6-eu caio de cara na realidade

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É, estou no meio de um mundo de gente, que observa algo de fora da barreira, e ouve uma testemunha do ocorrido. Uma garota que deve ter uns dez anos, que é cheia de sardas no rosto fala assustada:

- tinha um menino aqui, eu estava saindo do banheiro, ele estava saindo do acampamento. Eu o disse pra ficar dentro, mas ele n-não me ouviu, eu corri pra contar à Quíron, aí ouvi um grito dele, e o vi s-sendo arrastado pra longe da minha visão. -fala rápido a garotinha.

Quíron a ouvia atentamente enquanto sr. D dizia que não ia fazer falta.

Mais tarde, descobri quem o capturado era. Isso mesmo.

Cristopher Launter.

Senti um pouco de pena, imagine ser arrastado por o que deve ser um monstro pra longe...

Não posso dizer que ele mereceu, embora quisesse poder dizer isso.

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Era o meio da noite.

Eu não pregara o olho uma vezinha só.

Eu precisava dormir.

Mas eu sabia que se dissesse a mim mesma pra dormir, não dormiria.

Porque não existe um botão que indique "ok Margo, agora você vai dormir."

Como nada melhor tinha a fazer, fiquei observando uma pedra cor-de- esmeralda em meu dedo.

Uma pontinha de sol finalmente surge, e ouço batidas baixas na porta.

Caminho pesadamente carregando minhas olheiras de panda e abro uma fresta.
Ah, é a Lúcia. Ela está olhando para os lados como se esperasse que um babuíno a atacasse.

(De onde eu tiro essas comparações? )

-Margo. Rápido. Preciso que venha comigo.

-(uaah) por quê? Eu estou muito cansada.

-e eu estou muito apressada. Vem logo!

-só espera eu trocar de roupa pelo menos? E o meu cabelo deve parecer que pus o dedo na tomada.

-ai, ta, mas anda logo, antes que alguém nos veja! -disse num meio sussurro meio grito. Acho que ela estava sussurrogritando. E soou meio ameaçador.

Rapidamente, ponho qualquer roupa no banheiro, faço os primeiros socorros no meu cabelo ainda curto, e saio para o ar não tão quente da manhã ainda meio escura.

-anda, demorou até demais. Ainda bem que Quíron acorda mais tarde.
-assim como todo mundo. Todos estão dormindo, e era isso o que nós deveríamos estar fazendo.

-pegou uma mochila?-disse ignorando meu comentário.

-pra quê?

-affe. Entre denovo, e pegue sua mochila.

-eu to boiando.

-eu conto depois. Temos que nos apressar.

Volto ao chalé e pé por pé chego até minha mochila. Saio e fecho a porta beem devagar.

-certo. Agora vamos para a praia.

-por quê?

Ela me ignora e vamos até o mar que fica em um dos limites do acampamento. Onde está Ian e Rachel, o oráculo que fez participação especial nos meus sonhos ano passado.

-o que raios é isso aqui?-indago ainda sonolenta.

-eu conto, mas só se deixar os comentários pra depois da explicação. -responde o filho de Zeus à minha frente.

O Semideus Perdido (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora