Capítulo 32

399 22 2
                                    

Mil tijolos estavam empilhados sobre a sua estrutura frágil, ou pelo menos era o que parecia quando Elena acordou do seu sono profundo num estado grogue. Os lençóis coloridos estavam desalinhados e emaranhados ao redor dos seus membros quando ela tentava manter acordados os seus olhos cansados. Tudo parecia como cetim liso quando ela rolou pela cama para ver que estava apenas a amanhecer quando o sol rastejava pelos cortinados escuros. A grande cama fazia-a sentir-se solitária e ela instantaneamente desejou ter Damon ao seu lado.

No entanto as palavras proferidas por ele, a apenas à umas horas atrás, assombravam-na. Quando ele lhe explicou a sua natureza em não compartilhar o conforto um do outro numa cama a menos que fosse sob as suas circunstâncias, o que significava sexo.

Elena suspirou com o pensamento. Ela tentou convencer-se que o que ela queria com Damon era divertir-se sem anexos, mas era difícil de acreditar nisso, quando ela já se via presa a ele e como ele lhe poderia quebrar o coração com facilidade. Ou pior fazê-la esquecer completamente.

Os seus termos eram um pouco extremos ao recordar as solicitações do acordo. No entanto, as outras exigências pareciam tão estranhas e desconfortáveis para ela. Será que ela realmente quer obedecer-lhe? Será que ela quer que ele a estrague com coisas luxuosas, como roupas e outras coisas desnecessárias? Ela estava disposta a sacrificar a sua vida pelo tempo que ele quisesse ficar com ela para satisfazer todas as suas necessidades nesta casa escura e miserável?

A sua mente inteligente gritava desesperadamente que não, mas o seu lado adolescente estupidamente romântico implorava que sim. Nunca mais ser capaz de estar na presença deste homem ou mesmo conhecê-lo, aterrorizava-a quando ela não entendia o porquê. Ela mal o conhecia. Ele foi envelhecido pelos seus longos anos, embora a sua aparecia poderia rondar perfeitamente os vinte e poucos anos. Ele estava bem de vida por uma conta bancária que nunca terminaria. Ele era charmoso e sedutor, que a fazia cair fraca nos seus joelhos e dizer sim a tudo o que ele lhe pedisse. Mas, ele também era obscuro. Tão obscuro, que mesmo nas sombras ele ainda era visível. Havia algo que ele ainda não estava a compartilhar com ela ou algo que ainda não tinham compartilhado. Algo do seu passado, apontava para todas as razões de porque é que ele sentia tanta necessidade de controlo e porque é que ele sentia que tinha de ser assim bem sucedido num mundo de seres humanos quando ele não era de todo um.

A sua mente poderia correr por dias comparando tudo o que era certo e errado no Sr.Damon Salvatore, mas as vozes que vinham no fundo do corredor assustaram-na e ela rapidamente pulou para fora da cama. Ela reconheceu a voz de Damon, rouca e dura. A sua voz estava perto de um grito e o outro que o estava a desafiar ela não reconheceu, aquela voz era calma mas ainda cruel e torcida.

Deixando os seus pés descalços tocar o chão frio, ela procurou pelas suas roupas e encontrou-as perfeitamente dobradas no final da cama. Ela começou a perguntar-se como é que elas foram colocadas ali, sem sequer perturbar o seu sono. Quando ela baixou os olhos, os seus olhos cintilaram sobre a sua própria pilha de roupas para o armário. Damon tinha mencionado que havia roupa para ela no seu interior e ela hesitou por um momento antes de ela se mover em direcção a ela. A porta de madeira rangeu quando ela a abriu para encontrar uma pequena corrente pendurada em frente ao seu rosto e ela puxou-a. O que parecia um pequeno armário do lado de fora era muito maior no interior. As paredes estavam forradas com várias peças de vestuário coordenadas por cor e separadas por estilo. O queixo dela caiu ao vê-lo. Isto seria escolhida para cada vítima, relação que ele tinha? As pontas dos seus dedos acariciaram o tecido macio das blusas que estavam perfeitamente alinhadas na parede direita. Seriam algumas do seu tamanho? Ela rapidamente verificou a etiqueta e com certeza elas eram. Isto tudo, era demais.

Na parte de trás da porta estava pendurado um robe de cetim preto e ela rapidamente vestiu-o. Era muito parecido com os lençóis da cama ela adorava a sua textura como ela acariciava a sua pele. Quando ela saiu do armário embutido, ela levou os dedos à maçaneta e abriu-a. As vozes tornaram-se mais claras, mas não estavam claro o suficiente para que ela pudesse entender sobre o que é que eles estavam a discutir. Ela sabia que estava prestes a coscuvilhar. Tomando cuidado para não fazer barulho ela caminhou sobre o longo tapete que se alinhava ao longo do corredor.

Fifty Shades of Salvatore (PT-PT)Onde histórias criam vida. Descubra agora