Capítulo 37 "Bem vindo, baby!"

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[ Christopher ]


Assim que cheguei a JH Engenharia, em Boston, fiz a entrevista e fui aprovado. Vibrei muito por ter conseguido. Liguei para Jessie para dar a boa notícia e ela ficou muito feliz por mim e desejou boa sorte. Porém, não foram os poucos dias que imaginei. Na verdade, o projeto duraria três meses. Três longos meses! Sinceramente fiquei muito bravo a princípio, e assim que pude telefonei para Jessie para informa-la sobre a mudança de planos. Ela não apareceu muito contente pela extensão do período, mas soube compreender o meu lado. Pois bem, quando recebi a ideia do projeto nas mãos fiquei mexido pelo fato de ser algo que agora entendo o valor. Ser pai abre nossos olhos. Construir uma escola infantil em Baltimore seria muito prazeroso. Com a companhia do engenheiro chefe, desenhei a planta e discutimos com o restante da equipe o que precisava ser feito. O que pensei ser uma tortura foi justamente o que serviu como oportunidade para crescer um pouco mais como pessoa. Infelizmente não pude fotografar o andamento da obra, mas cada vez que chegava no hotel, antes de desmaiar de cansaço depois do banho, ouvia os pequenos sons de Molly ao telefone. Aquilo dava-me mais forças e empenho para continuar e suportar a saudade.

Durante a última semana que estou em Boston meu chefe, Carlson, pediu-me para indicar alguém de confiança que pudesse se juntar a nós num próximo projeto. A principio não me recordei de ninguém, mas depois uma pessoa me veio a mente.. Hunter, o amigo de Jessie e namorado de Miriam.

Sei que ele é mais sociável que Joseph, mas sou o rival do seu melhor amigo então... Não sei se ele aceitaria. De qualquer forma, Carlson pede que eu vá pessoalmente falar com Hunter e fazer a proposta; e se fosse aceita, que lhe transmitisse as orientações da empresa. Com sorte consigo reservar um voo para a tarde. Calculo que chego na hora do jantar. Então aproveito para fazer uma surpresa as minhas meninas. Após algumas horas de voo me sinto cansado o suficiente para dormir em pé, mas a ansiedade de ver Molly e sua linda mãe animam esse jovem engenheiro. Ainda no aeroporto procuro uma floricultura, pois não quero chegar de mãos vazias. Compro um lindo buque de rosas variadas. Sei que rosas são as preferidas dela e para minha pequena compro um ursinho marrom felpudo de laço rosa no pescoço. Pego um taxi e indico o endereço. Jessie meu bem, estou chegando!

Minutos depois o carro estaciona em frente à casa. O taxista me ajuda com a mala até a porta, onde pago a corrida. Ele agradece e me deixa sozinho de cara com a porta. Arrumo o buque numa mão e o urso embaixo do braço para tocar a campainha. Parece que estou naqueles comerciais do dia dos namorados. Estou nervoso.

Ouço passos vindo à porta. Deus tomara que seja ela! A porta abre e sorrio. É ela.

- Surpresa!? - Digo vendo-a arregalar os olhos e sorrir em seguida.

Creio que Jessie está se adaptando a minha nova aparência já que estou com o cabelo mais arrumadinho e um pouco de barba cobre o maxilar.

- Chris! - Ela diz meu nome em voz alta antes de me surpreender ao se pendurar no meu pescoço, me fazendo perder um pouco o equilíbrio. - O que faz aqui? Você não deveria estar em Boston?

Depois de abraçá-la forte e beijar seu rosto respondo a pergunta:

- Bom, meu chefe pediu pra resolver umas coisas para a empresa, mas preferi passar aqui pra te ver e ver nossa menina antes de ir pra casa. - Falo. - Você está linda! Gostei do que fez no cabelo. - Reparo que está com luzes mais claras do comprimento as pontas.

- Obrigada! Também gostei do seu visual novo... De barba... -Ela diz baixinho, tocando meu rosto com a ponta dos dedos.

- Você gostou mesmo? - digo no mesmo tom

Mais uma chance - Duologia *Livro 1*Onde histórias criam vida. Descubra agora