(Fanfic concluída) (J.B) Cada badalada no ponteiro significa um minutos a menos que ele possui. É doloroso viver assim. Afinal, quem consegue? Quem aguenta acordar todos os dias sabendo que está um passo mais perto da morte? Justin sabe que não irá...
AVISO: Preparem os lencinhos! Chegamos ao último capítulo, e eu só quero agradecer a todos que me acompanharam até aqui. Faz dois anos que comecei essa história e finaliza-la me da a sensação de dever cumprido. E tristeza também, porque é hora de seguir em frente :( Espero que não me matem. Espero que tenham gostado. Espero que continuem me acompanhando nos meus novos projetos. Boa leitura!
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Enquanto eu afundo na areia
Vejo você escapar por entre minhas mãos
Oh, enquanto eu morro aqui outro dia
Porque tudo que eu faço é chorar por de trás desse sorriso
Emily Donovan Bieber Narrando.
Seguro a mão de Justin enquanto ele pisca fraco para mim. Sei exatamente o que ele quer dizer pelo olhar, mas sorrio negando.
— Não, você não vai morrer — acaricio sua mão. — E para de tentar se despedir assim! Quinze anos e você ainda faz isso!
Justin continua com o mesmo olhar, ele agora tenta tirar o respirador, mas não consegue.
— Você sabe que não pode! — advirto. — Pare de ser teimoso, Justin! Quanto mais você resolver teimar, mas tempo vai passar aqui — digo. Seus olhos piscam cansados. Ele parece tão abatido e sem ânimo, não consigo fazer nada para mudar isso e isso me quebra. Vou em direção a minha bolsa e tiro duas folhas. — Brandon fez um desenho para você e Alabar uma carta — sorrio. Mostro o desenho para Justin e seus olhos piscam parecendo brilhantes. — Papai, espero que fique bem logo para brincar de boneca comigo e jogar futebol com Brand — leio para Justin. O monitor mostra seu coração acelerando o suficiente para que eu note. — As crianças estão com saudades de você — digo. Justin continua piscando. — Eu sei que você está com saudades delas também, querido — sorrio.
Meu olhar não desvia de Justin. Sinto meu coração se despedaçar cada vez que o vejo nessa situação. Em todos esses anos, Justin passou por inúmeras internações. Houve um ano em que todo mês ele estava no hospital, outros que ele estava completamente bem. Nós parecíamos viver em uma constante montanha russa. Mas um pequeno sorriso se abre em meu rosto, porque eu não trocaria o que vivi com Justin por nenhuma outra coisa no mundo.
Nós visitamos Machu Picchu. Mergulhamos com um tubarão. Vivemos um mês em uma tribo indígena na Amazônia e até mesmo conhecemos Serra-Leoa, na África Ocidental. Nós conhecemos J.K Rowling e ela até mesmo tornou-se amiga de Justin depois de incentiva-lo a escrever um livro sobre sua vida. Um livro que foi muito bem recebido pela crítica e acabou rendendo a Justin o National Book Award – um dos prêmios literários mais importante dos Estados Unidos – colocando-o na lista de principais autores revelações.
Justin fez questão de realizar todos os desejos de seu amigo Brandon, menos um.
Há alguns anos atrás, nós provavelmente iriamos rir da possibilidade de Justin ser um escritor. Mas ele fez isso tão bem que era quase como se tivesse nascido para isso. E essa se tornou a maior qualidade de Justin, sua dedicação a tudo o que fazia o tornava sempre bom nas coisas.
