Surpresa?

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Sr. Gray me encara, não sei se esta zangado ou surpreso, então espero sua reação, se passa alguns segundos até ele falar:

- Vampiros? Tem certeza?

- Sim, tenho, são fortes, rápidos e sabem os pontos fracos de cada pessoa. Seriam bons aliados.

- Eles não são confiáveis. Matam sua própria espécie, e além de tudo matam seres humanos.

Sr. Gray se levanta e caminha de um lado ao outro, pensando, eu então digo:

- Sim, eles são criaturas muito horríveis, mas se eles ainda existem, significa que ainda são dignos de viver.

Sr. Gray para, me olha e diz:

- Pode até ser, mas se descobrirem o quanto você é poderosa, vão tentar de varias formas usar esse poder.

- Pior que as Bestas eles não vão ser, você me treinou para conseguir me defender de tudo que possa tentar me atingir. Confie em mim, vou ficar segura e ainda conseguir me aliar a eles, mas eu só posso se você me ajudar. - Eu olho para ele tristemente.

- Quer encontra-los não é?- ele suspira e volta a se sentar.

Eu afirmo com a cabeça.

- Bem, existe um clã vivendo na cidade New World, que fica depois da cidade próxima a aldeia, mas antes de ir encontrar os vampiros- ele pausa e me olha - você vai passar um tempo na cidade junto com a matilha de Zeke.

- O quê? - eu me levanto e coloco as mãos na cintura.

- Não adianta fazer cara feia - ele diz calmamente - Você deve aprender a conviver socialmente com os humanos, para que não percebam que você é diferente deles.

- Você tem razão, mas não fico lá por mais de um mês!

- Tudo bem.

Somos interrompidos pelo chamado de Mia e saímos do escritório.

Não estava brava com Gray, entendia o que ele queria fazer, queria que eu tivesse tempo, para espionar e achar uma maneira de me aliar aos vampiros, ao mesmo tempo em que aprendia a viver entre os seres humanos. Quanto às fadas? Elas poderiam esperar.

Entramos na cozinha, e nos sentamos, durante o almoço comemos a comida maravilhosa de Mia enquanto ela conta as novidades. Quando terminamos, Gray pega o telefone e vai para o escritório falar com Zeke sobre a minha ida, e eu ajudo Mia a limpar e organizar a cozinha.

- Então, vai tentar se aliar aos vampiros e as fadas. - Era mais uma afirmação do que uma pergunta.

- Sim, eu vou.

- Já lhe contei como seu pai se transformou em lobisomem, não é?

- Sim. - Eu me lembrava sobre isso, meu pai também havia me falado.

A magia dos Guardiões vinha de Kyurem e nós éramos muito poderosos, poderíamos nos tornar varias criaturas e havia duas maneiras da mutação ocorrer, a primeira seria a transformação normal da espécie, como aconteceu com meu pai que foi mordido por um lobisomem e na primeira lua cheia se transformou, e a segunda maneira seria por sangue, como eu, sou fada pois minha mãe era uma fada e lobisomem pois meu pai era um lobisomem, é um pouco complicado, pois posso ser as duas coisas e eu controlo quando quero mudar de forma, quando quero ser humana,fada ou lobo, mas eu também preciso manter as minhas duas outras formas estáveis, para que sempre que eu me transformar nas criaturas eu esteja forte e com boa saúde, por isso tenho que comer muita carne para manter minha parte lobo e tomar muita água com açúcar para manter meu lado fada, o qual é estranhamente incrível, eu fico mais parecida com minha mãe e meu corpo fica totalmente simétrico, Zeke uma vez brincou comigo enquanto treinavamos dizendo que eu poderia me tornar uma modelo de sucesso se arrumasse um jeito de esconder as asas, eu havia brigado muito com ele aquele dia, minhas asas eram um dos meus xodós e eu as amava, com uma luminescência rosada elas faziam parte da minha existência e eram uma arma secreta em minhas táticas de luta,do outro lado do meu ser havia minha parte lobo que até hoje continuava normal pois ainda não havia me transformado a luz da lua cheia. Eu fico curiosa com a pergunta de Mia e lhe pergunto:

- Por quê?

- Não fica preocupada se for mordida por uma criatura maligna e tiver que se desfazer da sua alma para proteger Kyurem? – ela diz preocupada.

- Não penso muito nisso, talvez eu consiga bloquear a magia e não me transformar na criatura. – eu minto para não lhe deixar aflita.

Ela suspira e fala:

- Tenho medo de te perder, você é como filha para mim, eu te amo tanto. - ela me abraça e lágrimas caem dos meus olhos, eu a abraço forte.

- Também te amo Mia, você é a minha segunda mãe.

Gray chega na cozinha e fica nos olhando.

- Desculpe interromper, mas vim avisar que Zeke esta vindo lhe buscar, amanhã vocês vão para a cidade, e já vamos deixar tudo pronto para você ir para a escola.

Eu fico perplexa.

- Escola?!

- Isso mesmo, não há forma melhor para você se adaptar a vida como uma humana comum.

HEARTS DRAGON: Zoey a última GuardiãOnde histórias criam vida. Descubra agora