9-welcome to the morte ao mar

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Certo, agora tínhamos um barco.

E isso era muito estranho.

Porque arranjamos um problema.

Como raios três pessoas dirigiram um navio?

Ian suspira.

-eu sabia. Por que todos os seus planos têm um efeito colateral?

-pare de reclamar. Pelo amor de deus!

-deuses-Lúcia intervém-se bem que eu tenho quase certeza que os deuses não nos amam muito.

Tento pensar em uma solução. De repente me lembro de algo. Algo que Percy disse sobre navios e filhos de Poseidon. Disse que eu deveria me tornar o navio. Mas como...

-ISSO!-exclamo dando um sustinho neles-eu tenho qud me tornar o navio...não. Tenho que me tornar dona do navio.

-quê?-perguntam em uníssono.

-esperem só um pouco.

Me concentro no navio. Penso os seguintes comandos:

Cordas soltem, inflar vela, zarpar.

Ouço os sons de coisas deslizando, panos sacudindo, água mexendo, abro os olhos e estamos navegando. Olhos castanhos de Lúcia estão levemente arregalados.

-o que foi. Isso.

-uma tática que Percy me ensinou. Parece que funciona.

-parece que sim. Então tipo, isso que deve ser espírito de pirata.

-é. Eu só não sei se tenho que me concentrar ou...

No momento em que desvio a atenção, as velas murcham e tudo o que tinha feito volta ao normal.

-é, parece que não. Então, pra onde vamos?

-suspeito que não encontraremos Cristopher no mar, então vamos aonde podem estar os monstros que o raptaram.

- No caso...

-o covil dos monstros-interrompe Ian-é pra lá que temos que ir.

Um clima tenso invade o ar e todos ficam em silêncio. Depois do que parece uma eternidade, Lúcia se manifesta:

-então vamos, tipo, pra San Francisco? Lá é onde tem mais monstros.

-não-diz Ian-eu andei pesquisando. Supostamente, há um lugar que concentra muito mais monstros.

-que lugar?-pergunto

Os dois se entreolham depois respiram e dizem.

-fica perto de Miami, direção para onde estamos indo.

-perto do Triângulo das Bermudas.

Essa doeu.

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Eu nunca fui supersticiosa.

Mas quando você está enfiado nesse mundo tão suspeito, depois de ver, não tem como ignorar.

Por enquanto o mar estava calmo.

Eu podia elaborar um discurso quediaboéístico pra gente voltar, mas sem contar que não funcionaria, por algum motivo meu ódio escolar do Christopher não resiste à exposição à milhares de monstros perto do lugar mais suspeito, tipo, do planeta.

Resumindo, eu me compadeci um pouco.

Acho que eu meio que pensei alto, porque Lúcia vem até a parte onde estou , diz pra eu parar de viajar e corre para ajustar a vela.

O Semideus Perdido (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora