Justin Bieber Narrando
Eu observava à minha frente, sem entender o real motivo da sua visita. Há algum tempo que eu não o via, apesar de sentir sua falta, a surpresa da presença dele ali foi grande.
— E então, não vai me convidar para entrar? — perguntou franzindo a sobrancelha.
— Claro! — abri um pouco mais a porta. — Só estou um pouco surpreso em ver você aqui.
Ele sorriu e balançou a cabeça.
— Quer dizer que eu não posso mais visitar o meu melhor amigo? — indagou fingindo-se de magoado. Sorri. Era bom saber que depois de tanto tempo, ele ainda me considera seu melhor amigo, porque na minha opinião, ele sempre seria o meu. Sei que nos últimos tempos eu havia deixado de lado todos e também sei que precisava tomar essa decisão. Porém o meu medo é que eles não soubessem. Não entendessem que meu afastamento era preciso não só para mim, mas para eles também.
— Não é isso Ryan. — expliquei. — Aconteceu algumas coisas, mas se não me engano eu acho que eu deixei claro que era minha intenção se afastar de tudo.
— É você deixou bem claro Justin. — assentiu. — Porém não explicou droga nenhuma. Eu liguei para a sua mãe e conversamos. Ela disse que você precisava de um tempo, pois bem, todos os seus amigos tentaram te dar esse tempo que você precisa. — suspirou. — A questão é que tiramos o palitinho quem teria coragem de te procurar, já que todos estavam com medo de que você não falasse com ninguém.
— E você azarado como sempre foi o grande sortudo. — debochei.
— Pode debochar. — sorriu. — Você sabe que sempre tem volta. Escuta, você não tem cerveja não? — neguei a cabeça risonho.
Fui até a geladeira e peguei uma cerveja, voltei para sala vendo Ryan esparramado no sofá e sorri. Fiquei feliz em saber que nossa amizade não mudará em nada e que ele continuava a vontade. E espero que depois que ele descubra o que aconteceu não mude comigo.
Ofereci a cerveja a ele que aceitou de bom agrado.
— Você por acaso não bebe mais? — perguntou confuso.
— Resolvi parar — eu não ingeri bebida alcóolica desde que o médico me recomendou. Segundo ele, quanto mais eu ficasse longe de substâncias como álcool e drogas, mais fácil seria o tratamento. Não que eu usasse a segunda opção. Porém confesso que eu sempre gostei de todos os tipos de bebidas, principalmente nos finais de semana.
— Não vai me dizer que engravidou. — comentou jogando a cabeça para trás e rindo. Revirei os olhos. Bem na minha frente estava o mesmo idiota de sempre. — Você já pode me contar tudo o que está acontecendo.
Suspirei. — Eu e Emma terminamos.
— Eu nunca gostei dela mesmo. — deu de ombros e deu um gole da sua cerveja. — Você sabe disso, desde a época da faculdade.
Assenti. — Mas é que cara... — tentei falar, mas parei no meio da frase. Eu não tinha o que falar.
— Você amava ela. — terminou minha frase. — Apesar de não gostar dela, era obvio o que vocês sentiam um pelo outro Justin e você pode não saber, mas isso inspirava qualquer pessoa. Emma podia ser o caralho à quatro, mas amava você assim como você amou ela.
Concordei com aquelas palavras, nem todos os meus amigos gostavam de Emma. Nunca soube o motivo, mas isso nunca interferiu na nossa relação, era uma das coisas que eu mais gostava nela. Nunca se deixava abater pela opinião alheia. E quem namorava ela era eu e não os outros.
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AIDS
Fanfiction(Fanfic concluída) (J.B) Cada badalada no ponteiro significa um minutos a menos que ele possui. É doloroso viver assim. Afinal, quem consegue? Quem aguenta acordar todos os dias sabendo que está um passo mais perto da morte? Justin sabe que não irá...