Capítulo 11

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Enquanto o seguia para a fora do quarto de hotel, ele segurou a porta aberta para ela como um cavalheiro. O silêncio encheu o corredor e eles caminharam lado a lado abraçando a electricidade estática que se formava na bolha calma em que se encontravam.

Uma onda de entusiasmo apareceu no seu estômago e veias. A incerteza do seu tempo gasto com ele, coçava até aos ossos. Quem sabe o que iria acontecer com ele? Ele era um mistério.

Uma vez lá fora, chegaram ao seu luxuoso carro desportivo, um pequeno som agudo indicou que o carro tinha sido desbloqueado. Quando ela entrou para o lado do passageiro e agradeceu-lhe pela por abrir a porta para ela, ela afundou. Couro preto revestia o interior e um painel de controlo complicado revestido com  uma pequena tela botões e luzes compunham o sistema de áudio. Ela fechou os lábios sabendo que estava a olhar estupidamente para os aparelhos impressionantes e a admirar o seu bom gosto em automóveis. Damon deslizou para o banco do motorista e apertou um botão para ligar o motor. Outra onda de excitação inflamou com a proximidade entre eles. Este era o mais próximo que ela já tinha estado com ele. Iniciando a marcha, ele avançou e e preocupou com a tela na sua frente, percorrendo com os dedos pelo que parecia uma lista de reprodução. As palavras Howlin For You por The Black Keys brilharam e a música ecoou pelas colunas de som.

"Se tu não gostares da música, eu posso mudar." Ele anunciou e empurrou o carro para a estrada. O uso da primeira pessoa no seu discurso era estranho, nunca antes ele lhe havia falado assim, o que era fascinante.

Sendo empurrada para trás no seu assento, ela inalou o mesmo ar que compartilhava com ele. Ela deixou cair os ombros, libertando a tensão acumulada e respondeu. "Não, por mim está bem." Elena olhou para a paisagem fora da janela. "Eu não tenho preferências quando se trata de música."

"Eu acho isso difícil de acreditar." Damon observou.

"Porquê?" Ela perguntou virando-se para olhar para ele. O seu olhar de lado enviou-lhe calafrios para a espinha. Ele estava tão perto.

"Todos preferimos alguma coisa. Só pode levar tempo a perceber o que é." A sua escolha de palavras tinha algum duplo significado que ela não sabia justificar qual.

"Será que isso tem a haver com essa coisa toda que tens sobre controlo?" Elena sugeriu em um não filtrado pensamento em voz alta. O sorriso no seu rosto não mostrava qualquer sinal de irritação ou desprazer, o que significava que ele não se importava com a sua pergunta explosiva.

"Saber o que gostas, dá o controlo de saber o que tu queres e como o obteres." Damon conteve um sorriso e respondeu. Quando ele entrou na curva acentuada, o The Grill veio à tona. "Então sim, Elena" Ele falou com firmeza. "As preferências têm tudo a haver como o controlo. Vejo que ainda te lembras da nossa conversa no escritório."

"Entrevista." Elena corrigiu. "E sim, como poderia eu esquecer?"

Como é que ela poderia esquecer essa experiência traumática? O constrangimento permanentemente ligado a ela que agora estava costurado na sua memória era um coisa que ela desejava poder apagar. E ainda depois de tudo, aqui estava ele no mesmo carro que ela  pedindo-lhe para tomar uma bebida. Claramente, a sua tentativa falhada de uma entrevista não o tinha afastado completamente. Na verdade, tinha feito o oposto.

Estacionando num local vago no estacionamento do The Grill, Damon desligou o motor e rapidamente saiu do veículo. Antes que ela pudesse agarrar a maçaneta da porta do carro, ela abriu-se na velocidade da luz. Jesus, ele foi rápido!

"Está tudo bem por ser aqui? E sei que trabalhas aqui e tudo..."  Damon olhou para o sinal cintilante acima da porta. "Está tudo bem." Elena forçou um sorriso. O seu local de trabalho não era propriamente o local ideal, no entanto, ela estava com ele e isso era tudo o que ela queria. A localização era a menor das suas preocupações.

Fifty Shades of Salvatore (PT-PT)Onde histórias criam vida. Descubra agora