Cap.1❤

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Acordei às 7:00 da manhã com o meu despertador basicamente tentando explodir meus tímpanos. Hoje seria meu primeiro dia de aula naquele inferno chamado EAS.
Tomei meu banho, fiz minha higiene e coloquei minha roupa pro colégio. Uma calça jeans rasgada, blusa branca qualquer, e um tênis all star fizeram com que eu me sentisse pronta.

Desci para a cozinha e vi meu pai tomando café. Minha mãe, ele é eu tínhamos morado na Europa durante minha infância, por isso, passei quase ela toda fora do meu país. Depois de mãe teve câncer no pulmão e acabou falecendo dois meses depois que eu completei 13 anos.

- Bom dia pai. - eu disse entrando na cozinha.

- Oi. - ele respondeu sem tirar os olhos do jornal.

Depois desse diálogo incrível, fui andando até a escola. No caminho, encontrei minha melhor amiga Manuela. Nos conhecemos assim que eu voltei para o Brasil e ela não gostou muito de mim no início, me achava uma gringa mimada. E bom, pra falar a verdade, eu era.

- E aí Bi? Tudo bem?- ela disse me abraçando.

- Na mesma. Você viu o Augusto?

- Não. Ele deve estar atrasado. - ela respondeu. Augusto era nosso melhor amigo, ele sempre nos acompanhava até o colégio, a não ser que tenha passado toda a madrugada jogando.

Quando chegamos na escola, escuto alguém me gritar. Quando olho para trás, vejo o Matheus correndo na nossa direção. Ele pula em cima de mim, literalmente, e eu sou lançada de encontro ao chão.

- Você tá maluco? - eu pergunto tentando me levantar.

- Claro que não, isso se chama saudades. - ele fala e Letícia ri. Quando me levanto, nós vamos para sala e encontramos o resto dos nossos amigos.

O professor chega e ao mesmo tempo, Augusto entra na sala. Ele me cumprimenta com um beijo na bochecha e senta ao meu lado. A aula passa normal, ou seja, chata. Depois de dois tempos, finalmente chegou o intervalo.

Vou correndo em direção a cantina e peço meu lanche. Quando pego,vou em direção a mesa dos meus amigos, mas sou empurrada e caio no chão com tudo.

- Olha por onde anda. - diz Nina. Ela é a maior idiota que já pisou nesse colégio. Mas, - infelizmente ou não - é a ela que todos os garotos desejam.

- Eu não tenho culpa se você é cega.- eu digo me levantando.

- Ta achando que é quem garota? - ela diz debochada.

- Alguém sem tempo pra suas provocações. - falo e saio andando antes que ela diga mais alguma coisa.

- O que aconteceu? - diz Augusto sentando ao meu lado, junto com a Letícia.

- Aquela vaca me empurrou no chão.

- Ela é insuportável mesmo. - fala a Mari na minha frente com o Filipe.

- Mais è gostosa. - ele diz e Mariana bate na cabeça dele, tirando uma risada do grupo.

(...)

Depois da escola, volto para casa e não encontro meu pai. Vou até a cozinha e o vejo de costas.

- Oi pai, cheguei. - eu digo sem muita animação.

- Recebi uma ligação do seu colégio hoje. Que história è essa de discussão no almoço? - ele pregunta sério.

- Nada demais. Não se preocupe. - digo. Ninguém merece. Ele quase não fala comigo, e quando fala é para brigar. Fala sério.

- Você está de castigo. - ele diz.

- Como assim? Você não pode fazer isso! - eu falo com raiva.

- Claro que posso. E se reclamar, vou te proibir de trazer aqueles moleques aqui.

- O Augusto e Filipe? Eles são meus amigos! Sabe que eu nunca tive muitos amigos, e quando eu arrumo o senhor não me deixa trazer eles aqui em casa? Você não pode fazer isso! - eu gritei e subi para o meu quarto.

Droga!

Que saco. Detesto quando ele faz isso, queria desaparecer. Se eu conheço os castigos do meu pai, eu não vou poder sair e terei que ficar em casa, fora a surra que provavelmente irei levar. Sempre que ele me deixa de castigo, me bate. Eu nunca falei isso para ninguém, não acho que exista algo para ser feito. Lembro de uma vez que ele me bateu tanto que fiquei dois dias sem sair de casa, para meus amigos não vissem as marcas. Com o tempo, ele passou a me bater em lugares que não sejam visíveis. Ele mudou muito depois que a minha mãe morreu. Passou a ser violento e..... distante.

Vou até o banheiro, tomo meu banho, visto meu pijama e deito na cama. Boto na minha playlist e começa a tocar alguma música do panic!. Depois de um tempo, durmo pensando no quão a minha vida podia ser diferente, daria tudo pra sumir do inferno pessoal de Bianca andrade.

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Oi galera! Essa é a minha segunda história. Deletei minha outra pois estava sem idéias, mas vou investir muito nessa. Espero que gostem, votem, comentem e divulguem para seus amigos.

Abraços e até vo próximo capítulo

Minha vida no papelOnde histórias criam vida. Descubra agora