Cap.4❤

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*( Letícia na multimídia )*

Acordei tarde, já deviam ser umas 10:00. Levantei, tomei meu banho, lavando bem os cortes e coloquei uma blusa de manga comprida, short jeans e meu vans preto.

Fui para a cozinha e encontrei meu irmão jogado no sofá da sala, dormindo como uma pedra. Tomei meu café da manhã, e marquei com meus amigos para nos encontramos no parque. De repente, meu pai entra em casa. Ele está mal, sua roupa está toda amassada, assim como seu cabelo. Ele me olha, dá de ombros e vai em direção ao seu quarto.

Além de acabar com a minha vida, resolveu me ignorar? Ótimo.

Tomei meu café e fui em direção ao parque.

(...)

Cheguei no parque e todos já estavam lá. Mariana falando com Filipe e Letícia, enquanto Augusto estava sentado na grama, só observando a paisagem. Sentei perto dele e o cumprimetei com um abraço.

- Tudo bem? - ele me perguntou. - você foi embora cedo ontem.

- Na verdade, preciso falar com você, aliás, com todos vocês. - eu disse e todos olharam para mim.

- O que aconteceu? - Mari me pergunta. - Você está bem?

- Olha não sei como vou dizer isso.....

- Fala logo! Já está me deixando nervosa. - falou Letícia.

- Ok. Eu vou me mudar. - eu disse. Na verdade, foi mais um sussurro.

- Oque? - Filipe perguntou.

- Eu vou me mudar! - eu disse, dessa vez bem alto. Vi todos me olharem com uma cara estranha, como se estivessem tentando acreditar no que ouviram.

- Isso é sério? - Filipe falou novamente.

- Sim. Meu pai me disse que vamos nos mudar. E pelo visto, é para longe. - eu falei e senti uma lágrima escorrer. Letícia veio até mim e a secou, me abraçando.

- Isso não pode ser verdade. - ela choramingou.

- Infelizmente é. - eu respondi.

- Você não pode ir. - Filipe se pronunciou.

- Como vou ficar sem você minha deusa? - Mari falava enquanto tentava não chorar. - Diz que é brincadeira.

- Quem me dera fosse. - eu respondi abraçando-a.

- Você não pode ir. - Augusto falou. Foi a primeira vez que ele falou, desde que eu dei a notícia. Ele não olhou nos meu olhos, estava de cabeça baixa e fitando o chão.

- Eu não tenho escolha. - falei chegando perto, mas ele recuou como se eu tivesse uma doença contagiosa. Isso me machucou.

- Você......Eu não acredito. Você não pode fazer isso com as pessoas! - ele disse ainda fitando o chão. Todos o olharam com espanto, inclusive eu.

- Do que você está falando? - eu perguntei. Tentei chegar perto e ele recuou mais uma vez. Isso estava acabando comigo.

- Eu já disse! Isso é tão injusto. Você não tem o direito de fazer isso. - ele respondeu e saiu correndo.

Completamente sem reação, eu olhei para os meus amigos em busca de respostas, mas eles não acreditavam assim como eu. Ele tinha me deixado. Sem olhar nos meu olhos. Sem dizer adeus.

Minha vida no papelOnde histórias criam vida. Descubra agora