Capítulo 18

491 29 4
                                    

Elena virou-se e revirou-se na sua cama. Pensar que os vampiros realmente existiam estava a deixá-la louca. Damon, seria o único? O horror aparecia quando ele estava a tentar atacá-la e alimentar-se do seu sangue com tanta fome, que ele tinha de se controlar. Tudo sempre voltava para o controlo com ele. Ela pensou em como ele se deveria sentir em controlar o seu instinto por sangue e qualquer coisa que ele sentia necessário para o manter firme. Ele era muito complexo.

A imagem das suas presas e dos seus olhos sedentos assombravam-na quando ela fechou os olhos e tentou pensar em outra coisa. O seu coração batia no seu peito e ela podia ouvir cada batida que ele levava. Era isso que Damon ouvia?

Eventualmente, ela levou o seu corpo para um sono profundo. O medo de ter um pesadelo sobre ele era inevitável e assim ela se deixou levar para a terra dos sonhos.

Quando ela acordou encontrou-se numa sala grande, acompanhada por uma grande mesa de carvalho e uma grande imagem da baixa de Mystic Falls se arrastava sobre as grandes janelas. Ela conhecia o lugar. Era o escritório de Damon. Elena tocou o vidro frio e no seu reflexo ela o viu a pairar atrás dela. Rapidamente ela virou-se e ele estava perto quase respirando sobre o seu pescoço.

"Senhorita Gilbert, você sabe o quanto eu desejo prová-la?" Ele sussurrou enquanto arrastava dois dedos pelo seu pescoço onde a sua veia latejava.

Ela engoliu em seco e ele afastou os cabelos expondo totalmente o seu pescoço. Damon envolveu a sua mão em redor na parte de trás do pescoço dela, fazendo com que os seus joelhos amolecessem. Usando o seu ombro como suporte, Elena ergueu-se e deixou a sua mão vaguear do seu ombro para a parte de trás do seu pescoço. Os seus olhos estavam com fome. Cobiçando por ela como sempre fizeram.

Damon inclinou a cabeça deixando os seus lábios tocar a sua pele sensível do pescoço e ela sentiu-se fraca. Ele beijou cuidadosamente e suavemente retardando e arrastando-os para a sua mandíbula. Os seus lábios tremiam na ânsia de ser beijada. Ele virou-se colocando-a em cima da sua mesa enviando os papeis pelo ar. Os seus dedos foram rasgando os botões da sua camisa quando ele moveu a mão do seu braço para a sua perna. O seu toque viajou por todo o seu corpo, ela queria mais.

"Tu não vais gritar, tu vais gostar disto." Ele disse deixando os seus olhos pulsar por um momento olhando profundamente para ela. Ela balançou a cabeça e viu como o seu lindo rosto desapareceu. Os seus olhos mudaram deixando-os vermelhos e os seus dentes afiados. Ele puxou a cabeça para trás e entrou em contacto com o seu pescoço.

Elena ergueu-se num impulso coberta de suor agarrando o lado do seu pescoço. Ela estava a respirar de forma irregular. O seu sonho era muito real. Ela jurou quase poder sentir as suas presas pontiagudas a perfurar a sua pele. Quando ela saiu da cama, foi à casa de banho para se examinar a si mesma e descobriu que estava bem. Fisicamente, ela estava sem qualquer marca, mas mentalmente era uma outra história. 

No seu sonho, mesmo como vampiro Damon era tão sexy. Ela odiava admiti-lo, mas vampiro ou não ela queria viver o seu sonho na vida real. Talvez ela pudesse de alguma forma esquecer que ele era um e ser descuidada e permitir que ele fizesse com ela o que quisesse. Isso não iria acontecer. Não importa o quanto ela não quisesse pensar nisso, a imagem da sua cara distorcida como vampiro ainda estava fresca na sua mente. 

De repente, ela congelou. Os seus olhos olhavam para ela no espelho. Alguma coisa estava a começar a bater certo. Porque é que ela não tinha percebido isso antes? Ela ficou com raiva. Quão estúpida ela podia ser? Damon não era tão inocente como ele levava a crer. Mesmo que ele jurasse que não a ia magoar, isso não significa que ele não magoaria outra pessoa. Ela sabia que... um animal não tinha atacado Caroline. Mas sim Damon.

Maldito sejas Salvatore! Ela amaldiçoou-o e rapidamente vestiu-se. Ainda estava amanhecer. O sol ainda não tinha nascido, mas ela tinha de ir para o hospital.  Ela tinha de falar com Caroline. Com alguma roupa decente vestida ela correu pelas escadas, e agarrou as chaves. Ela abriu a porta, mas caminhou para trás.

"Sai já daqui!" Ela rosnou para ele.

Damon estava na sua porta ainda usando as roupas do inicio do dia. O seu rosto estava coberto por sombras da noite, mas ela ainda podia ver a sua expressão. Sem sorriso. Sem sexo nos olhos. Ele era severo. Estava concentrado.

"Elena, eu posso explicar." Ele disse olhando para baixo.

"Explicar?" Ela gritou e ele olhou em volta. Damon deu um passo para dentro da sua casa e fechou a porta. Elena entrou em pânico. "Tu matas-te o Bob! Tu atacas-te a Caroline!"

"Não, não fui eu!" Damon declarou firmemente.

"Sim, foste tu!" Elena reagiu e tropeçou no chão tentando afastar-se dele.

"Eu juro-te que eu não magoei Caroline nem matei Bob." Ele disse num tom  mais suave. "Eu não faria isso contigo!"

"Comigo?"

A sua presença na sua casa era indesejada e uma distracção. Ela ficou ainda com mais medo quando se perguntou porque é que ele estava a espera do lado de fora da sua casa a esta hora da noite. Ele estava a planear o seu ataque? Ele não pode resistir a deixá-la sozinha e estava ali para exigir a sua decisão? Ou era outra coisa?

"Eu não ataco por atacar. Eu não me alimento por alimentar." Damon assobiou e caminhou para o meio da sala de estar. As suas mãos estavam enroladas em punhos e parecia que ele queria dar um soco em alguma coisa, mas tudo o que conseguiu era ar morto.

"Então o que atacou Caroline? Tu pareces estar convencido de que não eras tu" Elena empurrou-se do chão e ficou abalada pela sua entrada indesejada. "Por favor, convence-me do que mais poderia fazer isso com alguém e não me digas que era um animal, porque nós os dois sabemos que não é verdade."

Damon mostrou uma nova emoção para ela. Uma emoção que ela sabia muito bem qual era, preocupação. Ele olhou nos seus olhos com um ligeiro toque de medo e lambeu os lábios. "O meu irmão." Ele respondeu devidamente.   



Fifty Shades of Salvatore (PT-PT)Onde histórias criam vida. Descubra agora