Capítulo 29

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O Acordo.


O Acordo de Não Divulgação Salvatore.

Ele estava esparramado pelo chão, em forma de leque mantido junto por um clipe de papel grosso prateado. Apertando os lábios Elena, sabia que precisava de discutir o que lá estava descrito. Todas as linhas e todos os pedidos estranhos, uma negociação estava prestes a acontecer.

"Sim" Elena enrolou o cobertor no seu corpo mais apertado não deixando um centímetro de pele abaixo da sua clavícula exposta. 

Os seus olhos azuis famintos estavam sobre ela quando ele deixou de passar os dedos pelo seu cabelo e agarraram o cobertor cobrindo o seu braço. "E?" ele perguntou antecipando as perguntas sem fim que estavam preste a ser libertadas por ela. O sorriso torcido de prazer residia no seu rosto e ela não podia deixar de sentir a tensão crescendo dentro dela novamente.

Oh Sr.Salvatore, as coisas que eu quero fazer contigo. Ela pensou deixando a frase divagar na sua cabeça.

"E eu quero negociar." Ela respondeu num tom firme sabendo que a sua única maneira de ter a certeza que iria ser ouvida era ficando forte também.

"Negociar?" Ele inclinou a cabeça para o lado não deixando a sua expressão excitada desvanecer. "Bem. Esta é a primeira vez. Continua."

"Eu quero tirar a compulsão. Tu disseste que não o irias fazer comigo, a menos, que eu decidisse não assinar." Ela disse olhando para os desenhos no cobertor.

A resposta ao seu primeiro pedido de alteração do acordo foi recebido com silêncio. Damon concentrou-se enquanto pensava na sua proposta. Era como se estivessem numa reunião de negócios, mas nus. A memória do estômago revolto na entrevista onde eles se encontraram pela primeira vez penetrou a sua mente e ela encolheu-se. Ela deveria estar agradecida por esse dia vergonhoso caso contrário ela não estaria sentada enrolada debaixo de um cobertor em frente a Damon em primeiro lugar.

Um sorriso mascarado saltou sobre a sua cara. 

"Nada de compulsão a menos pela razão óbvia." Ele disse em poucas palavras. Elena entendia as consequências de se por ventura ela o deixasse, nunca seria capaz de recordar os momentos gloriosos que tinham compartilhado juntos. Ela não queria isso. Ela sabia que estava ali para ficar, pelo menos por agora.

"O que mais?" Damon perguntou inclinando-se para trás no sofá deixando o cobertor que cobria o magnífico corpo deslizar para baixo sem mácula deixando o osso da sua anca piscar para fora.

"Bem" Elena pensou sobre os outros pedidos detalhados."Toda essa coisa da alimentação. Essa coisa de sangue, não é realmente a minha praia." 

"Senhorita Gilbert, eu sei que não estás interessada na ideia e o pensamento de eu te magoar ainda é inegavelmente traumático. No entanto," Ele curvou os seus lábios para cima e falou num tom de negócios ainda sedutor. "Tu deves perceber que eu preciso de comer algo mais do que um coelho ou bolsas de sangue roubadas."

Bolsas de sangue roubadas? Animais? Era este o suplemento para não se alimentar de sangue humano directamente da veia? Curiosamente, Elena soltou uma risada com a ideia de um vampiro a alimentar-se de qualquer coisa, que não um ser humano. Era um clássico dos filmes de terror os vampiros alimentarem-se de seres humanos. O pensamento de ele usar um animal ou sugar sangue doado parecia ridículo.

"Tu achas que é divertido, não é?" Damon olhou para ela com desagrado. Deixando cair o seu sorriso, ela sentiu-se como uma criança em apuros. "Eu não me quero alimentar dessas coisas, mas eu faço-o. Tenho de o fazer porque se desatar a morder pessoas e acabar por os matar, bem, vamos dizer que as pessoas em Mystic Falls podem começar a apontar dedos."

Fifty Shades of Salvatore (PT-PT)Onde histórias criam vida. Descubra agora