, sigo para a floresta, acho que pra matar a saudade que senti desse lugar, eu não fiquei muito aqui da última vez, pretendo ficar mais esse ano.

Mas é nesse momento que me lembro de que não vi Cristopher aqui. Alguém viu a reclamação? Ele está no chalé de Hermes?

Vou me informar né...

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Caminhando aleatoriamente por aí...

Percy disse que ele foi mandado para Quíron, que mostrou um vídeo de orientação, e deu uma breve palestra sobre... isso tudo, e o ajudou a tentar descobrir qual poderia ser seu regente. Quíron suspeita que seja Hécate mesmo, e com ajuda de meu irmão, decidiu que deve ser isso mesmo, mas e o mandou para o chalé da deusa depois de contarem o que aconteceu na entrada.

Como os treinamentos de verão começam amanhã, acho que vou pro chalé ler um pouco. Está calor demais aqui.

Ao chegar à casinha baixa e verde-mar, giro caaalmameeente a maçaneta de madeira, parando ao ouvir um murmurinho contínuo de dentro, que para ao som da maçaneta.

Vou até a janela e olho de cantinho, vendo um bolinho de gente em volta de uma mesinha pequena.

O que estão tramando?

Abro a porta devagar e ao entrar, um grito que faz uma bolinha de felicidade dentro de mim se espandir à menção da palavra:

-SURPRESA!!!!

Dita por Tyson, O Ciclope, Annabeth, Percy, Lúcia e Ian, que estão em volta de um bolo.

Mas, assim que terminam de falar, ouço um trovão ribombar no céu, um mínimo sinal de que Hades, Zeus, e Atena não estão felizes por eles estarem no chalé de me pai.

Não é minha culpa se Poseidon não gosta de seus parentes.

-Laurinha

O Semideus Perdido (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora